Relato do uso de clozapina em 56 pacientes atendidos pelo Programa de Atenção à Esquizofrenia Refratária da Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul
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Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/70147 |
Resumo: | Introdução: A Esquizofrenia é transtorno psiquiátrico crônico grave que acarreta importantes déficits psicológicos, sociais e vocacionais. Os antipsicóticos clássicos são amplamente usados como tratamento, mas comumente produzem respostas incompletas, toxicidade e efeitos extrapiramidais. A clozapina foi importante aquisição na terapia antipsicótica. Mostrou-se com eficácia legítima em 30-61% das psicoses e baixa incidência de efeitos adversos. Métodos: Relato da experiência clínica de 56 pacientes com Esquizofrenia Refratária incluídos no programa de fornecimento gratuito da clozapina pela Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul em convênio com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Resultados: A média dos escores da Brief Psychiatric Rating Scale (BPRS) foi inicialmente 77,9 (DP=16,1) e, após noventa e três meses de tratamento, 41,1 (DP=16,2). Dois pacientes abandonaram o programa e um foi excluído por agranulocitose. Houve quatro internações. Discussão: Apesar de sua comprovada eficácia e aplicabilidade, a clozapina não está livre de efeitos adversos: hipotensão ortostática, taquicardia, visão turva, xerostomia, hipersalivação, constipação e sedação são comuns. As alterações hematológicas ocorrem em 0,05 a 2,8% dos casos. Ainda, o alto custo restringe seu uso. Conclusões: Houve melhora significativa e mantida dos pacientes que participaram do programa. Doenças com maior tempo de evolução obtiveram menor resposta, provavelmente relacionada a alterações neurofisiológicas e neuroquímicas. Vale ressaltar a importância do início precoce do tratamento e a necessidade da participação do Estado, no sentido de oferecer suporte psicossocial e financeiro para a otimização do tratamento desses pacientes. |
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Gama, Clarissa SeverinoSouza, Camila Morelatto deLobato, Maria Inês RodriguesBelmonte-de-Abreu, Paulo Silva2013-04-11T01:47:13Z20030101-8108http://hdl.handle.net/10183/70147000415115Introdução: A Esquizofrenia é transtorno psiquiátrico crônico grave que acarreta importantes déficits psicológicos, sociais e vocacionais. Os antipsicóticos clássicos são amplamente usados como tratamento, mas comumente produzem respostas incompletas, toxicidade e efeitos extrapiramidais. A clozapina foi importante aquisição na terapia antipsicótica. Mostrou-se com eficácia legítima em 30-61% das psicoses e baixa incidência de efeitos adversos. Métodos: Relato da experiência clínica de 56 pacientes com Esquizofrenia Refratária incluídos no programa de fornecimento gratuito da clozapina pela Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul em convênio com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Resultados: A média dos escores da Brief Psychiatric Rating Scale (BPRS) foi inicialmente 77,9 (DP=16,1) e, após noventa e três meses de tratamento, 41,1 (DP=16,2). Dois pacientes abandonaram o programa e um foi excluído por agranulocitose. Houve quatro internações. Discussão: Apesar de sua comprovada eficácia e aplicabilidade, a clozapina não está livre de efeitos adversos: hipotensão ortostática, taquicardia, visão turva, xerostomia, hipersalivação, constipação e sedação são comuns. As alterações hematológicas ocorrem em 0,05 a 2,8% dos casos. Ainda, o alto custo restringe seu uso. Conclusões: Houve melhora significativa e mantida dos pacientes que participaram do programa. Doenças com maior tempo de evolução obtiveram menor resposta, provavelmente relacionada a alterações neurofisiológicas e neuroquímicas. Vale ressaltar a importância do início precoce do tratamento e a necessidade da participação do Estado, no sentido de oferecer suporte psicossocial e financeiro para a otimização do tratamento desses pacientes.Introduction: Schizophrenia is a chronic severe psychiatric disease causing major psychological, social and working deficiencies. Typical neuroleptics are widely used, but often produce incomplete responses, toxicity and adverse effects on motricity. Clozapine was a significant development. It is effective in treating 30-61% of the psychotic symptoms with minimal adverse effects. Methods: Clinical experience of 56 patients with refractory schizophrenia under treatment at the Psychiatry Service of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, included in the program to supply clozapine free of charge, promoted by the Department of Health and the Environment of the State of Rio Grande do Sul. Results: The mean score for the Brief Psychiatric Rating Scale (BPRS) was initially 77.9 (SD=16.1) and, at the end, 41.1 (SD=16.2). Two patients left the program and one was excluded because he developed agranulocytosis. There were 4 hospitalizations. Discussion: Despite its well-established efficacy and applicability, clozapine is not free from adverse effects: postural hypotension, tachycardia, cloudy vision, dry eyes, hypersalivation, constipation and sedation frequently occur. Hematological alterations occur in 0.05-2.8%. Conclusions: There was a significant and lasting improvement of the symptoms in the patients enrolled. Diseases with a longer evolution had worse responses, probably related to neurochemical and neurophysiological damage. The importance of early treatment and the need for State intervention, offering psychosocial and financial support to optimize the treatment of this population should be highlighted.Introducción: La Esquizofrenia es un trastorno psiquiátrico crónico grave que ocasiona importante déficit psicológico, social y vocacional. Los antipsicóticos clásicos son ampliamente usados como tratamiento, pero comunmente producen respuestas incompletas, toxicidad y efectos extrapiramidales. La clozapina fue importante adquisición en la terapia antipsicótica. Mostró legítima eficacia en 30-61% de las psicosis y baja incidencia de efectos adversos. Métodos: Relato de la experiencia clínica de 56 pacientes con Esquizofrenia Refractaria incluídos en el programa de suministro gratuito de clozapina por la Secretaría de Salud y Medio Ambiente del Estado de Rio Grande do Sul en convenio con el Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Resultados: La media de los escores da Brief Psychiatric Rating Scale (BPRS) fue inicialmente 77,9 (DP=16,1) y, después de noventa y tres meses de tratamiento, 41,1 (DP=16,2). Dos pacientes abandonaron el programa y uno fue excluído por agranulocitosis. Hubo cuatro internaciones. Discusión: A pesar de su comprobada eficacia y aplicabilidad, la clozapina no está libre de efectos adversos: hipotensión ortostática, taquicardia, visión turbia, xerostomia, hipersalivación, constipación y sedación son comunes. Las alteraciones hematológicas ocurren en 0,05 a 2,8% de los casos. Aún, el alto costo restringe su uso. Conclusiones: Hubo mejoría significativa y estable de los pacientes que participaron del programa. Enfermedades con mayor tiempo de evolución obtuvieron menor resultado, probablemente relacionada a alteraciones neurofisiológicas y neuroquímicas. Vale resaltar la importancia del inicio precoz del tratamiento y de la necesidad de participación del Estado, en el sentido de ofrecer soporte psicosocial y financiero para la optimización del tratamiento de estos pacientes.application/pdfporRevista de psiquiatria do Rio Grande do Sul. Vol. 26, n. 1 (jan./abr. 2004), p. 21-28ClozapinaEsquizofreniaRio Grande do SulClozapineRefractory schizophreniaPublic healthEsquizofrenia refractariaSalud públicaRelato do uso de clozapina em 56 pacientes atendidos pelo Programa de Atenção à Esquizofrenia Refratária da Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do SulClozapine use report in 56 patients seen by Clerkship of Health and Environment of the State of Rio Grande do Sul's Programm of Atention to the Refractory Schzophrenia El relato del uso de clozapina en 56 pacientes atendidos por el Programa de Atención a la Esquizofrenia refractaria de la Secretaria de Salud y Medio Ambiente del Estado de Rio Grande do Sul info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000415115.pdf000415115.pdfTexto completoapplication/pdf56876http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/70147/1/000415115.pdf736201132506a498bd518cea7cbb5fb1MD51TEXT000415115.pdf.txt000415115.pdf.txtExtracted Texttext/plain36245http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/70147/2/000415115.pdf.txt32aaea1179e142fa172aea5155452d7cMD52THUMBNAIL000415115.pdf.jpg000415115.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1509http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/70147/3/000415115.pdf.jpge7fee380ddc202ea2bef94ab5dee3531MD5310183/701472023-10-21 03:43:04.985019oai:www.lume.ufrgs.br:10183/70147Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-10-21T06:43:04Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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