Avaliação da influência da matéria orgânica na fotólise de compostos desreguladores endócrinos

• Autor(a) principal: Rodrigues, Amanda Gonçalves
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/181170
• topic: Fotólise; Contaminantes; Estradiol; Estriol; Matéria orgânica; Fluorescência; Photolysis; Fluorescence; Organic matter; Estriol; 17β-estradiol; Emerging contaminants

Contaminantes emergentes são substâncias químicas cujo efeito toxicológico ainda é pouco conhecido, e os estudos associados à ocorrência e seus efeitos no ambiente são recentes. Muitos deles ainda não são contemplados pela legislação vigente, e podem causar problemas adversos no sistema endócrino e reprodutivo de humanos e animais. Esses compostos, geralmente, estão presentes em baixas concentrações no ambiente aquático, por isso, os tratamentos de água convencionais não são eficientes na identificação e remoção dos mesmos. A proposta tecnológica aqui apresentada visa agregar aos métodos convencionais de tratamento de água, uma alternativa eficiente para a degradação desses contaminantes. Diante desses aspectos, a motivação do trabalho consiste em estudar o método de fotólise para a degradação dos compostos 17β-estradiol (E2) e estriol (E3), que são hormônios naturais, avaliando a influência da matéria orgânica no processo. Foi realizado o estudo de interação entre os compostos e a matéria orgânica, para análise da biodisponibilidade dos mesmos em solução. A cinética e a toxicidade dos compostos também foram estudadas. A avaliação da influência da matriz aquosa foi feita utilizando água de abastecimento público de Porto Alegre/RS e água superficial da Lagoa do Patos. Os resultados de interação demonstraram que a quando a matéria orgânica está incluída no processo de fotólise, ela favorece a degradação, pois os compostos estarão mais biodisponíveis em solução. Com água da Lagoa dos Patos, alcançou-se 98,7% de degradação para E2, e 98,0% para o E3. Com água do abastecimento público de Porto Alegre, obteve-se 95,5% e 98,1% para o E2 e E3, respectivamente. Os resultados comprovaram que é possível propor a fotólise como uma alternativa para a recuperação de ambientes eventualmente contaminados.