Mapeamento e análise morfoestrutural da Formação Tupanciretã em Santiago - RS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/271846 |
Resumo: | O Planalto Meridional do Rio Grande do Sul é dominado por exposições de rochas ígneo- extrusivas do Grupo Serra Geral e de depósitos sedimentares majoritariamente areníticos denominados Formação Tupanciretã na porção sul da Bacia do Paraná. Esta região carece de aperfeiçoamento do mapeamento geológico dos derrames magmáticos e, sobretudo, das coberturas sedimentares posteriores ao processo do vulcanismo Serra Geral. Em especial, as coberturas sedimentares da Formação Tupanciretã encontram-se submapeadas nesta região. Esta condição dificulta os avanços no entendimento da evolução geológica- geomorfológica pós-Serra Geral no sul do Brasil, sob os aspectos geocronológicos, estratigráficos, paleontológicos, morfoestruturais, morfotectônicos e geoambientais. Este trabalho objetivou realizar um mapeamento geológico básico o qual possui como função primordial registrar, comunicar e facilitar o entendimento do substrato da região mapeada e que, atualmente, é potencializado pelo auxílio das diversas ferramentas de sensoriamento remoto. A área de estudo se localiza a leste do município de Santiago-RS, onde se encontram voçorocas de grandes dimensões (i.e., aproximadamente 10 ha), e que, provavelmente, estão relacionadas à ocorrência espacial dos depósitos sedimentares da Formação Tupanciretã, porém que não constam no mapa geológico oficial do RS 1:750.000 e também não possuem registros na literatura geológica. A partir da caracterização e espacialização litológica buscou- se realizar uma interpretação geológica-geomorfológica da área de mapeamento, combinando dados obtidos a partir de sensoriamento remoto com a coleta de dados in loco. Para tal propósito, foi criada uma base de dados digitais para ampliar a capacidade e facilitar a análise dos padrões e anomalias de drenagem e lineamentos de forma qualitativa. Como resultados deste trabalho foi ampliada a espacialização da ocorrência da Formação Tupanciretã para oeste do Estado, em um incremento de 577 km² (i.e., 35,8% com relação ao total já mapeado). O MDE (Modelo Digital de Elevação) Copernicus serviu de auxílio para a definição dos lineamentos classificados como de pequeno porte, se limitando a 5,5 km de comprimento e exibem frequência e tamanho moderadamente distintos em ambas as unidades geológicas a partir da análise dos diagramas de rosetas. O arranjo espacial da rede de drenagem, obtidos através da interpretação visual da BCRS25, marcado pela quantidade expressiva de recurvamentos anômalos ortogonais a subortogonais, pelos padrões dendrítico, subdendrítico, subtreliça, treliça recurvada e a presença de lineamentos morfoestruturais, são indicativos de que a evolução do relevo ocorreu sobre influência tectônica. Tais indicativos de controle tectônico na região, inferidos por métodos de sensoriamento remoto sobre a Formação Tupanciretã, foram confirmados no trabalho de campo em especial pelo ponto nomeado SP012 onde foi observado uma falha normal, com mergulho de 50º para sudoeste, com a direção do plano de falha NW-SE assim como o lineamento negativo registrado por imagem de satélite e pela orientação do eixo principal da voçoroca onde ocorre este afloramento e o lineamento. As três feições exibem este direcionamento NW-SE indicando a correlação entre o avanço das voçorocas com o caráter morfoestrutural e tectônico de reativações de estruturas pré-existentes na área de estudo. As morfoestruturas da região exibem características peculiares em relação aos trabalhos já realizados em outras ocorrências da Formação Tupanciretã. |
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Mexias, Lorenzo Fossa SampaioAndrades Filho, Clódis de OliveiraDani, Norberto2024-02-10T05:06:42Z2024http://hdl.handle.net/10183/271846001195648O Planalto Meridional do Rio Grande do Sul é dominado por exposições de rochas ígneo- extrusivas do Grupo Serra Geral e de depósitos sedimentares majoritariamente areníticos denominados Formação Tupanciretã na porção sul da Bacia do Paraná. Esta região carece de aperfeiçoamento do mapeamento geológico dos derrames magmáticos e, sobretudo, das coberturas sedimentares posteriores ao processo do vulcanismo Serra Geral. Em especial, as coberturas sedimentares da Formação Tupanciretã encontram-se submapeadas nesta região. Esta condição dificulta os avanços no entendimento da evolução geológica- geomorfológica pós-Serra Geral no sul do Brasil, sob os aspectos geocronológicos, estratigráficos, paleontológicos, morfoestruturais, morfotectônicos e geoambientais. Este trabalho objetivou realizar um mapeamento geológico básico o qual possui como função primordial registrar, comunicar e facilitar o entendimento do substrato da região mapeada e que, atualmente, é potencializado pelo auxílio das diversas ferramentas de sensoriamento remoto. A área de estudo se localiza a leste do município de Santiago-RS, onde se encontram voçorocas de grandes dimensões (i.e., aproximadamente 10 ha), e que, provavelmente, estão relacionadas à ocorrência espacial dos depósitos sedimentares da Formação Tupanciretã, porém que não constam no mapa geológico oficial do RS 1:750.000 e também não possuem registros na literatura geológica. A partir da caracterização e espacialização litológica buscou- se realizar uma interpretação geológica-geomorfológica da área de mapeamento, combinando dados obtidos a partir de sensoriamento remoto com a coleta de dados in loco. Para tal propósito, foi criada uma base de dados digitais para ampliar a capacidade e facilitar a análise dos padrões e anomalias de drenagem e lineamentos de forma qualitativa. Como resultados deste trabalho foi ampliada a espacialização da ocorrência da Formação Tupanciretã para oeste do Estado, em um incremento de 577 km² (i.e., 35,8% com relação ao total já mapeado). O MDE (Modelo Digital de Elevação) Copernicus serviu de auxílio para a definição dos lineamentos classificados como de pequeno porte, se limitando a 5,5 km de comprimento e exibem frequência e tamanho moderadamente distintos em ambas as unidades geológicas a partir da análise dos diagramas de rosetas. O arranjo espacial da rede de drenagem, obtidos através da interpretação visual da BCRS25, marcado pela quantidade expressiva de recurvamentos anômalos ortogonais a subortogonais, pelos padrões dendrítico, subdendrítico, subtreliça, treliça recurvada e a presença de lineamentos morfoestruturais, são indicativos de que a evolução do relevo ocorreu sobre influência tectônica. Tais indicativos de controle tectônico na região, inferidos por métodos de sensoriamento remoto sobre a Formação Tupanciretã, foram confirmados no trabalho de campo em especial pelo ponto nomeado SP012 onde foi observado uma falha normal, com mergulho de 50º para sudoeste, com a direção do plano de falha NW-SE assim como o lineamento negativo registrado por imagem de satélite e pela orientação do eixo principal da voçoroca onde ocorre este afloramento e o lineamento. As três feições exibem este direcionamento NW-SE indicando a correlação entre o avanço das voçorocas com o caráter morfoestrutural e tectônico de reativações de estruturas pré-existentes na área de estudo. As morfoestruturas da região exibem características peculiares em relação aos trabalhos já realizados em outras ocorrências da Formação Tupanciretã.The southern plateau of Rio Grande do Sul is dominated by exposures of igneous-extrusive rocks of the Serra Geral Group and sedimentary deposits, mostly sandstone, known as Tupanciretã Formation in the southern part of the Paraná Basin. This region lacks of improvement in geological mapping of the magmatic flows and, above all, of the sedimentary cover after the process of Serra Geral volcanism. In particular, the sedimentary covers of the Tupanciretã Formation are sub-mapped in this region. This condition hinders progress in understanding the post-Serra Geral geological-geomorphological evolution in southern Brazil, from a geochronological, stratigraphic, paleontological, morphostructural, morphotectonic and geoenvironmental perspective. The aim of this work was to carry out basic geological mapping, the primary function of which is to record, communicate and facilitate understanding of the substrate of the mapped region, and which is currently enhanced by the help of various remote sensing tools. The study area is located to the east of the municipality of Santiago-RS, where there are large gullies (i.e. approximately 10 ha), which are probably related to the spatial occurrence of sedimentary deposits of the Tupanciretã Formation, but which are not on the official geological map of RS 1:750,000 and have no records in the geological literature. Based on the lithological characterization and spatialization, we sought to carry out a geological- geomorphological interpretation of the mapping area, combining data obtained from remote sensing with the collection of field work data. To this end, a digital database was created to expand capacity and facilitate qualitative analysis of drainage patterns, anomalies and lineaments. As a result of this work, the spatialization of the occurrence of the Tupanciretã Formation was extended to the west of the state, with an increase of 577 km² (i.e. 35.8% in relation to the total already mapped). The Copernicus Digital Elevation Model (DEM) was used to define the lineaments classified as small, limited to 5.5 km in length and exhibiting moderately different frequency and size in both geological units, based on analysis of the rosette diagrams. The spatial arrangement of the drainage network, obtained through the visual interpretation of the BCRS25, marked by the significant amount of orthogonal to suborthogonal anomalous recurvatures, by the dendritic, subdendritic, subtrellis, recurved lattice patterns and the presence of morphostructural lineaments, are indicative that the evolution of the relief ocurred under tectonic influence. These indicatives of tectonic control in the region, inferred by remote sensing methods over the Tupanciretã Formation, were confirmed in the field work, especially at the point named SP012 where a normal fault was observed, dipping 50º to the southwest, with the direction of the fault plane NW-SE as well as the negative lineament recorded by satellite image and by the orientation of the main axis of the gully where this outcrop occurs and the lineament. The three features show this NW-SE direction, indicating a correlation between the advance of the gullies and the morphostructural and tectonic character of reactivations of pre-existing structures in the study area. The morphostructures in the region display peculiar characteristics in relation to work already carried out on other occurrences of the Tupanciretã Formation.application/pdfporSensoriamento remotoDepositos sedimentaresGeomorfologiaNeotectônicaLineamentosVoçorocaSedimentary depositsCenozoicParaná BasinGeomorphologyGulliesLineamentsDrainage anomalies and patternsRemote sensingNeotectonicsAerophotogeologyMapeamento e análise morfoestrutural da Formação Tupanciretã em Santiago - RSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2024Geologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001195648.pdf.txt001195648.pdf.txtExtracted Texttext/plain122870http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271846/2/001195648.pdf.txt7dacf5964b295b5a7a56dd45f1aa15aaMD52ORIGINAL001195648.pdfTexto completoapplication/pdf8255049http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271846/1/001195648.pdf098855e5a169a58bfffaf120f3f083bcMD5110183/2718462024-02-11 06:03:57.083463oai:www.lume.ufrgs.br:10183/271846Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-02-11T08:03:57Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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