Modelagem de nicho ecológico dos golfinhos do gênero Stenella (Cetartiodactyla: Delphinidae) no Oceano Atlântico Sul Ocidental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amaral, Karina Bohrer do
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/142552
Resumo: O gênero Stenella compreende cinco espécies de golfinhos oceânicos que se distribuem em águas tropicais, subtropicais e temperadas. Através do método de máxima entropia (Maxent), para a modelagem de nicho ecológico, foi possível estimar a distribuição geográfica potencial dos golfinhos no Oceano Atlântico Sul Ocidental. Esta região tem cerca de 2460 km2 e compreende as águas do sul do Equador até 20ºW. Os dados das cinco espécies foram compilados a partir de registros de avistagem georreferenciados existentes na literatura e em bancos de dados públicos. Dados hidrográficos da área de estudo foram retirados do banco de dados Bio-Oracle com resolução de 9,2 km, enquanto que dados referentes a topografia foram extraídos do banco de dados ETOPO1 Global Relief Model na resolução de 1,8 km. As camadas ambientais foram obtidas através do processamento dos dados marinhos no programa ArcGIS (v. 9.3) e padronizadas nas mesmas dimensões espaciais e de resolução. Foram gerados dois conjuntos de camadas ambientais, um conjunto incluindo os dados para a área total de estudo e o outro apresentando os dados apenas de uma região próxima aos registros de ocorrência. Para modelagem de nicho ecológico foi utilizada a versão 3.3.3a do programa Maxent em sua configuração padrão para gerar os modelos com a área total de estudo, e o recurso Projecting utilizado para construir os modelos com a área restrita e, posterior, projeção para área total. Os modelos de distribuição potencial demonstram alta probabilidade de ocorrência das espécies S. attenuata, S. clymene e S. longirostris em águas com temperaturas acima de 25ºC em profundidades maiores que 1000m. Para S. frontalis, o modelo reflete o hiato na distribuição da espécie, entre 6 e 21º S, e indica alta probabilidade de ocorrência entre 20 e 30ºS em uma região costeira. Quanto a S. coeruleoalba, poucas inferências podem ser feitas sobre sua distribuição devido ao baixo número de registros utilizados para gerar os modelos. Os mapas de distribuição potencial gerados pelo Maxent revelam padrões de distribuição restritos a uma fina escala espacial e adicionam importantes informações onde previamente não havia conhecimento sobre os limites de distribuição das espécies oceânicas.
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