Alterações clínico-laboratoriais durante a internação de gatos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/249473 |
Resumo: | Gatos se estressam naturalmente em ambiente hospitalar, e levam em torno de dois dias para se adaptarem à internação. Além da rotina alterada, os procedimentos clínicos e a limitação de espaço prejudicam o tratamento dos pacientes hospitalizados. Hipertermia, aumento de frequência cardíaca e respiratória, neutrofilia, linfocitose e hiperglicemia são achados comuns em animais estressados. A alteração fisiológica que ocorre em animais que passam por alguma situação estressante ativa o eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal, estimulando a secreção de catecolaminas pela medula da adrenal, em casos de estresse agudo, ou de glicocorticoides pelo córtex da adrenal, em casos crônicos, havendo a busca do equilíbrio pelo organismo e geração de ATP. A frequência de pacientes felinos internados hiperglicêmicos e anêmicos ultrapassa mais da metade dos animais em alguns hospitais, e estão relacionadas a longos períodos de internação. A hiperglicemia é favorecida pela atividade reduzida da glicoquinase, e pode ser desencadeada por manejos de rotina nos tratamentos. A anemia pode ser favorecida pelo pequeno volume sanguíneo da espécie (40-60 ml/kg), assim como pelo excesso de coletas sanguíneas (volumes acima de 1,5 ml/kg) em enfermos que passam dias internados, além das próprias doenças que acarretam esta alteração. Também se deve evitar hemodiluição por fluidoterapia, que pode favorecer a anemia. O aumento de lactato está correlacionado com a hiperglicemia e com a norepinefrina, em casos de estímulos estressores fugazes. A hemogasometria é essencial para auxiliar na escolha dos tratamentos de forma adequada. A avaliação do status físico do gato é essencial para auxiliar na detecção de desconforto e estresse. O enriquecimento ambiental e o treinamento da equipe de maneira “cat-friendly” podem ajudar a reduzir as alterações. O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão de literatura sobre parâmetros laboratoriais considerados para gatos durante a hospitalização. |
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Jung, JeniferCosta, Fernanda Vieira Amorim da2022-09-30T04:56:55Z2019http://hdl.handle.net/10183/249473001150305Gatos se estressam naturalmente em ambiente hospitalar, e levam em torno de dois dias para se adaptarem à internação. Além da rotina alterada, os procedimentos clínicos e a limitação de espaço prejudicam o tratamento dos pacientes hospitalizados. Hipertermia, aumento de frequência cardíaca e respiratória, neutrofilia, linfocitose e hiperglicemia são achados comuns em animais estressados. A alteração fisiológica que ocorre em animais que passam por alguma situação estressante ativa o eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal, estimulando a secreção de catecolaminas pela medula da adrenal, em casos de estresse agudo, ou de glicocorticoides pelo córtex da adrenal, em casos crônicos, havendo a busca do equilíbrio pelo organismo e geração de ATP. A frequência de pacientes felinos internados hiperglicêmicos e anêmicos ultrapassa mais da metade dos animais em alguns hospitais, e estão relacionadas a longos períodos de internação. A hiperglicemia é favorecida pela atividade reduzida da glicoquinase, e pode ser desencadeada por manejos de rotina nos tratamentos. A anemia pode ser favorecida pelo pequeno volume sanguíneo da espécie (40-60 ml/kg), assim como pelo excesso de coletas sanguíneas (volumes acima de 1,5 ml/kg) em enfermos que passam dias internados, além das próprias doenças que acarretam esta alteração. Também se deve evitar hemodiluição por fluidoterapia, que pode favorecer a anemia. O aumento de lactato está correlacionado com a hiperglicemia e com a norepinefrina, em casos de estímulos estressores fugazes. A hemogasometria é essencial para auxiliar na escolha dos tratamentos de forma adequada. A avaliação do status físico do gato é essencial para auxiliar na detecção de desconforto e estresse. O enriquecimento ambiental e o treinamento da equipe de maneira “cat-friendly” podem ajudar a reduzir as alterações. O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão de literatura sobre parâmetros laboratoriais considerados para gatos durante a hospitalização.Cats are naturally stressed in the hospital setting, and it takes about two days for them to adapt to hospitalization. In addition to the altered routine, clinical procedures and space limitations impair the treatment of hospitalized patients. Hyperthermia, increased heart and respiratory rate, neutrophilia, lymphocytosis, and hyperglycemia are common findings in stressed animals. The physiological alteration that occurs in animals undergoing a stressful situation activates the hypothalamic-pituitary-adrenal axis, stimulating secretion of catecholamines by the adrenal medulla in cases of acute stress, or glucocorticoids by the adrenal cortex, in chronic cases, in order to balance the body and generate ATP. The frequency of hospitalized hyperglycemic and anemic feline patients exceeds half of the animals in some hospitals and is related to long periods of hospitalization. Hyperglycemia is favored in felines because of reduced glycokinase activity, and can be triggered by routine treatment management. Anemia may be favored by the small blood volume of the species (40-60 ml/kg), as well as the excess blood collection (volumes above 1,5 ml/kg) in patients who are hospitalized for days, in addition to the very diseases that cause this change. Fluid therapy and hemodilution may also favor anemia and should also be avoided. Lactate increase is correlated with hyperglycemia and norepinephrine in cases of fleeting stress stimuli. Hemogasometry is essential to aid in the choice of therapy. Assessing the cat's physical status is essential to assist in detecting discomfort and stress. Environmental enrichment and cat-friendly staff training can help reduce change. The aim of this monograph is to review the literature on laboratory parameters considered for cats during hospitalization.application/pdfporEstresse fisiológicoHospitalizaçãoPrevenção e controleGatosStressAnemiaHyperglycemiaHospitalizationCatsAlterações clínico-laboratoriais durante a internação de gatosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2019 [i. e. 2019/2]Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001150305.pdf.txt001150305.pdf.txtExtracted Texttext/plain97815http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/249473/2/001150305.pdf.txta94c92d2ae09876151d4c1322feb4e18MD52ORIGINAL001150305.pdfTexto completoapplication/pdf552043http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/249473/1/001150305.pdfa311fad1f38fd40a7ca6ea68e701e6d6MD5110183/2494732022-10-01 05:09:22.859966oai:www.lume.ufrgs.br:10183/249473Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-10-01T08:09:22Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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