Caracterização do perfil de virulência de isolados de Staphylococcus pseudintermedius

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Saggin, Bianca Fagundes
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/249509
Resumo: O agente bacteriano Staphylococcus pseudintermedius é um patógeno oportunista, responsável por uma ampla gama de infecções, principalmente em cães, incluindo piodermatite, otite externa, bacteremia, infecções do trato urinário e infecções pós-cirúrgicas. Esta espécie é capaz de sintetizar uma série de toxinas. Essas, porém, ainda não foram caracterizadas detalhadamente e há divergência entre o perfil de toxinas presentes nos isolados. Para trazer mais informações a respeito do potencial patogênico dessa espécie, 33 isolados de S. pseudintermedius provindos de diferentes sítios de infecção foram investigados através de identificação molecular quanto à presença do gene de resistência à antimicrobianos mecA, e para 11 genes codificadores de toxinas: citotoxinas (lukS, lukF), toxina esfoliativa (siet), enterotoxinas (sea, seb, sec, seccanine, sel, sem e seq) e toxina da síndrome do choque tóxico (tst-1). Os mesmos isolados foram submetidos ao teste de formação de biofilme in vitro, e ao teste de susceptibilidade aos antimicrobianos. Os resultados mostraram que 81 % dos isolados foram positivos para lukS, 90 % foram positivos para lukF e 87 % positivos para siet. Já outros genes foram de detecção menos frequente, como seq (12 %), sel (9 %) e sem (3 %). Os genes, sea, seb, sec, seccanine e tst-1, não foram detectados em nenhum dos isolados do presente estudo. Os isolados fenotipicamente resistentes à oxacilina foram previamente descritos como positivos para mecA, e dentre os 14 isolados fenotipicamente suscetíveis à oxacilina, somente um deles foi positivo para o mesmo gene. Referente a resistência aos antimicrobianos, 57,5 % apresentaram o padrão fenotípico de cepas oxacilina resistentes, enquanto que 42,4 % foram descritas como sensíveis. Já o percentual de isolados multirresistentes foi de 84,8 %. Com exceção de um isolado, todos os demais foram classificados como fortes formadores de biofilme. Em conclusão, a alta prevalência de genes codificadores de toxinas, a forte capacidade de formação de biofilme e os diversos perfis de multirresistência aos antimicrobianos sugerem o grande potencial patogênico e virulento desta espécie, e também pôde-se observar que existe uma variação da presença de alguns desses fatores conforme o sítio de infecção do isolado.
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Para trazer mais informações a respeito do potencial patogênico dessa espécie, 33 isolados de S. pseudintermedius provindos de diferentes sítios de infecção foram investigados através de identificação molecular quanto à presença do gene de resistência à antimicrobianos mecA, e para 11 genes codificadores de toxinas: citotoxinas (lukS, lukF), toxina esfoliativa (siet), enterotoxinas (sea, seb, sec, seccanine, sel, sem e seq) e toxina da síndrome do choque tóxico (tst-1). Os mesmos isolados foram submetidos ao teste de formação de biofilme in vitro, e ao teste de susceptibilidade aos antimicrobianos. Os resultados mostraram que 81 % dos isolados foram positivos para lukS, 90 % foram positivos para lukF e 87 % positivos para siet. Já outros genes foram de detecção menos frequente, como seq (12 %), sel (9 %) e sem (3 %). Os genes, sea, seb, sec, seccanine e tst-1, não foram detectados em nenhum dos isolados do presente estudo. Os isolados fenotipicamente resistentes à oxacilina foram previamente descritos como positivos para mecA, e dentre os 14 isolados fenotipicamente suscetíveis à oxacilina, somente um deles foi positivo para o mesmo gene. Referente a resistência aos antimicrobianos, 57,5 % apresentaram o padrão fenotípico de cepas oxacilina resistentes, enquanto que 42,4 % foram descritas como sensíveis. Já o percentual de isolados multirresistentes foi de 84,8 %. Com exceção de um isolado, todos os demais foram classificados como fortes formadores de biofilme. Em conclusão, a alta prevalência de genes codificadores de toxinas, a forte capacidade de formação de biofilme e os diversos perfis de multirresistência aos antimicrobianos sugerem o grande potencial patogênico e virulento desta espécie, e também pôde-se observar que existe uma variação da presença de alguns desses fatores conforme o sítio de infecção do isolado.The bacterial agent Staphylococcus pseudintermedius is a timely pathogen, responsible for a range of infections, mainly in dogs, including pyodermatitis, external otitis, bacteremia, urinary tract infections and post-surgery infections. This species is capable of synthesizing a series of toxins and, besides these not being described in detail so far, there are divergences between the data published, where the presence of these toxins varies, bringing a greater need for studies on this topic. To provide more information about the pathogenic potential of this species, 33 isolates of S. pseudintermedius from different infection sites were screened by molecular identification for the mecA antimicrobial resistance gene, and for 11 toxin coding genes: cytotoxins (lukS), lukF), exfoliative toxin (siet), enterotoxins (sea, seb, sec, seccanine, sel, sem and seq) and toxic shock syndrome toxin (tst-1). The same isolates were submitted to the in vitro biofilm formation test and the antimicrobial susceptibility test. Results showed that 81 % of isolates were positive for lukS, 90 % were positive for lukF and 87 % positive for siet. Other genes were less frequent detection, such as seq (12 %), sel (9 %) and sem (3 %). The genes, sea, seb, sec, seccanine and tst-1 were not detected in any of the isolates of the present study. Phenotypically oxacycline-resistant isolates were previously described as positive for mecA, and of the 14 phenotypically oxacycline-susceptible isolates, only one was positive for the same gene. Regarding antimicrobial resistance, 57.5 % presented the phenotypic pattern of resistant oxacillin strains, while 42.4 % were described as sensitive. The percentage of Multidrug resistant isolates was 84.8 %. With the exception of one isolate, all others were classified as strong biofilm forming. In conclusion, the high prevalence of toxin-coding genes, the strong biofilm formation capacity and the diverse antimicrobial multidrug resistance profiles suggest the great pathogenic and virulent potential of this species, and it was also observed that there is a variation in the presence of some of these factors depending on the site of infection of the isolate.application/pdfporFatores de virulênciaStaphylococcus pseudintermediusResistência a antimicrobianosBiofilmesMRSPMSSPToxinasBiofilmeCaracterização do perfil de virulência de isolados de Staphylococcus pseudintermediusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2019/2Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001150374.pdf.txt001150374.pdf.txtExtracted Texttext/plain89597http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/249509/2/001150374.pdf.txtffbf163d08f4c91fcb38d09a9b69ff46MD52ORIGINAL001150374.pdfTexto completoapplication/pdf859184http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/249509/1/001150374.pdf92dad06b2a279339c38e8b6c86765b58MD5110183/2495092022-10-01 05:10:50.995426oai:www.lume.ufrgs.br:10183/249509Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-10-01T08:10:50Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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