Interpretação e uso clínico da pesquisa de dismorfismo eritrocitário no sedimento urinário
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/164722 |
Resumo: | Introdução: O dismorfismo eritrocitário urinário foi descrito há vários anos e tem sido usado para identificar os sangramentos glomerulares e para orientar a investigação subseqüente. Este estudo avalia a variabilidade na análise do dismorfismo eritrocitário por diferentes observadores, verificando a correlação entre as observações e sua associação com o diagnóstico etiológico das hematúrias. Métodos: Foram selecionadas 18 amostras de sedimento urinário de pacientes com hematúria glomerular e não-glomerular, cujas imagens foram capturadas por um programa de análise de imagens e gravadas em meio magnético. Essas imagens foram analisadas por doze observadores treinados na análise de dismorfismo eritrocitário que atuam em laboratórios de análises clínicas de Porto Alegre. Os observadores, cegos em relação ao diagnóstico etiológico da hematúria, classificaram as amostras pela presença ou ausência de dismorfismo e estimaram a porcentagem de hemácias dismórficas em relação ao seu número total. Resultados: Utilizando o ponto de corte de 75% de hemácias dismórficas como diagnóstico de hematúria glomerular, o diagnóstico correto foi obtido em 79% das observações. A sensibilidade foi de 76%, e a especificidade de 82%, com valores preditivos positivo e negativo de 80% e 78% respectivamente. A correlação entre as observações foi calculada com o uso de coeficiente kappa, observando-se uma concordância moderada (kappa = 0,58). Conclusões: Este estudo demonstrou que, a despeito da ausência de critérios rígidos de avaliação e classificação do dismorfismo, sua realização por profissionais capacitados apresenta um nível aceitável de acurácia e concordância, justificando seu uso na avaliação de pacientes com hematúria. |
id |
UFRGS-2_06de81b144986dff2183894d58cf6201 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/164722 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Comerlato, LirianeVeronese, Francisco José VeríssimoProchnow, André AozaniGonçalves, Luiz Felipe Santos2017-08-03T02:40:09Z20060101-5575http://hdl.handle.net/10183/164722001021702Introdução: O dismorfismo eritrocitário urinário foi descrito há vários anos e tem sido usado para identificar os sangramentos glomerulares e para orientar a investigação subseqüente. Este estudo avalia a variabilidade na análise do dismorfismo eritrocitário por diferentes observadores, verificando a correlação entre as observações e sua associação com o diagnóstico etiológico das hematúrias. Métodos: Foram selecionadas 18 amostras de sedimento urinário de pacientes com hematúria glomerular e não-glomerular, cujas imagens foram capturadas por um programa de análise de imagens e gravadas em meio magnético. Essas imagens foram analisadas por doze observadores treinados na análise de dismorfismo eritrocitário que atuam em laboratórios de análises clínicas de Porto Alegre. Os observadores, cegos em relação ao diagnóstico etiológico da hematúria, classificaram as amostras pela presença ou ausência de dismorfismo e estimaram a porcentagem de hemácias dismórficas em relação ao seu número total. Resultados: Utilizando o ponto de corte de 75% de hemácias dismórficas como diagnóstico de hematúria glomerular, o diagnóstico correto foi obtido em 79% das observações. A sensibilidade foi de 76%, e a especificidade de 82%, com valores preditivos positivo e negativo de 80% e 78% respectivamente. A correlação entre as observações foi calculada com o uso de coeficiente kappa, observando-se uma concordância moderada (kappa = 0,58). Conclusões: Este estudo demonstrou que, a despeito da ausência de critérios rígidos de avaliação e classificação do dismorfismo, sua realização por profissionais capacitados apresenta um nível aceitável de acurácia e concordância, justificando seu uso na avaliação de pacientes com hematúria.Introduction: Urinary erythrocyte dysmorphism was described long ago and has been used to identify glomerular bleeding and to guide subsequent investigation. The aim of this study was to analyze the variability of erythrocyte dysmorphism observation performed by several observers, evaluating the correlation between the observations and their association with etiologic diagnosis of hematuria. Methods: Eighteen urinary sediment samples from patients with glomerular and nonglomerular hematuria were studied. Their images were captured by phase-contrast microscopy and saved for later analysis. These images were analyzed by 12 observers experienced in erythrocyte dysmorphism evaluation who work in clinical laboratories in Porto Alegre, Brazil. The observers, who were blinded to the etiologic diagnosis of hematuria, classified the samples according to the presence or absence of erythrocyte dysmorphism and estimated the percentage of dysmorphic erythrocytes in relation to total number. Results: Correct diagnoses were obtained in 79% of the observations, considering 75% as the cut-off point of dysmorphic erythrocytes for the diagnosis of glomerular hematuria. Sensitivity and specificity were 76 and 82%, respectively; positive predictive value was 80% and negative predictive value was 78%. Agreement among observers was calculated using the kappa coefficient, which showed a moderate agreement (kappa = 0.58). Conclusions: Our study demonstrated that, despite the absence of strict criteria for assessing and classifying dysmorphism, the performance of urinary erythrocyte dysmorphism test by skilled professionals presents an acceptable level of accuracy and agreement, which supports its use in the evaluation of patients with hematuria.application/pdfporRevista HCPA. Porto Alegre. Vol. 26, n. 3, (2006), p. 12-17HematúriaUrinaMedicinaErythrocyte dysmorphismHematuriaInterobserver variabilityInterpretação e uso clínico da pesquisa de dismorfismo eritrocitário no sedimento urinárioClinical utility and interpretation of screening for urinary erythrocyte dysmorphism info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001021702.pdf001021702.pdfTexto completoapplication/pdf620098http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164722/1/001021702.pdf6f06026137094662df26a731bebc0e0bMD51TEXT001021702.pdf.txt001021702.pdf.txtExtracted Texttext/plain22205http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164722/2/001021702.pdf.txt1ffbf98afb60064f3f27a7f4a2d7c99dMD52THUMBNAIL001021702.pdf.jpg001021702.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1671http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164722/3/001021702.pdf.jpg8df6145e5638fb02bd9faf773efbcdf9MD5310183/1647222018-10-18 08:26:37.551oai:www.lume.ufrgs.br:10183/164722Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-18T11:26:37Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Interpretação e uso clínico da pesquisa de dismorfismo eritrocitário no sedimento urinário |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Clinical utility and interpretation of screening for urinary erythrocyte dysmorphism |
title |
Interpretação e uso clínico da pesquisa de dismorfismo eritrocitário no sedimento urinário |
spellingShingle |
Interpretação e uso clínico da pesquisa de dismorfismo eritrocitário no sedimento urinário Comerlato, Liriane Hematúria Urina Medicina Erythrocyte dysmorphism Hematuria Interobserver variability |
title_short |
Interpretação e uso clínico da pesquisa de dismorfismo eritrocitário no sedimento urinário |
title_full |
Interpretação e uso clínico da pesquisa de dismorfismo eritrocitário no sedimento urinário |
title_fullStr |
Interpretação e uso clínico da pesquisa de dismorfismo eritrocitário no sedimento urinário |
title_full_unstemmed |
Interpretação e uso clínico da pesquisa de dismorfismo eritrocitário no sedimento urinário |
title_sort |
Interpretação e uso clínico da pesquisa de dismorfismo eritrocitário no sedimento urinário |
author |
Comerlato, Liriane |
author_facet |
Comerlato, Liriane Veronese, Francisco José Veríssimo Prochnow, André Aozani Gonçalves, Luiz Felipe Santos |
author_role |
author |
author2 |
Veronese, Francisco José Veríssimo Prochnow, André Aozani Gonçalves, Luiz Felipe Santos |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Comerlato, Liriane Veronese, Francisco José Veríssimo Prochnow, André Aozani Gonçalves, Luiz Felipe Santos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Hematúria Urina Medicina |
topic |
Hematúria Urina Medicina Erythrocyte dysmorphism Hematuria Interobserver variability |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Erythrocyte dysmorphism Hematuria Interobserver variability |
description |
Introdução: O dismorfismo eritrocitário urinário foi descrito há vários anos e tem sido usado para identificar os sangramentos glomerulares e para orientar a investigação subseqüente. Este estudo avalia a variabilidade na análise do dismorfismo eritrocitário por diferentes observadores, verificando a correlação entre as observações e sua associação com o diagnóstico etiológico das hematúrias. Métodos: Foram selecionadas 18 amostras de sedimento urinário de pacientes com hematúria glomerular e não-glomerular, cujas imagens foram capturadas por um programa de análise de imagens e gravadas em meio magnético. Essas imagens foram analisadas por doze observadores treinados na análise de dismorfismo eritrocitário que atuam em laboratórios de análises clínicas de Porto Alegre. Os observadores, cegos em relação ao diagnóstico etiológico da hematúria, classificaram as amostras pela presença ou ausência de dismorfismo e estimaram a porcentagem de hemácias dismórficas em relação ao seu número total. Resultados: Utilizando o ponto de corte de 75% de hemácias dismórficas como diagnóstico de hematúria glomerular, o diagnóstico correto foi obtido em 79% das observações. A sensibilidade foi de 76%, e a especificidade de 82%, com valores preditivos positivo e negativo de 80% e 78% respectivamente. A correlação entre as observações foi calculada com o uso de coeficiente kappa, observando-se uma concordância moderada (kappa = 0,58). Conclusões: Este estudo demonstrou que, a despeito da ausência de critérios rígidos de avaliação e classificação do dismorfismo, sua realização por profissionais capacitados apresenta um nível aceitável de acurácia e concordância, justificando seu uso na avaliação de pacientes com hematúria. |
publishDate |
2006 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2006 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-08-03T02:40:09Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/164722 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
0101-5575 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001021702 |
identifier_str_mv |
0101-5575 001021702 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/164722 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Revista HCPA. Porto Alegre. Vol. 26, n. 3, (2006), p. 12-17 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164722/1/001021702.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164722/2/001021702.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164722/3/001021702.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
6f06026137094662df26a731bebc0e0b 1ffbf98afb60064f3f27a7f4a2d7c99d 8df6145e5638fb02bd9faf773efbcdf9 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224924146171904 |