Ocorrência de Staphylococcus pseudintermedius resistente à meticilina (MRSP) em cães atendidos no hospital de clínicas veterinárias da UFRGS (HCV-UFRGS)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Verônica Silveira Luiz
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/255423
Resumo: Staphylococcus (S.) pseudintermedius é o principal agente causador de piodermite e otite crônica canina e o isolamento desta espécie em infecções humanas sugere possível caráter zoonótico deste agente. Nos últimos anos houve crescente número de relatos de cepas de S. pseudintermedius resistentes à meticilina (MRSP), as quais frequentemente pertencem a grupos clonais disseminados no ambiente hospitalar e na comunidade. O objetivo deste estudo foi investigar a presença de MRSP em amostras clínicas provenientes de pacientes atendidos entre 2011-2012 no Hospial de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (HCV-UFRGS). Noventa e dois isolados de Staphylococcus sp. coagulase positiva foram submetidos ao teste de triagem para identificar resistentes resistência à meticilina, através do teste de disco-difusão em ágar utilizando disco de oxacilina. Dos isolados analisados, 21,7% (20/92) apresentaram perfil de resistência fenotípica à meticilina. Os isolados resistentes à meticilina foram submetidos a PCR-RFLP para identificação da espécie e investigou-se a presença do gene mecA. A amplificação e análise do gene spa foi utilizada para identificar possíveis clones. Dentre estes, 100% (20/20) pertenciam à espécie S. pseudintermedius e tiveram a presença do gene mecA confirmada. Através da tipificação do gene spa seis diferentes repetições foram identificadas e sete tipos de spa typing, sugerindo possíveis clonalidades. Conclui-se que cepas MRSP estão presentes em pacientes atendidos no HCV-UFRGS, um fato preocupante pelo potencial zoonótico e pela dificuldade de tratamento destes pacientes. A tipificação do gene spa revelou haver um grupo clonal predominante na região.
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