Incorporação de flocos reciclados de polietileno em ligante asfáltico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fontoura, Eduarda
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/205826
Resumo: É crescente a preocupação com o crescimento da produção de resíduos sólidos, principalmente os plásticos. Diversas áreas de conhecimento vêm desenvolvendo práticas que incorporem a reutilização e/ou reciclagem de embalagens plásticas, na pavimentação isto não é diferente. Autores propõe que utilizar resíduos de determinados tipos de polímeros podem trazer benefícios principalmente em relação à deformação permanente das misturas asfálticas por trazer acréscimos à sua rigidez. Este trabalho estudou a modificação de um cimento asfáltico de petróleo, tipo CAP 50/70, com adição de resíduos plásticos nos teores de 0,5% PEAD (polietileno de alta densidade), 0,5% PEBD (polietileno de baixa densidade), 1,0% PEAD, 1,0% PEBD e 2% PEAD/PEBD na proporção 80/20 de acordo com a massa de ligante. A incorporação ocorreu utilizando-se um moinho piloto de alto cisalhamento. Os resultados dos ensaios de Penetração, Ponto de Amolecimento, Viscosidade Brookfield e Separação de Fase mostraram que o procedimento de mistura foi eficiente, porém não foi capaz de promover a total interação entre os flocos de polietileno e o ligante, observação feita principalmente no teor de 2,0% PEAD/PEBD. A inserção de resíduos diminuiu a penetração encontrada em todos os teores em comparação ao CAP 50/70 sem modificação e ao serem comparados com os valores mínimos especificados para os AMP 55/75 e AMP 60/85 as amostras com 1,0% de PEAD e 2,0% PEAD/PEBD não se enquadraram. Diferente do esperado, a temperatura do ponto de amolecimento não apresentou acréscimos significativos, mas todos os teores ficaram dentro do especificado para o CAP 50/70. Quanto a viscosidade, observou-se que os teores 0,5%PEAD, 0,5%PEBD e 1,0%PEBD não apresentaram diferenças significativas, o mesmo vale para as amostras sem resíduo e com 1,0% PEAD ao serem comparadas entre si. Em relação ao ensaio de separação de fase os resultados ficaram dentro do limite de 3ºC de diferença entre as amostras de topo e base, indicando que mesmo com a dificuldade de incorporação o material pode ser utilizado. Ainda são necessários ensaios que avaliem a morfologia dos materiais e em amostragens em maiores volumes. No entanto, já é possível sugerir a utilização de aditivos que melhorem a interação polietileno-ligante para que a dispersão do material não gere problemas futuros. Destaca-se também a importância de análises químicas para compreender quais os reais benefícios da modificação proposta.
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