Sombras dos reis barbudos : a representação alegórica da realidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Gínia Maria de Oliveira
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/27422
Resumo: O ensaio faz uma leitura alegórica de Sombras dos reis barbudos, de José J. Veiga. Inicialmente procuramos analisar o ambiente repressivo da narrativa, cujo protagonista é um adolescente. A instalação da Companhia na cidade instaura um período de exceção, quando logo passa a vigorar um total controle sobre os habitantes, o que é feito por meio dos fiscais, que fazem acatar as proibições decretadas pela Companhia. A criação de muros é representativa da falta de liberdade, o que fica evidente quando a diversão passa a ser olhar os urubus que sobrevoam as casas. Na realidade, Veiga está falando alegoricamente do período pós-golpe militar de 1964, quando se instaura no país uma ditadura militar cujos mecanismos de repressão, como no romance, estão atentos àqueles que não compactuam com a ordem estabelecida.
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