Efeitos de um programa domiciliar de estimulação elétrica neuromuscular sobre a capacidade funcional, qualidade de vida, inibição muscular e torque de idosas com osteoartrite de joelho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Michele Zini dos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/70286
Resumo: INTRODUÇÃO: A qualidade de vida (QV) do idoso está diretamente relacionada com a capacidade funcional (CF) que este tem para realizar as atividades do cotidiano de forma autônoma. Doenças crônico-degenerativas comuns ao envelhecimento como a osteoartrite (OA) podem interferir na autonomia destes indivíduos. Na velhice, além da sarcopenia muscular, pessoas com OA demonstram uma inibição na ativação do músculo quadríceps. Dentre as intervenções existentes, a estimulação elétrica neuromuscular (EEN) vem sendo usada como um método eficiente para minimizar os efeitos deletérios dessa doença. OBJETIVO: Avaliar a CF, QV, o torque (T) e a inibição muscular (IM) de idosas antes (PRE) e imediatamente após (POS) a realização de um programa domiciliar de treinamento de 12 semanas com EEN. METODOLOGIA: A amostra contou com 8 idosas (64,12 ± 8,06 anos, 79 ± 16,24 kg e 1,62 ± 0,08 m) com OA no joelho, as quais foram submetidas a um programa progressivo de EEN realizado em domicílio. A intensidade do estímulo elétrico gerado pelo estimulador portátil foi sempre a máxima tolerada pelas participantes. O programa de EEN foi acompanhado à distância pelos pesquisadores. A CF foi avaliada por meio do teste Time Up and Go (TUG). A QV foi avaliada por meio do Questionário Western Ontario and McMaster Universities (WOMAC), o qual é dividido em 3 seções: seção A é referente à dor, seção B à rigidez articular e a seção C à incapacidade física. O T foi avaliado a 90° por meio de um dinamômetro Biodex e a IM foi avaliada com o auxílio do dinamômetro e de um estimulador elétrico tipo Grass, respectivamente. RESULTADOS: Houve um aumento da CF do momento PRE-EEN para o POS (TUG 12,27 ± 2,94 s para 10,50 ± 2,41 s; p = 0,017). Em relação à QV, não houve melhora da dor (PRE = 2,35 ± 0,56; POS = 1,85 ± 1,16; p= 0,117) e da rigidez (PRE = 2,56 ± 1,27; POS = 2,19 ± 0,80; p=0,222), mas houve melhora da incapacidade física (PRE = 2,47 ± 0,81; 1,64 ± 0,88; p=0,049). Houve redução da IM (PRE = 19 ± 9% da CVM; POS = 11 ± 5% da CVM; p=0,025), mas não houve aumento do T (PRE = 0,95 ± 0,25 Nm/Kg; POS = 0,96 ± 0,33 Nm/Kg; p=0,880) com a EEN. CONCLUSÃO: A melhora parcial (melhora da CF, redução da IM e da incapacidade física) produzida pelo programa domiciliar de treinamento com EEN sugere que essa técnica pode ser utilizada para minimizar os efeitos deletérios da OA de joelho em idosas quando essas são submetidas a um programa de 12 semanas de treinamento.
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METODOLOGIA: A amostra contou com 8 idosas (64,12 ± 8,06 anos, 79 ± 16,24 kg e 1,62 ± 0,08 m) com OA no joelho, as quais foram submetidas a um programa progressivo de EEN realizado em domicílio. A intensidade do estímulo elétrico gerado pelo estimulador portátil foi sempre a máxima tolerada pelas participantes. O programa de EEN foi acompanhado à distância pelos pesquisadores. A CF foi avaliada por meio do teste Time Up and Go (TUG). A QV foi avaliada por meio do Questionário Western Ontario and McMaster Universities (WOMAC), o qual é dividido em 3 seções: seção A é referente à dor, seção B à rigidez articular e a seção C à incapacidade física. O T foi avaliado a 90° por meio de um dinamômetro Biodex e a IM foi avaliada com o auxílio do dinamômetro e de um estimulador elétrico tipo Grass, respectivamente. RESULTADOS: Houve um aumento da CF do momento PRE-EEN para o POS (TUG 12,27 ± 2,94 s para 10,50 ± 2,41 s; p = 0,017). Em relação à QV, não houve melhora da dor (PRE = 2,35 ± 0,56; POS = 1,85 ± 1,16; p= 0,117) e da rigidez (PRE = 2,56 ± 1,27; POS = 2,19 ± 0,80; p=0,222), mas houve melhora da incapacidade física (PRE = 2,47 ± 0,81; 1,64 ± 0,88; p=0,049). Houve redução da IM (PRE = 19 ± 9% da CVM; POS = 11 ± 5% da CVM; p=0,025), mas não houve aumento do T (PRE = 0,95 ± 0,25 Nm/Kg; POS = 0,96 ± 0,33 Nm/Kg; p=0,880) com a EEN. CONCLUSÃO: A melhora parcial (melhora da CF, redução da IM e da incapacidade física) produzida pelo programa domiciliar de treinamento com EEN sugere que essa técnica pode ser utilizada para minimizar os efeitos deletérios da OA de joelho em idosas quando essas são submetidas a um programa de 12 semanas de treinamento.INTRODUCTION: The elderly quality of life (QOL) is directly related to the functional capacity (FC) that they have to perform everyday tasks autonomously. Chronic degenerative diseases common to aging such as osteoarthritis (OA) can interfere with the autonomy of these individuals. In old age, in addition to sarcopenia, people with OA demonstrate an inhibition in the activation of the quadriceps muscle. Among existing interventions, neuromuscular electrical stimulation (NMES) has been used as an efficient method to minimize the deleterious effects of this disease. PURPOSE: To evaluate the FC, QOL, torque (T) and muscle inhibition (MI) in elderly women before (PRE) and immediately after (POST) a 12-weeks domiciliary NMES training program. METHODS: The sample consisted of 8 elderly women (64.12 ± 8.06 years, 79 ± 16.24 kg and 1.62 ± 0.08 m) with knee OA that underwent a progressive home-based NMES program. The electrical stimulus intensity generated by the portable stimulator was always the maximum tolerated by participants. The NMES program was followed at a distance by the researchers. The FC was evaluated by the Timed Up and Go (TUG) test. QOL was assessed using the Western Ontario and McMaster Universities Questionnaire (WOMAC), which is divided into 3 sections: section A is related to pain, section B to joint stiffness and section C to physical disability. Knee extensor T was evaluated at 90° by means of a Biodex dynamometer and MI was assessed using a Grass type electrical stimulator, respectively. RESULTS: There was an increase in the FC from PRE-NMES to POST-NMES (TUG 12.27 ± 2.94 s to 10.50 ± 2.41 s, p = 0.017). Regarding QOL, there was no improvement in pain (PRE = 2.35 ± 0.56; POST = 1.85 ± 1.16, p = 0.117) and joint stiffness (PRE = 2.56 ± 1.27; POST = 2.19 ± 0.80, p = 0.222), but there was improvement in physical disability (PRE = 2.47 ± 0.81; POST = 1.64 ± 0.88, p = 0.049). There was a reduction in MI (PRE = 19 ± 9%; POST = 11 ± 5%, p = 0.025), but T did not increase (PRE = 0.95 ± 0.25 Nm / kg; POST = 0.96 ± 0.33 Nm / Kg, p = 0.880) with NMES. CONCLUSION: The partial improvement (improvement in FC, reduced disability and IM) produced by the NMES home training program suggests that this technique can be used to minimize the deleterious effects of knee OA in elderly women when these are subjected to a 12-weeks training program.application/pdfporOsteoartrite do joelhoNeuromuscular electrical stimulationOsteoarthritisMuscle inhibitionTorqueElderlyEfeitos de um programa domiciliar de estimulação elétrica neuromuscular sobre a capacidade funcional, qualidade de vida, inibição muscular e torque de idosas com osteoartrite de joelhoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação FísicaPorto Alegre, BR-RS2012Educação Física: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000876530.pdf000876530.pdfTexto completoapplication/pdf773896http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/70286/1/000876530.pdf3f29c58b7be642ec97b1b17fcbe21ab1MD51TEXT000876530.pdf.txt000876530.pdf.txtExtracted Texttext/plain91818http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/70286/2/000876530.pdf.txt71c495fbd0a6744ed25146bf62ba4eb5MD52THUMBNAIL000876530.pdf.jpg000876530.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1204http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/70286/3/000876530.pdf.jpgfb6518ce9b9028ec92a5c55b41727419MD5310183/702862018-10-15 09:06:05.575oai:www.lume.ufrgs.br:10183/70286Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-15T12:06:05Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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