Funcionalidade de pacientes com follow-up acima de dois anos de tratamento cirúrgico ou conservador para lesões de manguito rotador
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/258846 |
Resumo: | Introdução. As lesões de manguito rotador são uma das principais patologias responsáveis por causarem dor e disfunção na articulação do ombro, interferindo diretamente na funcionalidade do indivíduo. Os tratamentos disponíveis são divididos entre conservador e cirúrgico, ambos sendo efetivos na recuperação da funcionalidade do paciente. Entretanto, a literatura ainda carece de estudos comparando as duas modalidades de tratamento em um período superior a 1 ano de follow-up, dificultando decisões a longo prazo. Objetivo. Avaliar e comparar a funcionalidade de pacientes de lesões de ruptura de manguito rotador tratados cirurgicamente ou de forma conservadora num follow-up superior a 2 anos dos tratamentos. Materiais e Métodos. A amostra foi constituída por 14 pacientes que já haviam recebido tratamento cirúrgico ou conservador para lesões de ruptura do manguito rotador num período superior a 2 anos, sendo dividida em dois grupos: tratamento conservador (n=9) e tratamento cirúrgico (n=5). Os dados foram coletados através do Constant-Murley Score versão português (CMS-BR), o qual apresenta domínios relacionados à funcionalidade, sendo eles dor, atividades de vida diária, amplitude de movimento e força. A análise estatística dos dados foi processada com o software Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 20.0. Uma vez confirmada a normalidade dos dados com o teste de Shapiro-Wilk, foi utilizado o teste-t independente para comparação entre os grupos, adotando um nível de significância de 0,05. Resultados. Dos 14 participantes da amostra, 9 eram mulheres (64,2%) e 5 homens (35,7%), com média de 63,8±5,6 anos no tratamento cirúrgico e 64,3±7,7 anos para o tratamento conservador. Em relação ao lado acometido, no tratamento cirúrgico, 75% foi o lado dominante e, no conservador, 85,7% também foi o lado dominante. Quando comparados os domínios entre os grupos, houve diferença significativa no score da dor favorecendo o manejo cirúrgico. As outras variáveis analisadas não apresentaram diferenças entre os grupos. Conclusão. Baseando-se nos achados do presente estudo, evidenciou-se a necessidade de analisar individualmente os domínios do CMS-BR. O tratamento cirúrgico mostrou-se superior ao conservador em relação ao nível de dor relatado pelos indivíduos acima de 50 anos, mas não mostrou alterações nas demais variáveis. |
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Fraporti, GabrielaLima, Claudia Silveira2023-06-09T03:24:27Z2023http://hdl.handle.net/10183/258846001170573Introdução. As lesões de manguito rotador são uma das principais patologias responsáveis por causarem dor e disfunção na articulação do ombro, interferindo diretamente na funcionalidade do indivíduo. Os tratamentos disponíveis são divididos entre conservador e cirúrgico, ambos sendo efetivos na recuperação da funcionalidade do paciente. Entretanto, a literatura ainda carece de estudos comparando as duas modalidades de tratamento em um período superior a 1 ano de follow-up, dificultando decisões a longo prazo. Objetivo. Avaliar e comparar a funcionalidade de pacientes de lesões de ruptura de manguito rotador tratados cirurgicamente ou de forma conservadora num follow-up superior a 2 anos dos tratamentos. Materiais e Métodos. A amostra foi constituída por 14 pacientes que já haviam recebido tratamento cirúrgico ou conservador para lesões de ruptura do manguito rotador num período superior a 2 anos, sendo dividida em dois grupos: tratamento conservador (n=9) e tratamento cirúrgico (n=5). Os dados foram coletados através do Constant-Murley Score versão português (CMS-BR), o qual apresenta domínios relacionados à funcionalidade, sendo eles dor, atividades de vida diária, amplitude de movimento e força. A análise estatística dos dados foi processada com o software Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 20.0. Uma vez confirmada a normalidade dos dados com o teste de Shapiro-Wilk, foi utilizado o teste-t independente para comparação entre os grupos, adotando um nível de significância de 0,05. Resultados. Dos 14 participantes da amostra, 9 eram mulheres (64,2%) e 5 homens (35,7%), com média de 63,8±5,6 anos no tratamento cirúrgico e 64,3±7,7 anos para o tratamento conservador. Em relação ao lado acometido, no tratamento cirúrgico, 75% foi o lado dominante e, no conservador, 85,7% também foi o lado dominante. Quando comparados os domínios entre os grupos, houve diferença significativa no score da dor favorecendo o manejo cirúrgico. As outras variáveis analisadas não apresentaram diferenças entre os grupos. Conclusão. Baseando-se nos achados do presente estudo, evidenciou-se a necessidade de analisar individualmente os domínios do CMS-BR. O tratamento cirúrgico mostrou-se superior ao conservador em relação ao nível de dor relatado pelos indivíduos acima de 50 anos, mas não mostrou alterações nas demais variáveis.Introduction. The rotator cuff injuries are one of the main pathologies responsible for causing pain and dysfunction in the shoulder joint, directly interfering with the individual's functionality. Available treatments are divided into conservative and surgically, both of them are effective in recovering the patient's functionality. However, the literature still lacks studies comparing the two treatment modalities in a period longer than 1 year of follow-up, making long-term decisions difficult. Objective. To evaluate and compare the functionality of patients with rotator cuff tear injuries treated surgically or conservatively in a follow-up of more than 2 years after the treatments. Materials and Methods. The sample consisted of 14 patients who had already received surgical or conservative treatment for rotator cuff tear injuries over a period of more than 2 years, being divided into two groups: conservative treatment (n=9) and surgical treatment (n=5). Data were collected through the Constant-Murley Score portuguese version (CMS-BR), which presents domains related to functionality, such as pain, activities of daily living, range of motion and strength. Statistical analysis of the data was performed using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 20.0 software. Once data normality was confirmed with the Shapiro Wilk test, the independent t-test was used for comparison between groups, adopting a significance level of 0.05. Results. Of the 14 participants in the sample, 9 were women (64.2%) and 5 men (35.7%), with a mean of 63.8±5.6 years in the surgical treatment and 64.3±7.7 years in the conservative treatment. Regarding the affected side, in the surgical treatment 75% was the dominant side and in the conservative treatment 85.7% was also the dominant side. When comparing the domains between the groups, there was a significant difference in the pain score favoring surgical management. The other variables analyzed didn't show differences between the groups. Conclusion. Based on the findings of the present study, the need to individually analyze the CMS-BR domains became evident. Surgical treatment was superior to conservative treatment in terms of the level of pain reported by individuals over 50 years of age, but didn’t show diferences in other variables.application/pdfporTratamento cirurgicoManguito rotadorTratamento conservadorRotator cuffConservative treatmentSurgical procedureFuncionalidade de pacientes com follow-up acima de dois anos de tratamento cirúrgico ou conservador para lesões de manguito rotadorinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPorto Alegre, BR-RS2023Fisioterapiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001170573.pdf.txt001170573.pdf.txtExtracted Texttext/plain76494http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/258846/2/001170573.pdf.txtbc78d55d174e0549ce8e4ae0696a0486MD52ORIGINAL001170573.pdfTexto completoapplication/pdf1008188http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/258846/1/001170573.pdf6f0b695a6a78306480dceb616c0b275fMD5110183/2588462023-06-10 03:33:33.18813oai:www.lume.ufrgs.br:10183/258846Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-06-10T06:33:33Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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