Prognóstico de pacientes oncológicos em uma unidade de tratamento intensivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinheiro, Cleovaldo Tadeu dos Santos
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Brito, Luciano de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/62557
Resumo: Objetivos: avaliar a taxa de mortalidade de pacientes oncológicos submetidos à terapia intensiva e compará- la à taxa de mortalidade dos pacientes não- oncológicos, com o mesmo nível de gravidade, medido pelo APACHE II. Delineamento: estudo de coorte, contemporâneo. Local: Centro de Tratamento Intensivo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre: (CTI-HCPA), uma unidade de 33 leitos em um hospital terciário, universitário de 780 leitos. Pacientes: foram estudados 137 pacientes internados consecutivamente no CTI-HCPA, sendo excluído aqueles com período de internação menor do que 24 horas e pacientes em pós-operatório de cirurgias cardíacas. Intervenção: nenhuma. Medidas: os dados de identificação, detalhes clínicos e o APACHE II dos pacientes foram registrados nas primeiras 24 horas de internação no Centro de Tratamento Intensivo. O fator de estudo foi a presença de uma doença neoplásica, diagnosticada histologicamente e o desfecho foi a taxa de mortalidade hospitalar. Os pacientes também foram divididos em dois subgrupos: um de pacientes com valores do escore APACHE II menores do que 25 e outro de pacientes com valores iguais ou maiores do que 25. Resultados: a taxa de mortalidade dos pacientes oncológicos foi de 60,7% contra 25,0% dos não-oncológicos (p < 0,001); risco relativo = 2,43 (intervalo de confiança de 95% = 1,56-3,78). Os pacientes oncológicos com valores do escore APACHE II menores do que 25 apresentaram uma taxa de mortalidade de 45,5%, que foi significativamente maior do que a taxa de mortalidade dos pacientes não-oncológicos com o mesmo nível de APACHE II: 11,0% (p ,001); risco relativo = 4,14 (1,97-8,69).
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