Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre : ações que direcionaram a Instituição à sua medicalização (1886-1898)

• Autor(a) principal: Silveira, Maria Cristina Estima da
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/206610
• topic: Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre; História da saúde; Medicalização; História : Século XIX; Rio Grande do Sul; Porto Alegre (RS); Health History; Medicalization; Santa Casa de Misericórdia of Porto Alegre; 19th Century; Rio Grande do Sul; Brasil

O cenário da saúde pública no País, observado ou vivenciado por necessidade própria ou através de outras pessoas, em âmbito local ou regional, é extremamente caótico quanto ao atendimento e estrutura, provocando de forma contundente, uma reflexão sobre os caminhos que estão sendo traçados e, por consequência, na urgência de um debate com a participação de todos. Para tanto, torna-se extremamente importante a compreensão histórica da constituição da saúde pública, fato que exige falar das Santas Casas de Misericórdia, diante da centralidade de seu papel no amparo social e, mais especialmente, no século XIX, momento em que ocorreu, no Brasil, grande incentivo à fundação dessas irmandades gestoras de hospitais. Dessa forma, o presente trabalho está delimitado à Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, por se tratar da capital da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, com recorte temporal a partir de 1886, momento em que a provedoria da Santa Casa levou à Assembleia Provincial a proposta de oferta de um terreno para edificação de uma Escola de Medicina, até 1898, ano de fundação da Primeira Escola de Medicina do Estado. E tem como objetivo expor as ações que direcionaram a Instituição à sua medicalização, por meio do estudo das Atas das Sessões de Mesa da Provedoria da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. A instituição era complexa, ali circulavam, com perspectivas distintas e acrescidos de relações de interdependência, a prática médica, o exercício da caridade/filantropia, a irmandade, as irmãs de caridade e o poder público – partilhavam, negociavam e disputavam a afirmação de suas competências na Instituição e, por extensão, na comunidade.