Associação entre padrão de consumo de refeições e obesidade abdominal e geral em mulheres no climatério
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/169106 |
Resumo: | O processo de envelhecimento geralmente é acompanhado pelo aumento do peso, hipertrofia de tecido adiposo e alterações hormonais em mulheres, e pode dificultar a manutenção do peso. No entanto, outros fatores também podem influenciar mudanças na composição corporal, incluindo o padrão de consumo de refeições. Estudos relacionados à obesidade geral e abdominal demonstram que aumentar a frequência alimentar pode ser uma abordagem importante para controlar a epidemia destes desfechos. Para investigar essa associação, este estudo analítico transversal investigou 236 mulheres, em sua maioria com 60 anos ou mais, vivendo no sul do Brasil. Um questionário padronizado foi utilizado para avaliar variáveis socioeconômicas e demográficas e o padrão de consumo de refeições (consumo habitual de café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar, lanche antes de dormir e em intervalos). O número total de refeições também foi calculado. Os desfechos deste estudo foram a obesidade abdominal, medida pela circunferência da cintura (≥ 88 cm) e obesidade geral, medida pelo índice de massa corporal (IMC ≥ 30 kg/m²), e apresentados por frequências absolutas e relativas, o teste qui-quadrado de Pearson foi utilizado no teste de associação entre as variáveis de exposição e os resultados. Todos os critérios éticos foram respeitados. A maioria das mulheres consumia 5 refeições por dia (45,8%), tomava café da manhã (97,5%), lanche da manhã (71,2%), almoço (100%), lanche tarde (87,7%), jantar (96,2%). A maioria não comia lanches antes de dormir (55,5%), lanches no meio da noite (95,8%) e não comia nos intervalos das refeições (75%). Quanto à associação entre o padrão de consumo de refeições e desfechos, mulheres que realizavam lanche da tarde apresentaram menor prevalência de obesidade geral (38,8% contra 65,5% p = 0,0006) e obesidade abdominal (51% versus 75,9% p = 0,012) quando comparado com as que não consumiam, e aquelas que realizavam ≥ 6 refeições por dia apresentaram menores prevalências de obesidade abdominal (45,1% vs. 57,9% p= 0,069) e obesidade geral (35,2% vs. 45,1% p= 0,158). Podemos concluir que o aumento da frequência alimentar, com introdução de lanches entre as refeições principais, podem influenciar na diminuição da ocorrência de obesidade abdominal e geral em mulheres. Para melhor compreensão dos efeitos sobre a obesidade, é importante que futuros estudos identifiquem também a qualidade do padrão de consumo de refeições. |
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França, Érika BrombilCanuto, Raquel2017-10-03T02:27:30Z2017http://hdl.handle.net/10183/169106001047929O processo de envelhecimento geralmente é acompanhado pelo aumento do peso, hipertrofia de tecido adiposo e alterações hormonais em mulheres, e pode dificultar a manutenção do peso. No entanto, outros fatores também podem influenciar mudanças na composição corporal, incluindo o padrão de consumo de refeições. Estudos relacionados à obesidade geral e abdominal demonstram que aumentar a frequência alimentar pode ser uma abordagem importante para controlar a epidemia destes desfechos. Para investigar essa associação, este estudo analítico transversal investigou 236 mulheres, em sua maioria com 60 anos ou mais, vivendo no sul do Brasil. Um questionário padronizado foi utilizado para avaliar variáveis socioeconômicas e demográficas e o padrão de consumo de refeições (consumo habitual de café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar, lanche antes de dormir e em intervalos). O número total de refeições também foi calculado. Os desfechos deste estudo foram a obesidade abdominal, medida pela circunferência da cintura (≥ 88 cm) e obesidade geral, medida pelo índice de massa corporal (IMC ≥ 30 kg/m²), e apresentados por frequências absolutas e relativas, o teste qui-quadrado de Pearson foi utilizado no teste de associação entre as variáveis de exposição e os resultados. Todos os critérios éticos foram respeitados. A maioria das mulheres consumia 5 refeições por dia (45,8%), tomava café da manhã (97,5%), lanche da manhã (71,2%), almoço (100%), lanche tarde (87,7%), jantar (96,2%). A maioria não comia lanches antes de dormir (55,5%), lanches no meio da noite (95,8%) e não comia nos intervalos das refeições (75%). Quanto à associação entre o padrão de consumo de refeições e desfechos, mulheres que realizavam lanche da tarde apresentaram menor prevalência de obesidade geral (38,8% contra 65,5% p = 0,0006) e obesidade abdominal (51% versus 75,9% p = 0,012) quando comparado com as que não consumiam, e aquelas que realizavam ≥ 6 refeições por dia apresentaram menores prevalências de obesidade abdominal (45,1% vs. 57,9% p= 0,069) e obesidade geral (35,2% vs. 45,1% p= 0,158). Podemos concluir que o aumento da frequência alimentar, com introdução de lanches entre as refeições principais, podem influenciar na diminuição da ocorrência de obesidade abdominal e geral em mulheres. Para melhor compreensão dos efeitos sobre a obesidade, é importante que futuros estudos identifiquem também a qualidade do padrão de consumo de refeições.The aging process is usually accompanied by weight, hypertrophy of adipose tissue and hormones in women, and its can make it difficult to maintain weight. However, other factors may also influence changes in body composition, including the pattern of meal consumption. Studies related to general and abdominal obesity demonstrate that increasing food frequency may be an important approach to control an epidemic of these outcomes. In order to investigate this association, this cross-sectional analytical study investigated 236 women, mostly aged 60 years or older living in the South of Brazil. A standardized questionnaire was used to evaluate demographic and socioeconomic variables and the pattern of consumption of meals (habitual consumption of breakfast, morning snack, lunch, afternoon snack, dinner, snack before sleeping and in intervals. The total number of meals was also calculated. The study outcomes were abdominal obesity, measured by waist circumference (≥ 88 cm) and overall obesity as measured by body mass index (BMI ≥ 30 kg/m²), and the results were presented by absolute and relative frequencies, Pearson's chi-square test was used in the association test between exposure variables and outcomes. All ethical criteria were respected. The majority of the women consumed 5 meals a day (45.8%), they ate breakfast (97.5%), morning snack (71.2%), lunch (100%), snack afternoon (87.7%), dinner (96.2%). Most did not eat snacks before bed (55.5%), snacks in the middle of the night (95.8%) and did not eat at meal intervals (75%). Regarding the association between meal consumption patterns and outcomes, women who ate afternoon snack had lower prevalence of general obesity (38.8% vs. 65.5% p= 0.0006) and abdominal obesity (51% vs. 75.9% p= 0.012) when compared to who did not consume, and those consuming ≥ 6 meals per day presented lower prevalence of abdominal obesity (45.1% vs. 57.9% p= 0.069) and general obesity (35.2% vs. 45.1% p= 0.158). We can conclude that increased food frequency, with introduction of snacks between main meals, may influence the decrease in the occurrence of abdominal and general obesity in women. It is important that future studies also identify the quality of the pattern of meal consumption to better understand the effects on obesity.application/pdfporComportamento alimentarObesidade abdominalObesidadeMulheresEating frequencyClimactericWomenGeneral ObesityAbdominal ObesityAssociação entre padrão de consumo de refeições e obesidade abdominal e geral em mulheres no climatérioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2017Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001047929.pdf001047929.pdfTexto completoapplication/pdf1068289http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/169106/1/001047929.pdf5edf60ee4ec9d360572c427a2aa56b1eMD51TEXT001047929.pdf.txt001047929.pdf.txtExtracted Texttext/plain63792http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/169106/2/001047929.pdf.txtcea58699087c2f8ec7e83732c30ce400MD52THUMBNAIL001047929.pdf.jpg001047929.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1151http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/169106/3/001047929.pdf.jpg75c4db7c80e809973176803e56de96f6MD5310183/1691062018-10-29 08:23:03.752oai:www.lume.ufrgs.br:10183/169106Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2018-10-29T11:23:03Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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