Avaliação da qualidade de dentes artificiais monorradiculares utilizados para treinamento endodôntico

• Autor(a) principal: Mendes, Juliana da Silva
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/238822
• topic: Aprendizagem; Endodontia; Dente artificial; Learning; Endodontics; Tooth, artificial

As disciplinas de pré-clínica dos cursos de Odontologia desenvolvem competências e habilidades em atividades em manequins que são preparatórias às atividades clínicas. Um dos desafios do ensino pré-clínico de Endodontia é fornecer aos alunos modelos que reproduzam com precisão a morfologia do dente e o sistema de canais radiculares. O presente estudo se propõe a comparar a morfologia interna e externa dos dentes artificiais monorradiculares de diferentes fabricantes com dados da literatura (controle). Os dentes artificiais foram doados por duas empresas comerciais: Fábrica de Sorrisos (Arujá, São Paulo, Brasil) e IM do Brasil Ltda. (São Paulo, São Paulo, Brasil). Foram obtidos cinco dentes de cada grupo dentário (incisivo central superior, incisivo lateral superior, canino superior e canino inferior), totalizando uma amostra de 40 dentes. Foi realizada a mensuração, com o uso de um paquímetro digital, do comprimento total do dente e da raiz, altura e dimensões vestíbulo-palatina e mésio-distal da coroa. Foi realizada a descrição da forma das raízes e da coroa dentária tanto por proximal quanto por vestibular. Com relação à morfologia interna, os dentes foram acessados com pontas diamantadas em alta rotação sob refrigeração. A exploração dos canais foi realizada com instrumento endodônticos tipo K #15 e em seguida foi realizada descrição da forma da câmara pulpar. A localização topográfica do forame principal foi avaliada após exploração dos canais com uM instrumento endodôntico tipo K #15 até este atingir visualmente o ápice radicular. A partir dos resultados obtidos foram aplicados o teste estatístico de ANOVA, com pós-teste de Tukey. Quanto aos parâmetros morfométricos, a amostra de caninos superiores da empresa B apresentou todas variáveis dentro dos padrões do controle. Em relação a localização topográfica foraminal, os dentes da empresa A apresentaram tendência à posição distalizada e centralizada, vindo ao encontro do controle. Concluímos que nenhum dente artificial estudado apresentou total similaridade morfológica e morfométrica com o controle, diferindo em pelo menos uma das variáveis. A morfologia interna avaliada dos dentes artificiais não reproduziu, na sua maioria, a morfologia externa, sendo assim, as duas marcas comerciais deveriam revisar seus modelos e realizar adequações para oferecer modelos mais semelhantes ao dente natural, proporcionando ao aluno uma experiência que se aproximasse a realidade clínica, otimizando o aprendizado