De protagonista a coadjuvante : Um olhar antropológico sobre o OP de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ruppenthal, Francieli Renata
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/29117
Resumo: Em pouco mais de 20 anos de história, o OP projetou Porto Alegre internacionalmente como modelo de democracia participativa. Nos primeiros 16 anos (1989-2004) o governo de Porto Alegre, batizado de Administração Popular, esteve ligado a um bloco de partidos de esquerda, liderados pelo PT que soube capitalizar eleitoralmente o sucesso do OP. Em 2004, José Fogaça, então candidato à prefeitura porto-alegrense, à testa de uma ampla coligação de partidos de centro-direita, afirmou que não iria extinguir o OP, ciente de que tal dispositivo possuía uma excelente avaliação. Fogaça foi eleito e a promessa cumprida: o OP foi mantido. Contudo, com a nova gestão, o processo do OP sofreu alterações e um novo programa chamado Governança Solidária Local (GSL) foi implantado. Tal programa, conforme seus idealizadores, deveria somar forças ao OP, mas as controvérsias não tardaram a aparecer. Considerando a continuidade do OP com a troca de governo algo relevante, esta análise concentra-se nas alterações sofridas no mesmo, a partir desta troca, não excluindo as mudanças ocorridas já no governo petista. Problematiza-se a questão destacando o ponto de vista daqueles que efetivamente participam dos processos, sobretudo do OP. Destaca-se os sentidos atribuídos a participação e as mudanças de perspectiva em relação a essa categoria, tida como essencial em todas as propostas de democracia participativa. Através de entrevistas e da observação participante realizada nos Fóruns Regionais do OP (FROPs) e no Conselho do OP (COP), notam-se diferenças no modo de conduzir o processo do OP e a inserção de novas formas de participação, configurando uma nova gramática no que concerne a participação na GSL. Neste sentido, a GSL configura-se como a principal alteração trazida pelo atual governo, alteração esta que contribui diretamente para diminuir o protagonismo do OP, posto que se constitui em uma alternativa para a obtenção de recursos.
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