Estenose pulmonar associada à displasia de tricúspide : relato de caso

• Autor(a) principal: Staudt, Aline Klarmann
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/235868
• topic: Estenose da valva pulmonar; Displasia da valva tricúspide; Diagnóstico diferencial; Cães; Dysplasia; Canine; Pulmonary valve; Right atrioventricular valve

A displasia de tricúspide (DT) e a estenose pulmonar (EP) são doenças cardíacas congênitas (DCCs) associadas com morbidade e mortalidade em animais jovens. A EP é uma DCC frequente em cães, e se caracteriza por uma obstrução na via de saída do ventrículo direito, normalmente causada por displasia de valva pulmonar. Cerca de 10-20% dos cães com EP apresentam a DT concomitante, onde se observa uma má-formação na valva tricúspide, que a torna insuficiente, geralmente com subdesenvolvimento das cordoalhas tendíneas e dos músculos papilares. Ambas as cardiopatias culminam com insuficiência cardíaca direita. O presente trabalho, relata um caso de EP associado à DT, em um cão macho, SRD, de 9 meses, levado para atendimento clínico com histórico de apatia e hiporexia. Ao exame clínico foi detectado um sopro sistólico de ejeção (grau IV/VI) e mucosas hipocoradas. Após o atendimento inicial e tratamento de suporte, foram realizados exames hematológicos os quais apresentaram anemia e leucocitose, e uma ultrassonografia abdominal que evidenciou dilatação da veia cava inferior e veias hepáticas, além de refluxo venoso hepático, caracterizando uma hepatopatia congestiva. Foi realizado um ecocardiograma, que revelou DT e EP moderada (gradiente de pressão de 59,3mmHg) associadas a um aumento importante no átrio direito e insuficiência tricúspide moderada. Optou-se por tratamento clínico com benazepril (0,5mg/kg SID), clopidrogrel (2,5mg/kg SID), espironolactona (2mg/kg SID) e furosemida (2mg/kg BID). Após 4 meses foi instituída a realização de abdominocentese regularmente, de acordo com o quadro clínico. Desde o diagnóstico da cardiopatia, o animal vem sendo tratado, há 18 meses, com uma progressão da doença e das suas repercussões. Segundo a literatura, a associação destas duas DCCs está relacionada a um prognóstico ruim. O presente trabalho reforça a importância do diagnóstico diferencial das DCCs em cães jovens e a presença de associação de defeitos.