A conquista do neotrópico : uma abordadem macroevolutiva sobre a relação entre a área ocupada e a idade das linhagens de Sigmodontineos (Wagner, 1843)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ceccagno, Felipe Medeiros
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/251619
Resumo: Sigmodontinae WAGNER, 1843 é uma subfamília de roedores cricetídeos que ocorrem no neotrópico, os quais são popularmente denominados como camundongos do Novo Mundo, constituindo o clado com maior riqueza da família Cricetidae. Acredita-se que as primeiras linhagens deste grupo tenham surgido há aproximadamente 10,5 milhões de anos durante o Mioceno, na América do Norte, dispersando-se por toda América do Sul como parte do Grande Intercâmbio Americano. Atualmente, as espécies de sigmodontíneos ocupam praticamente todas as áreas terrestres da região neotropical, incluído áreas continentais e de ilhas, com gradientes latitudinais e de elevação significativos. Neste estudo analisamos a relação entre a idade das espécies de sigmodontíneos e o tamanho das áreas de distribuição geográfica das espécies, a fim de compreender como se sucedeu a ocupação das atuais áreas ao longo do surgimento das linhagens. Para tais análises, tomamos como referência quatro modelos descritos na literatura: área-idade, estase pós-expansão, ciclo táxon, e idiossincrasia. Nossa previsão era que linhagens mais antigas teriam áreas de ocorrência maiores pois teriam tido mais tempo para se dispersar e ocupar novos ambientes, configurando o modelo área-idade. Contudo, nossos resultados demonstraram que não há relação entre a idade das espécies e sua área de distribuição geográfica, resultando no modelo de idiossincrasia. Apesar disso, ao considerarmos a história natural dos sigmodontíneos, bem como os diferentes nichos e habitats os quais eles ocupam, este estudo requer análises mais aprofundadas, considerando outras variáveis, como tamanho corporal, nicho, habitat, que serão analisadas através de uma abordagem multidimensional em estudos futuros. Por hora, o modelo idiossincrático nos revela que as espécies mais antigas não possuem áreas de distribuição geográfica maiores do que as espécies mais recentes.
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