A crise de 1929 e a crise do subprime : uma análise comparativa da economia dos Estados Unidos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Thiago Silveira da
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/187583
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo principal realizar uma análise comparativa das crises econômicas de 1929 e de 2008 com base em um referencial teórico pós-keynesiano. Mais especificamente, o trabalho visa mostrar as origens e os desdobramentos das respectivas crises sobre a economia dos Estados Unidos. Para tanto, utilizar-se-á uma análise interpretativa da literatura econômica sobre os dois períodos supracitados. Ademais, utilizar-se-ão análises estatístico-descritivas como forma de validar e agregar às afirmações feitas durante o desenrolar do trabalho. Dentre as principais conclusões do trabalho, pode-se destacar que a desregulamentação dos mercados financeiros e a especulação financeira estão no cerne das duas crises. Nos dois momentos, há um aumento da especulação financeira atrelada a posições de endividamento ponzi, que fragilizaram a economia estadunidense e levaram-na ao posterior colapso. Outra conclusão que se chega com o trabalho é que os impactos nas variáveis macroeconômicas da economia norte-americana foram muito maiores na Grande Depressão (GD) do que na Crise Financeira Internacional (CFI). Parte disso pode ser explicado pela resposta dos Estados Unidos às crises nos dois momentos, onde também se nota uma grande diferença de padrão. Com o advento da crise do subprime e a consequente Crise Financeira Internacional (CFI), as Autoridades Econômicas (AE) dos Estados Unidos demonstraram uma resposta muito mais ativa do que a demonstrada na Grande Depressão. Convalidando-se a hipótese central do trabalho, mostra-se que os Estados Unidos, na crise de 2007-2008, tenderam a adotar mais políticas anticíclicas como forma de mitigar os efeitos da crise, em vez do receituário liberal de ajuste fiscal e contração de gastos, adotado no período posterior ao crash de 1929.
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