Diagnóstico da pressão antrópica na Bacia Hidrográfica do Arroio do Salso, Porto Alegre - RS

• Autor(a) principal: Wentz, Alexandre Edson Perin
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/235514
• topic: Geografia ambiental; Plano diretor; Controle ambiental; Preservação ambiental; Salso, Arroio do, Bacia (RS); Arroyo Salso; Anthropic pressure; Master Plan for Urban and Environmental Development of Porto Alegre – RS; Environmental Qualification

A bacia hidrográfica do Arroio do Salso (BHAS) está localizada no município de Porto Alegre – RS, e possui diferentes tipos de uso e ocupação do solo, abarcando tanto paisagens urbanas, rurrurbanas e rurais. Ela contém alguns núcleos urbanos densos e contínuos, porém grande parte de sua área apresenta-se coberta por vegetação, possuindo uma ocupação mais rarefeita, assim caracteriza-se por ser uma área tanto de interesse de preservação ambiental, como também de expansão urbana do município. O presente trabalho propõem-se a diagnosticar a evolução da pressão antrópica na BHAS entre o período de 2008 e 2019, e a sua conformidade com as estratégias de qualificação ambiental e de produção da cidade estabelecidas pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDUA) de 2010 do município de Porto Alegre - RS. O PDDUA de 2010 estabelece as diretrizes estratégicas de qualificação ambiental e produção da cidade, e portanto, é o instrumento legal e aplicável para prática da gestão e do planejamento urbano e ambiental. Ao longo da vigência do PDDUA de 2010 a cidade cresceu em direção à áreas da BHAS, ocasionando mudanças nos padrões de uso e ocupação do solo, demonstrando um aumento da pressão antrópica no ambiente. Para alcançar o objetivo geral do trabalho, elaborou-se mapas de uso e ocupação do solo, e aplicou-se o Índice de Transformação Antrópica (ITA) para área da BHAS e para suas Áreas de Preservação Permanentes (APPs), e assim confrontou-se os resultados com as diretrizes estratégicas propostas para as Macrozonas (MZs) que encontram-se total ou parcialmente na área da bacia. Observou-se mudanças ocorridas no uso e ocupação do solo, principalmente a expansão urbana em detrimento da cobertura vegetal, o que alterou de 2008 para 2019 o resultado do ITA para BHAS e para suas APPs de hidrografia e de topo de morro, resultando um aumento de 3,22 para 3,92 para área da BHAS, 2,52 para 2,96 em APPs de hidrografia e de 2,39 para 2,73 para APPs de topo de morro, notando-se o aumento da pressão antrópica. Quanto as diretrizes de qualificação ambiental e de produção da cidade estabelecidas pelo PDDUA de 2010, algumas foram seguidas e postas em prática, outras porém, principalmente no que tange a recuperação e preservação ambiental, não foram cumpridas. Constatou-se que não houve a conformidade com o estabelecido pelo plano para promoção do desenvolvimento sustentável, conciliando a expansão urbana com a preservação do meio ambiente. Ao menos em parte as mudanças observadas vão de encontro com qualificação ambiental pretendida, problemas de degradação antigos continuam a existir, e o grande aumento da área urbanizada provoca uma tendência de aumento da pressão antrópica na área da BHAS, que caso continue a crescer no ritmo observado, pode alterar a classe de ITA nos próximos anos, mudando de regular para uma classe degradada.