Caracterização geofísica da região do Complexo Cromitífero Do Jacurici - BA com auxílio de Aeromagnetometria e Aerogamaespectrometria
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/163308 |
Resumo: | O Complexo do Jacurici é formado por vários corpos máfico-ultramáficos, orientados aproximadamente norte-sul, na parte setentrional do Cráton do São Francisco, norte do estado da Bahia, que hospedam o maior depósito de cromo do Brasil. Nesse contexto está inserida a área de estudo, no limite entre dois segmentos crustais arqueanos, denominados Bloco Serrinha e Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá, unidos devido à colisão paleoproterozoica que originou o cráton. O posicionamento do Complexo nestes terrenos ainda é alvo de controvérsias, sendo considerado como intrusivo no Complexo Santa Luz, uma unidade do Bloco Serrinha, ou nos ortognaisses granulíticos do Complexo Caraíba, no Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá. A abrangência do Complexo pode ser muito maior do que já foi estimado, considerando que grande parte ocorre em subsuperfície. Na tentativa de compreender a relação geológica complexa que ocorre na área de estudo, dados aerogeofísicos foram interpretados com o objetivo de caracterizar a região, para delimitar o espaço de ocorrência das rochas máfico-ultramáficas, possíveis novos alvos para exploração de cromo. Os dados analisados são oriundos do levantamento aerogeofísico Riacho Seco-Andorinha, realizado no ano de 2001. Após o processamento dos dados, foram gerados mapas gamaespectrométricos e magnetométricos que permitiram, juntamente com as feições geológicas conhecidas, identificar três áreas distintas. A primeira área possui alta concentração de potássio e intensidade magnética moderada. A segunda área possui variadas concentrações de potássio, tório e urânio e alto gradiente de intensidade magnética. A terceira área demonstra concentração maior de potássio ao norte e de tório ao sul, e baixo gradiente magnético. A área 1 apresenta características bem marcantes de corpos sieníticos, conforme identificado nos mapas, e corresponde ao Sienito Itiúba. A área 2 possui grande heterogeneidade litológica e hospeda as rochas do Complexo do Jacurici, podendo estender para leste a área considerada favorável à ocorrência de rochas máfico-ultramáficas, não podendo descartar uma relação com o Complexo. A área 3 demonstra características bem distintas e foi considerada como parte de um contexto geológico diferente, que pode limitar a ocorrência dos corpos máfico-ultramáficos. A partir dos dados obtidos, aparentemente na área 2 pode haver a continuação dos corpos máfico-ultramáficos e indica uma região propícia para futuras investigações. |
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Peixoto, Vinícius MedinaMarques, Juliana Charão2017-06-22T02:42:33Z2016http://hdl.handle.net/10183/163308001011061O Complexo do Jacurici é formado por vários corpos máfico-ultramáficos, orientados aproximadamente norte-sul, na parte setentrional do Cráton do São Francisco, norte do estado da Bahia, que hospedam o maior depósito de cromo do Brasil. Nesse contexto está inserida a área de estudo, no limite entre dois segmentos crustais arqueanos, denominados Bloco Serrinha e Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá, unidos devido à colisão paleoproterozoica que originou o cráton. O posicionamento do Complexo nestes terrenos ainda é alvo de controvérsias, sendo considerado como intrusivo no Complexo Santa Luz, uma unidade do Bloco Serrinha, ou nos ortognaisses granulíticos do Complexo Caraíba, no Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá. A abrangência do Complexo pode ser muito maior do que já foi estimado, considerando que grande parte ocorre em subsuperfície. Na tentativa de compreender a relação geológica complexa que ocorre na área de estudo, dados aerogeofísicos foram interpretados com o objetivo de caracterizar a região, para delimitar o espaço de ocorrência das rochas máfico-ultramáficas, possíveis novos alvos para exploração de cromo. Os dados analisados são oriundos do levantamento aerogeofísico Riacho Seco-Andorinha, realizado no ano de 2001. Após o processamento dos dados, foram gerados mapas gamaespectrométricos e magnetométricos que permitiram, juntamente com as feições geológicas conhecidas, identificar três áreas distintas. A primeira área possui alta concentração de potássio e intensidade magnética moderada. A segunda área possui variadas concentrações de potássio, tório e urânio e alto gradiente de intensidade magnética. A terceira área demonstra concentração maior de potássio ao norte e de tório ao sul, e baixo gradiente magnético. A área 1 apresenta características bem marcantes de corpos sieníticos, conforme identificado nos mapas, e corresponde ao Sienito Itiúba. A área 2 possui grande heterogeneidade litológica e hospeda as rochas do Complexo do Jacurici, podendo estender para leste a área considerada favorável à ocorrência de rochas máfico-ultramáficas, não podendo descartar uma relação com o Complexo. A área 3 demonstra características bem distintas e foi considerada como parte de um contexto geológico diferente, que pode limitar a ocorrência dos corpos máfico-ultramáficos. A partir dos dados obtidos, aparentemente na área 2 pode haver a continuação dos corpos máfico-ultramáficos e indica uma região propícia para futuras investigações.The Jacurici Complex consists of several mafic-ultramafic bodies, oriented approximately north-south, in the northern part of the São Francisco Craton, north of the state of Bahia, which host the largest chrome deposit in Brazil. In this context, the study area is inserted in the boundary between two Archaean crustal segments, called Serrinha Block and Itabuna-Salvador-Curaçá Belt, united due to the paleoproterozoic collision that originated the craton. The positioning of the Complex in these lands is still controversial, being considered as an intrusive in the Santa Luz Complex, a unit of the Serrinha Block, or in the granulite orthogneisses of the Caraíba Complex, in the Itabuna-Salvador-Curaçá Belt. The range of the Complex may be much larger than previously estimated, considering that much of it occurs in subsurface. In an attempt to understand the complex geological relationship that occurs in the study area, aerogeophysical data were interpreted with the objective of characterizing the region to delimit the space of occurrence of the mafic-ultramafic rocks, possible new targets for chrome exploration. The data analyzed came from the Riacho Seco-Andorinha aerogeophysical survey carried out in 2001. After the data processing, gamma-spectrometric and magnetometric maps were generated, which allowed, along with the known geological features, to identify three distinct areas. The first area has high potassium concentration and moderate magnetic intensity. The second area has varying concentrations of potassium, thorium and uranium and a high gradient of magnetic intensity. The third area shows higher concentration of potassium to the north and thorium to the south, and low magnetic gradient. Area 1 presents very striking features of syenitic bodies, as identified in the maps, and corresponds to the Itiúba syenite. Area 2 has great lithological heterogeneity and hosts the rocks of the Jacurici Complex, extending to the east the area considered favorable to the occurrence of mafic-ultramafic rocks, and can not rule out a relationship with the Complex. Area 3 shows very distinct characteristics and was considered as part of a different geological context, which may limit the occurrence of the mafic-ultramafic bodies. From the data obtained, apparently in area 2 there may be continuation of the mafic-ultramafic bodies and indicates a region suitable for future investigations.application/pdfporRochas maficas-ultramaficasAeromagnetometriaAerogamaespectrometriaJacurici (Itiúba, BA)Mafic-ultramafic rocksAeromagnetometryAerogammaespectrometryJacurici complexCaracterização geofísica da região do Complexo Cromitífero Do Jacurici - BA com auxílio de Aeromagnetometria e Aerogamaespectrometriainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2016Geologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001011061.pdf001011061.pdfTexto completoapplication/pdf7372052http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163308/1/001011061.pdf763f3e9a6f036d92be4001d508d28b72MD51TEXT001011061.pdf.txt001011061.pdf.txtExtracted Texttext/plain113131http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163308/2/001011061.pdf.txtf7040cc6301102acb74c244514d38071MD52THUMBNAIL001011061.pdf.jpg001011061.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1131http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163308/3/001011061.pdf.jpg3ca6f885de6fd2c0f3ba2202fd2d396aMD5310183/1633082023-05-05 03:21:49.106616oai:www.lume.ufrgs.br:10183/163308Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-05-05T06:21:49Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O Complexo do Jacurici é formado por vários corpos máfico-ultramáficos, orientados aproximadamente norte-sul, na parte setentrional do Cráton do São Francisco, norte do estado da Bahia, que hospedam o maior depósito de cromo do Brasil. Nesse contexto está inserida a área de estudo, no limite entre dois segmentos crustais arqueanos, denominados Bloco Serrinha e Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá, unidos devido à colisão paleoproterozoica que originou o cráton. O posicionamento do Complexo nestes terrenos ainda é alvo de controvérsias, sendo considerado como intrusivo no Complexo Santa Luz, uma unidade do Bloco Serrinha, ou nos ortognaisses granulíticos do Complexo Caraíba, no Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá. A abrangência do Complexo pode ser muito maior do que já foi estimado, considerando que grande parte ocorre em subsuperfície. Na tentativa de compreender a relação geológica complexa que ocorre na área de estudo, dados aerogeofísicos foram interpretados com o objetivo de caracterizar a região, para delimitar o espaço de ocorrência das rochas máfico-ultramáficas, possíveis novos alvos para exploração de cromo. Os dados analisados são oriundos do levantamento aerogeofísico Riacho Seco-Andorinha, realizado no ano de 2001. Após o processamento dos dados, foram gerados mapas gamaespectrométricos e magnetométricos que permitiram, juntamente com as feições geológicas conhecidas, identificar três áreas distintas. A primeira área possui alta concentração de potássio e intensidade magnética moderada. A segunda área possui variadas concentrações de potássio, tório e urânio e alto gradiente de intensidade magnética. A terceira área demonstra concentração maior de potássio ao norte e de tório ao sul, e baixo gradiente magnético. A área 1 apresenta características bem marcantes de corpos sieníticos, conforme identificado nos mapas, e corresponde ao Sienito Itiúba. A área 2 possui grande heterogeneidade litológica e hospeda as rochas do Complexo do Jacurici, podendo estender para leste a área considerada favorável à ocorrência de rochas máfico-ultramáficas, não podendo descartar uma relação com o Complexo. A área 3 demonstra características bem distintas e foi considerada como parte de um contexto geológico diferente, que pode limitar a ocorrência dos corpos máfico-ultramáficos. A partir dos dados obtidos, aparentemente na área 2 pode haver a continuação dos corpos máfico-ultramáficos e indica uma região propícia para futuras investigações. |
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