A história de Boudica, a rainha guerreira

• Autor(a) principal: Andrade, Amanda Echeveste
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/238518
• topic: Cultura inglesa; Gênero; Cultura; Representações do feminino; English culture; Boudica/Boadicea; Gender and culture; Representations of the feminine

A história da Inglaterra está repleta de nomes importantes conhecidos pelo mundo afora e que inspiraram inúmeras obras literárias clássicas e filmes famosos. Mas a presente monografia não é sobre eles, é sobre uma chefe de clã celta relativamente ignorada que liderou uma rebelião contra os romanos no século I. Apesar de essa guerreira haver provocado um incêndio que destruiu Londres, os registros históricos não informam quando exatamente isso ocorreu, nem se o seu nome era Boadicea ou Boudica, tampouco contam se ela foi morta ou suicidou-se. O objetivo deste estudo é investigar os motivos dessa invisibilidade histórica de Boudica. Como lastro teórico, utilizo relatos de dois historiadores romanos, Dião Cássio e Tácito, contemporâneos de Boudica, bem como textos de Taís Pagoto Bélo, que analisam o mito de Boudica a partir dos estudos de gênero. O trabalho está estruturado em 3 seções. Na primeira, é apresentada a visão dos romanos Cornélio Tácito e Dião Cássio, responsáveis pelos relatos mais antigos sobre Boudica. Na segunda seção, através de relatos históricos, a figura de Boudica é aproximada do ideal feminino criado ao longo da Idade Média. A terceira seção do trabalho apresenta uma análise atual de Boudica feita por Taís Pagoto Bélo, doutora pela Universidade Estadual de Campinas, numa perspectiva epistemológica própria do século XXI. Ao término desta pesquisa, espero que o trabalho se configure como uma contribuição tanto para os estudos sobre Boudica quanto para discussões sobre relações de gênero, relações de poder e sobre as formas de representação do feminino em sociedades patriarcais.