Narradores em Cemitério de Pianos : a indefinição dos contornos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kirst, Gabriela
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/130001
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar o efeito narrativo criado pelos narradores do romance Cemitério de Pianos, de José Luís Peixoto. A ideia do trabalho partiu do fato de que existe uma indefinição, na crítica leiga e especializada, quanto ao número exato de narradores do romance. Inicia-se o trabalho fazendo um levantamento teórico que embasa a análise: o narrador, em Wayne Booth; a personagem, em Antonio Candido; o espaço, em Roland Bourneuf e o tempo, em Adam A. Mendilow. Depois são apresentados alguns aspectos concretos do romance como o enredo, a estrutura do romance e um comentário sobre a controvérsia do narrador, com o objetivo de situar a discussão que segue, já que o romance tem uma construção bastante peculiar. Em seguida faz-se a análise do efeito narrativo, lançando mão de ideias de Umberto Eco, sobre o que ele chama de efeito-névoa. Constata-se que, para compreender o efeito narrativo, é necessário fazer uma relação entre os narradores, que são também personagens, o tempo e o espaço, uma vez que esses três elementos estão estreitamente ligados. Por fim são analisados algumas características das outras personagens, já que também contribuem para o efeito-névoa. Pode-se concluir que, neste romance, um número exato de narradores não pode ser definido e que este resultado é intencional por parte do autor do romance.
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