Estimativa da erodibilidade em entressulcos de latossolos do Rio Grande do Sul
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/79645 |
Resumo: | Os modelos de predição e estimativa da erosão hídrica do solo geralmente necessitam de grande quantidade de propriedades, a maioria obtida com o uso de chuva simulada em campo e, ou, laboratório. O uso de propriedades de obtenção mais rápida, simples e de baixo custo, como textura, teor e tipo de óxidos e estabilidade dos agregados em água, pode contribuir para facilitar a estimativa do fator de erodibilidade do solo em entressulcos (Ki). Este estudo teve como objetivos: i) determinar o fator de erodibilidade em entressulcos (Ki) de alguns Latossolos do Rio Grande do Sul; ii) avaliar o uso do percentual de areia e de argila, conforme proposto pelo modelo WEPP, para a estimativa do fator Ki e iii) identificar quais as propriedades que melhor se correlacionam com o fator Ki. Foram estudados três Latossolos de diferentes classes texturais: 1) Latossolo Vermelho aluminoférrico (LVaf) com 721,9 g kg-1 de argila; 2) Latossolo Vermelho distroférrico (LVdf) com 629,4 g kg-1 de argila; 3) Latossolo Vermelho distrófico (LVd) com 215,1 g kg-1 de argila. A erosão em entressulcos foi determinada em laboratório, em solo mobilizado e descoberto, sob pré-umedecimento e chuva simulada com intensidade média de 88 mm h-1. Utilizou-se parcela experimental com área útil de 0,36 m2 e declividade de 0,09 m m-1. Os solos com maior teores de argila e de óxidos de Fe e com maior estabilidade de agregados em água apresentaram menor susceptibilidade à erosão em entressulcos. O fator de erodibilidade do solo em entressulcos (Ki) foi de 0,76 x 106 kg s m-4, para o LVaf (Erechim); 0,97 x 106 kg s m-4, para o LVdf (Santo Ângelo), e 1,48 x 106 kg s m-4, para o LVd (Cruz Alta). O índice de estabilidade de agregados em água teve correlação altamente significativa (r=-0,90**) com o fator Ki. O uso dos teores de areia e de argila, conforme sugerido pelo modelo WEPP, não foi adequado para estimar o fator Ki. Os teores de argila e de óxido de Fe, extraído com oxalato amônio ácido (Feo), explicaram 97 % (p <0,01) da variação no fator Ki dos Latossolos estudados. |
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Nunes, Maria Cândida MoitinhoCassol, Elemar Antonino2013-10-26T01:51:04Z20080100-0683http://hdl.handle.net/10183/79645000682895Os modelos de predição e estimativa da erosão hídrica do solo geralmente necessitam de grande quantidade de propriedades, a maioria obtida com o uso de chuva simulada em campo e, ou, laboratório. O uso de propriedades de obtenção mais rápida, simples e de baixo custo, como textura, teor e tipo de óxidos e estabilidade dos agregados em água, pode contribuir para facilitar a estimativa do fator de erodibilidade do solo em entressulcos (Ki). Este estudo teve como objetivos: i) determinar o fator de erodibilidade em entressulcos (Ki) de alguns Latossolos do Rio Grande do Sul; ii) avaliar o uso do percentual de areia e de argila, conforme proposto pelo modelo WEPP, para a estimativa do fator Ki e iii) identificar quais as propriedades que melhor se correlacionam com o fator Ki. Foram estudados três Latossolos de diferentes classes texturais: 1) Latossolo Vermelho aluminoférrico (LVaf) com 721,9 g kg-1 de argila; 2) Latossolo Vermelho distroférrico (LVdf) com 629,4 g kg-1 de argila; 3) Latossolo Vermelho distrófico (LVd) com 215,1 g kg-1 de argila. A erosão em entressulcos foi determinada em laboratório, em solo mobilizado e descoberto, sob pré-umedecimento e chuva simulada com intensidade média de 88 mm h-1. Utilizou-se parcela experimental com área útil de 0,36 m2 e declividade de 0,09 m m-1. Os solos com maior teores de argila e de óxidos de Fe e com maior estabilidade de agregados em água apresentaram menor susceptibilidade à erosão em entressulcos. O fator de erodibilidade do solo em entressulcos (Ki) foi de 0,76 x 106 kg s m-4, para o LVaf (Erechim); 0,97 x 106 kg s m-4, para o LVdf (Santo Ângelo), e 1,48 x 106 kg s m-4, para o LVd (Cruz Alta). O índice de estabilidade de agregados em água teve correlação altamente significativa (r=-0,90**) com o fator Ki. O uso dos teores de areia e de argila, conforme sugerido pelo modelo WEPP, não foi adequado para estimar o fator Ki. Os teores de argila e de óxido de Fe, extraído com oxalato amônio ácido (Feo), explicaram 97 % (p <0,01) da variação no fator Ki dos Latossolos estudados.Models of soil water erosion prediction and estimation are generally based on a series of parameters, normally determined by applying simulated rainfall in the field or laboratory. The use of simpler, faster and cheaper parameters such as texture, content and oxide type and aggregate water stability may contribute to facilitate the estimation of the factor interrill soil erodibility (Ki). The purpose of this study was: i) to determine the interrill soil erodibility of three Brazilian Oxisols; ii) evaluate the use of soil sand and clay contents in the prediction of interrill soil erodibility, as in the WEPP model; iii) verify the correlation among some soil properties and the interrill soil erodibility factor. The interrill soil erosion rates were determined in laboratory, using three Oxisols with different clay content of the State of Rio Grande do Sul, Brazil, under a mean intensity of simulated rainfall of 88 mm h-1, applied during 180 min on bare soil, using experimental interrill plots of 0.36 m2 at a slope of 0.09 m m-1 and an initial water tension of 6 kPa. The susceptibility of soils with high clay and Fe oxide contents and higher water aggregate stability to interrill erosion was lower. The experimentally determined values of interrill soil erodibility (Ki factor) varied from 0.76 x 106 kg s m-4 to 1.48 x106 kg s m-4 for the studied Oxisols. The aggregate water stability index was highly correlated with the interrill soil erodibility factor (r= -0.90**). The use of soil sand and clay contents, as suggested by the WEPP model, did not prove adequate to estimate the interrill soil erodibility (Ki factor). The variation in clay and Fe oxide contents explained 97 % (p<0.01) of the interrill soil erodibility variation.application/pdfporRevista brasileira de ciência do solo. Campinas. Vol. 32, número especial (2008), p. 2839-2845Erosao hidricaWater erosion predictionSoil parametersAaggregate stabilityEstimativa da erodibilidade em entressulcos de latossolos do Rio Grande do SulPrediction of interrill soil erodibility of oxisols in rio grande do sul, brazil info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000682895.pdf000682895.pdfTexto completoapplication/pdf549541http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79645/1/000682895.pdf14f64820d26034bb481ceaa15b9d7cafMD51TEXT000682895.pdf.txt000682895.pdf.txtExtracted Texttext/plain27946http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79645/2/000682895.pdf.txt1deab76f2db9a32ead891cfe0340167dMD52THUMBNAIL000682895.pdf.jpg000682895.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1563http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79645/3/000682895.pdf.jpg09d5f28ebeb35ffe1029ad52b0e92378MD5310183/796452018-10-17 08:58:45.225oai:www.lume.ufrgs.br:10183/79645Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2018-10-17T11:58:45Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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