Insuficiência do conceito mineralista para expressar a fertilidade do solo percebida pelas plantas cultivadas no sistema plantio direto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nicolodi, Margarete
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Gianello, Clesio, Anghinoni, Ibanor, Marre, Jacques Andre Leon, Mielniczuk, Joao
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/79507
Resumo: Fertilidade do solo é a capacidade deste de fornecer nutrientes, em quantidade e proporção adequadas para o desenvolvimento e produtividade das plantas, na ausência de elementos tóxicos. Este conceito, oriundo da teoria mineralista, é amplamente utilizado no mundo. Com a mudança do sistema de cultivo do solo do convencional (SC) para o plantio direto (SPD), é freqüente a obtenção de alta produtividade das culturas no SPD com valores de indicadores da fertilidade considerados inadequados para o crescimento e desenvolvimento das plantas no SC. É possível que a avaliação tradicional e, conseqüentemente, esse conceito não sejam adequados e, ou, suficientes, para expressar a fertilidade percebida pelas plantas em solos cultivados há longo tempo no SPD. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a capacidade do conceito mineralista, e de sua avaliação, em expressar a fertilidade percebida por plantas de milho (Zea mays) em solo cultivado por longo período de tempo no SPD com diferentes rotações de culturas. As avaliações, por indicadores da fertilidade do solo e por rendimento de grãos, foram feitas na safra de verão 2005/2006, em dois experimentos irrigados, conduzidos há mais de 20 anos em Eldorado do Sul, RS, com diferentes históricos de cultivo. Os resultados evidenciaram que nem sempre os indicadores químicos da fertilidade do solo detectam a mudança na capacidade produtiva do solo promovida pelos diferentes sistemas de cultivo e rotações de culturas. Esses indicadores tiveram, em geral, baixo grau de associação com o rendimento das plantas. A avaliação e, conseqüentemente, o conceito mineralista da fertilidade, utilizado para definir a capacidade de um solo produzir abundantemente, foram insuficientes para expressar a fertilidade percebida pela cultura de milho em solos cultivados há longo tempo no SPD.
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Neste trabalho, objetivou-se avaliar a capacidade do conceito mineralista, e de sua avaliação, em expressar a fertilidade percebida por plantas de milho (Zea mays) em solo cultivado por longo período de tempo no SPD com diferentes rotações de culturas. As avaliações, por indicadores da fertilidade do solo e por rendimento de grãos, foram feitas na safra de verão 2005/2006, em dois experimentos irrigados, conduzidos há mais de 20 anos em Eldorado do Sul, RS, com diferentes históricos de cultivo. Os resultados evidenciaram que nem sempre os indicadores químicos da fertilidade do solo detectam a mudança na capacidade produtiva do solo promovida pelos diferentes sistemas de cultivo e rotações de culturas. Esses indicadores tiveram, em geral, baixo grau de associação com o rendimento das plantas. A avaliação e, conseqüentemente, o conceito mineralista da fertilidade, utilizado para definir a capacidade de um solo produzir abundantemente, foram insuficientes para expressar a fertilidade percebida pela cultura de milho em solos cultivados há longo tempo no SPD.Soil fertility is defined as the capacity of the soil to supply nutrients, in a balanced proportion for plant growth and productivity, in the absence of toxic elements. This concept, based on the mineralist theory, is widely used around the world. With the shift away from conventional systems, high crop yields are frequently obtained under no-tillage, even where soil fertility indexes are considered inadequate, according to soil fertilizer recommendations for the conventional system. It is possible that the traditional evaluation, and consequently, the mineralist concept might be inadequate or insufficient to express soil fertility as perceived by plants grown in no-tillage systems in the long term. The objective of this study was to verify the capacity of the mineralist concept and its evaluation system, to express fertility as perceived by plants in a no-tillage system with different crop rotations. Soil fertility indicators and grain corn yields were evaluated in the growing season 2005/06, in two irrigated experiments conducted for 20 years in Eldorado do Sul, State of Rio Grande do Sul - Brazil, in different cultivation systems. The results showed that soil chemical indicators, commonly used to evaluate soil fertility, could not always detect changes in the soil productivity according to the different crop management systems. The tested soil fertility indexes were generally weakly associated with corn yield in this evaluation, which shows that the mineralist concept of soil fertility is not sufficient to express the fertility perceived by plants grown in soils of long-term no-tillage systems.application/pdfporRevista brasileira de ciencia do solo. Campinas. Vol. 32, nesp. (out./dez. 2008), p. 2735-2744Fertilidade do soloPlantio diretoGraoRendimentoMilhoQuímica do soloChemical indexesCorn yieldLong term no-tillage systemInsuficiência do conceito mineralista para expressar a fertilidade do solo percebida pelas plantas cultivadas no sistema plantio diretoInsufficiency of the mineralist concept to express soil fertility as perceived by plants in no-tillage system info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000693946.pdf000693946.pdfTexto completoapplication/pdf993748http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79507/1/000693946.pdfc22906d0e22cb014cd20e93a75e65d4bMD51TEXT000693946.pdf.txt000693946.pdf.txtExtracted Texttext/plain33227http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79507/2/000693946.pdf.txtb692e5f1460c8ec6585dc4721f34318cMD52THUMBNAIL000693946.pdf.jpg000693946.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1568http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79507/3/000693946.pdf.jpg2ad2de3acc1dabe1a9bde71db32e916aMD5310183/795072021-08-18 04:29:51.54636oai:www.lume.ufrgs.br:10183/79507Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-08-18T07:29:51Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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