Etnoecologia, pesca e ecologia trófica da pescada Plagioscion squamosissimus em dois rios de águas claras na Amazônia Brasileira
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/241084 |
Resumo: | O estudo dos níveis tróficos podem revelar indícios do papel ecológico das espécies nas comunidades e auxiliar na avaliação dos impactos da pesca sobre as estruturas tróficas. A pescada (Plagioscion squamosissimus) é considerada um dos principais peixes pescados na Amazônia. O conhecimento ecológico local (CEL) é baseado em informações sobre ecologia dos peixes disponibilizadas pelos pescadores. O presente estudo tem como objetivos: 1) estimar e comparar a abundância no ambiente e a importância para a pesca da pescada entre dois rios de água clara na Amazônia brasileira (Tocantins e Tapajós); 2) comparar dois métodos para estimar o nível trófico da pescada utilizando analise de isótopos estáveis (AIE) e o CEL; 3) construir um diagrama de interação da pescada com suas presas e predadores, com base no CEL. As entrevistas foram realizadas em 2018 em sete comunidades no Rio Tapajós (61 entrevistas) e em outubro de 2018 em quatro comunidades no Rio Tocantins (33 entrevistas). A abundância da pescada não apresentou diferença entre os dois rios. A pescada foi mais citada pelos pescadores no rio Tapajós do que no rio Tocantins. Não verificamos correlação entre a abundância da pescada e a sua importância para pesca nos dois rios. Os níveis tróficos estimados para a pescada através da AIE foram (Tapajós: 3,81, Tocantins: 3,55) e através do CEL (Tapajós: 3,62, Tocantins: 3,55). Os itens alimentares da pescada segundo o CEL corroboram com os apresentados pela literatura biológica. Os pescadores identificaram 18 tipos de predadores para pescada. Nossos resultados indicam que o CEL dos pescadores pode contribuir para estimativas de dieta dos peixes explorados pela pesca e análise de nível trófico. Concluímos que a pescada é relativamente abundante e resiliente à pressão pesqueira, podendo ser uma espécie chave para o manejo de recursos pesqueiros na Amazônia. |
id |
UFRGS-2_00db7bd3bea70fbb24813fe2e25a5ffc |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/241084 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Dutra, Márcia Caroline FriedlSilvano, Renato Azevedo Matias2022-06-25T05:03:59Z2020http://hdl.handle.net/10183/241084001130360O estudo dos níveis tróficos podem revelar indícios do papel ecológico das espécies nas comunidades e auxiliar na avaliação dos impactos da pesca sobre as estruturas tróficas. A pescada (Plagioscion squamosissimus) é considerada um dos principais peixes pescados na Amazônia. O conhecimento ecológico local (CEL) é baseado em informações sobre ecologia dos peixes disponibilizadas pelos pescadores. O presente estudo tem como objetivos: 1) estimar e comparar a abundância no ambiente e a importância para a pesca da pescada entre dois rios de água clara na Amazônia brasileira (Tocantins e Tapajós); 2) comparar dois métodos para estimar o nível trófico da pescada utilizando analise de isótopos estáveis (AIE) e o CEL; 3) construir um diagrama de interação da pescada com suas presas e predadores, com base no CEL. As entrevistas foram realizadas em 2018 em sete comunidades no Rio Tapajós (61 entrevistas) e em outubro de 2018 em quatro comunidades no Rio Tocantins (33 entrevistas). A abundância da pescada não apresentou diferença entre os dois rios. A pescada foi mais citada pelos pescadores no rio Tapajós do que no rio Tocantins. Não verificamos correlação entre a abundância da pescada e a sua importância para pesca nos dois rios. Os níveis tróficos estimados para a pescada através da AIE foram (Tapajós: 3,81, Tocantins: 3,55) e através do CEL (Tapajós: 3,62, Tocantins: 3,55). Os itens alimentares da pescada segundo o CEL corroboram com os apresentados pela literatura biológica. Os pescadores identificaram 18 tipos de predadores para pescada. Nossos resultados indicam que o CEL dos pescadores pode contribuir para estimativas de dieta dos peixes explorados pela pesca e análise de nível trófico. Concluímos que a pescada é relativamente abundante e resiliente à pressão pesqueira, podendo ser uma espécie chave para o manejo de recursos pesqueiros na Amazônia.application/pdfporPesca artesanalNíveis tróficosIsótopos estáveisTocantins, RioTapajós, Rio (AM e PA)Etnoecologia, pesca e ecologia trófica da pescada Plagioscion squamosissimus em dois rios de águas claras na Amazônia Brasileirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPorto Alegre, BR-RS2020Ciências Biológicas: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001130360.pdf.txt001130360.pdf.txtExtracted Texttext/plain66767http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/241084/2/001130360.pdf.txtcf0132fe2e05d6ee9b62a17678720127MD52ORIGINAL001130360.pdfTexto completoapplication/pdf2027462http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/241084/1/001130360.pdf2a14cef24c366329f41a977aa7d66ac1MD5110183/2410842022-06-26 04:46:43.911802oai:www.lume.ufrgs.br:10183/241084Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-06-26T07:46:43Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Etnoecologia, pesca e ecologia trófica da pescada Plagioscion squamosissimus em dois rios de águas claras na Amazônia Brasileira |
title |
Etnoecologia, pesca e ecologia trófica da pescada Plagioscion squamosissimus em dois rios de águas claras na Amazônia Brasileira |
spellingShingle |
Etnoecologia, pesca e ecologia trófica da pescada Plagioscion squamosissimus em dois rios de águas claras na Amazônia Brasileira Dutra, Márcia Caroline Friedl Pesca artesanal Níveis tróficos Isótopos estáveis Tocantins, Rio Tapajós, Rio (AM e PA) |
title_short |
Etnoecologia, pesca e ecologia trófica da pescada Plagioscion squamosissimus em dois rios de águas claras na Amazônia Brasileira |
title_full |
Etnoecologia, pesca e ecologia trófica da pescada Plagioscion squamosissimus em dois rios de águas claras na Amazônia Brasileira |
title_fullStr |
Etnoecologia, pesca e ecologia trófica da pescada Plagioscion squamosissimus em dois rios de águas claras na Amazônia Brasileira |
title_full_unstemmed |
Etnoecologia, pesca e ecologia trófica da pescada Plagioscion squamosissimus em dois rios de águas claras na Amazônia Brasileira |
title_sort |
Etnoecologia, pesca e ecologia trófica da pescada Plagioscion squamosissimus em dois rios de águas claras na Amazônia Brasileira |
author |
Dutra, Márcia Caroline Friedl |
author_facet |
Dutra, Márcia Caroline Friedl |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Dutra, Márcia Caroline Friedl |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Silvano, Renato Azevedo Matias |
contributor_str_mv |
Silvano, Renato Azevedo Matias |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Pesca artesanal Níveis tróficos Isótopos estáveis Tocantins, Rio Tapajós, Rio (AM e PA) |
topic |
Pesca artesanal Níveis tróficos Isótopos estáveis Tocantins, Rio Tapajós, Rio (AM e PA) |
description |
O estudo dos níveis tróficos podem revelar indícios do papel ecológico das espécies nas comunidades e auxiliar na avaliação dos impactos da pesca sobre as estruturas tróficas. A pescada (Plagioscion squamosissimus) é considerada um dos principais peixes pescados na Amazônia. O conhecimento ecológico local (CEL) é baseado em informações sobre ecologia dos peixes disponibilizadas pelos pescadores. O presente estudo tem como objetivos: 1) estimar e comparar a abundância no ambiente e a importância para a pesca da pescada entre dois rios de água clara na Amazônia brasileira (Tocantins e Tapajós); 2) comparar dois métodos para estimar o nível trófico da pescada utilizando analise de isótopos estáveis (AIE) e o CEL; 3) construir um diagrama de interação da pescada com suas presas e predadores, com base no CEL. As entrevistas foram realizadas em 2018 em sete comunidades no Rio Tapajós (61 entrevistas) e em outubro de 2018 em quatro comunidades no Rio Tocantins (33 entrevistas). A abundância da pescada não apresentou diferença entre os dois rios. A pescada foi mais citada pelos pescadores no rio Tapajós do que no rio Tocantins. Não verificamos correlação entre a abundância da pescada e a sua importância para pesca nos dois rios. Os níveis tróficos estimados para a pescada através da AIE foram (Tapajós: 3,81, Tocantins: 3,55) e através do CEL (Tapajós: 3,62, Tocantins: 3,55). Os itens alimentares da pescada segundo o CEL corroboram com os apresentados pela literatura biológica. Os pescadores identificaram 18 tipos de predadores para pescada. Nossos resultados indicam que o CEL dos pescadores pode contribuir para estimativas de dieta dos peixes explorados pela pesca e análise de nível trófico. Concluímos que a pescada é relativamente abundante e resiliente à pressão pesqueira, podendo ser uma espécie chave para o manejo de recursos pesqueiros na Amazônia. |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-06-25T05:03:59Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/241084 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001130360 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/241084 |
identifier_str_mv |
001130360 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/241084/2/001130360.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/241084/1/001130360.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
cf0132fe2e05d6ee9b62a17678720127 2a14cef24c366329f41a977aa7d66ac1 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224636230270976 |