Gestão do trabalho e produção de subjetividade no judiciário federal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/132969 |
Resumo: | Esta monografia é dedicada à discussão dos processos de trabalho no judiciário federal, do ponto de vista da gestão do trabalho e da produção de subjetividade. Aborda as transformações do trabalho na atualidade e a forma como estas transformações se fazem presentes no âmbito da Justiça Federal. Os princípios capitalistas e a lógica empresarial, que medem todas as atividades humanas em termos de custo e benefício, transbordaram para todas as esferas da vida. Sendo assim, o setor público também se encontra atravessado por essas questões e passou a ser submetido a critérios transpostos do mundo empresarial, no qual a expansão dos lucros é buscada através do máximo aproveitamento da força de trabalho. Apesar de não visar o lucro, o judiciário também tem adotado modelos e métodos de gestão do setor privado. Ao mesmo tempo em que há uma pressão social por maior celeridade, assiste-se a um crescimento exponencial do número de novos processos. Com a justificativa de dar uma resposta a estas questões e influenciados por críticas dirigidas à ineficiência do setor público, os modos de gestão têm dado ênfase às metas de produtividade, medida em quantidade de processos julgados. A adoção de novas tecnologias, como o processo eletrônico, contribui para a intensificação dos ritmos de trabalho e para uma crescente diluição das barreiras entre o território profissional e o privado. Percebe-se, ainda, a influência de um modelo gerencial na gestão do trabalho que, a fim de obter uma maior produtividade de servidores e magistrados, utiliza-se de formas de controle, as quais parecem estimular a competitividade e o individualismo. As relações de controle e poder não são apenas restritivas, mas atuam na produção de subjetividades, na modulação do trabalhador para cumprir os objetivos da organização. No entanto, onde há poder, há resistência. Assim, apesar dos modos de gestão constituírem-se como forças que pressionam o trabalhador, a captura da subjetividade nunca é completa, deixando margem às resistências, as quais estão presentes na microgestão que trabalhadores empreendem coletivamente, no trabalho em situação. |
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Sperb, Ivana KlafkeAmador, Fernanda Spanier2016-02-26T02:05:45Z2014http://hdl.handle.net/10183/132969000980335Esta monografia é dedicada à discussão dos processos de trabalho no judiciário federal, do ponto de vista da gestão do trabalho e da produção de subjetividade. Aborda as transformações do trabalho na atualidade e a forma como estas transformações se fazem presentes no âmbito da Justiça Federal. Os princípios capitalistas e a lógica empresarial, que medem todas as atividades humanas em termos de custo e benefício, transbordaram para todas as esferas da vida. Sendo assim, o setor público também se encontra atravessado por essas questões e passou a ser submetido a critérios transpostos do mundo empresarial, no qual a expansão dos lucros é buscada através do máximo aproveitamento da força de trabalho. Apesar de não visar o lucro, o judiciário também tem adotado modelos e métodos de gestão do setor privado. Ao mesmo tempo em que há uma pressão social por maior celeridade, assiste-se a um crescimento exponencial do número de novos processos. Com a justificativa de dar uma resposta a estas questões e influenciados por críticas dirigidas à ineficiência do setor público, os modos de gestão têm dado ênfase às metas de produtividade, medida em quantidade de processos julgados. A adoção de novas tecnologias, como o processo eletrônico, contribui para a intensificação dos ritmos de trabalho e para uma crescente diluição das barreiras entre o território profissional e o privado. Percebe-se, ainda, a influência de um modelo gerencial na gestão do trabalho que, a fim de obter uma maior produtividade de servidores e magistrados, utiliza-se de formas de controle, as quais parecem estimular a competitividade e o individualismo. As relações de controle e poder não são apenas restritivas, mas atuam na produção de subjetividades, na modulação do trabalhador para cumprir os objetivos da organização. No entanto, onde há poder, há resistência. Assim, apesar dos modos de gestão constituírem-se como forças que pressionam o trabalhador, a captura da subjetividade nunca é completa, deixando margem às resistências, as quais estão presentes na microgestão que trabalhadores empreendem coletivamente, no trabalho em situação.This monograph is dedicated to discuss the federal judiciary work processes, from the point of view of labor management and subjectivity production. It addresses the current work transformations and how these changes are present in the Federal Justice. The capitalist principles and business logic, which measure all human activities in terms of cost and benefit, had spread out to all life aspects. Therefore, the public sector has also been crossed by these issues and is now evaluated by criteria transposed from the business world, where profits expansion is pursued through the maximum use of the workforce. Although not aiming for profits, the judiciary has also adopted models and management methods originated from the private sector. There is a social pressure for increasing the celerity of processes while an exponential growth in the number of new cases is witnessed. In order to provide an answer to the aforementioned issues and influenced by criticisms directed to the public departments inefficiency, the management methods have been emphasizing the productivity targets, measured by the number of cases judged. The adoption of new technologies, such as the electronic process, contributes to the intensification of working patterns and to increasing the dilution of boundaries between the professional and private environments. It is also noted the influence of a management model in the work management that, in order to achieve a higher productivity for magistrates and other professionals makes use of controlling methods, which appear to stimulate competitiveness and individualism. The power and control relations are not only restrictive, but act in the production of subjectivities, in the worker conformation to achieve the objectives of the organization. However, where there is power, there is resistance. Thus, despite management methods constitute themselves as forces pressing the worker, the subjectivity capture is never complete, leaving room to resistances, which are present in the micromanagement that workers undertake collectively, in the work situation.application/pdfporPoder judiciárioTrabalhoSubjetividadeJudiciaryWork processesWork managementSubjectivityGestão do trabalho e produção de subjetividade no judiciário federalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPorto Alegre, BR-RSespecializaçãoCurso de Especialização em Instituições em Análiseinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000980335.pdf000980335.pdfTexto completoapplication/pdf198070http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132969/1/000980335.pdff930155a02e6169c2f3dcbd6625ca831MD51TEXT000980335.pdf.txt000980335.pdf.txtExtracted Texttext/plain83650http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132969/2/000980335.pdf.txt761aa86426fbeff95c69fe58d8d03d20MD52THUMBNAIL000980335.pdf.jpg000980335.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1028http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132969/3/000980335.pdf.jpg05c0a92cedd87e21bca1be8a444337a2MD5310183/1329692018-10-26 09:50:20.013oai:www.lume.ufrgs.br:10183/132969Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-26T12:50:20Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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