Ocorrência de doenças micóticas em aves silvestres no Brasil: revisão bibliográfica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fraga, Cibele Floriano
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/108152
Resumo: O Brasil possui a terceira maior biodiversidade de aves do planeta. Ao todo já são 1826 espécies descritas e, a cada ano, novas espécies vêm sendo descobertas. Em contrapartida, há um grande número de aves ameaças de extinção, com algumas já consideradas extintas. A destruição do ambiente natural, assim como a captura de espécies para a criação ilegal em cativeiro figuram entre as principais ações antrópicas que comprometem a sobrevivência desses animais. É crescente o número de espécimes atendidos em centros de reabilitação vítimas de acidentes ambientais ou provenientes de apreensões feitas em criações clandestinas. Este fato tem possibilitado a realização de pesquisas na área da microbiologia clínica como, por exemplo, o isolamento de microorganismos patogênicos, dentre eles fungos, e o conhecimento das interações entre estes seres vivos e seus hospedeiros. O contato cada vez mais íntimo entre as aves silvestres criadas em cativeiro e o homem reforça a necessidade de se conhecer mais a respeito de suas patologias, pois muitas delas apresentam potencial zoonótico. Este trabalho de compilação de dados visa apresentar as principais micoses em aves silvestres relatadas (casos clínicos e pesquisa) nos últimos anos em diferentes regiões do Brasil. A aspergilose tem sido a enfermidade micótica mais relatada em aves silvestres e exóticas, especialmente associada à morte em cativeiro. Candidose e megabacteriose também têm sido demonstradas em aves silvestres, especialmente com a presença de sinais de transtornos gastrointestinais. Ainda há pouquíssimos relatos de criptococose em aves e, até o momento, foi relatada em psitacídeos exóticos criados em cativeiro. Fatores como manejo deficiente (sanitário e nutricional), superpopulação, alta contaminação ambiental, temperatura, umidade, entre outros, são considerados precursores da imunodepressão, situação que favorece o desenvolvimento dos fungos e, em consequência, o desencadeamento de micoses de caráter essencialmente oportunista.
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O contato cada vez mais íntimo entre as aves silvestres criadas em cativeiro e o homem reforça a necessidade de se conhecer mais a respeito de suas patologias, pois muitas delas apresentam potencial zoonótico. Este trabalho de compilação de dados visa apresentar as principais micoses em aves silvestres relatadas (casos clínicos e pesquisa) nos últimos anos em diferentes regiões do Brasil. A aspergilose tem sido a enfermidade micótica mais relatada em aves silvestres e exóticas, especialmente associada à morte em cativeiro. Candidose e megabacteriose também têm sido demonstradas em aves silvestres, especialmente com a presença de sinais de transtornos gastrointestinais. Ainda há pouquíssimos relatos de criptococose em aves e, até o momento, foi relatada em psitacídeos exóticos criados em cativeiro. Fatores como manejo deficiente (sanitário e nutricional), superpopulação, alta contaminação ambiental, temperatura, umidade, entre outros, são considerados precursores da imunodepressão, situação que favorece o desenvolvimento dos fungos e, em consequência, o desencadeamento de micoses de caráter essencialmente oportunista.Brazil has the third largest biodiversity of birds on the planet, with 1826 already described, and each year, new species are being discovered. However, there are a large number of birds endangered of extinction, with some species considered already extinct. The destruction of the natural environment, as well as the capture of species for illegal captive breeding, are among the main human activities that jeopardize the survival of these animals. A growing number of specimens are treated at rehabilitation centers for victims environmental or from seizures made in clandestine creations accidents. This fact allowed to development of research in the field of clinical microbiology, as for example, the isolation of pathogenic microorganisms, including fungi, as well as knowledge of the interactions between microorganisms and their hosts. The increasingly close contact between wild birds in captivity and the man reinforces necessity of more knowledge about their diseases, because many of them have zoonotic potential. This data compilation emphasizes the main mycoses reported in wild birds (clinical and research cases) in the latest years in different regions of Brazil. Aspergillosis has been the most reported mycotic disease in wild and exotic birds, especially associated with death in captivity. Candidosis and megabacteriosis have also been reported in wild birds, especially with signs of gastrointestinal disorders. There are still few reports of cryptococcosis in birds and, until now, related to in exotic parrots bred in captivity. According to the literature it is evident the importance of investigating fungal agents, in wild birds submitted to recent stress, and for those kept in breeding / bondage. Poor management (health and nutrition), overcrowding, high contamination, temperature, humidity, among others, are considered factors that favors the establishment immunosuppression, which leads to the development of fungi and opportunistic mycoses.application/pdfporDoenças micóticasAspergiloseCandidoseCriptococoseMegabacterioseAves silvestresFungal diseasesAspergillosisCandidosisCryptococcosisMegabacteriosisWild birdsOcorrência de doenças micóticas em aves silvestres no Brasil: revisão bibliográficainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do sulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2014/1Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000946635.pdf000946635.pdfTexto completoapplication/pdf382943http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/108152/1/000946635.pdfcecf57b5e24dadce92bc0fb81230ac76MD51TEXT000946635.pdf.txt000946635.pdf.txtExtracted Texttext/plain71688http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/108152/2/000946635.pdf.txt0a21ed73b0c358710d20eb892c36facbMD52THUMBNAIL000946635.pdf.jpg000946635.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg966http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/108152/3/000946635.pdf.jpg055a887c250eff86f6ad1aeb74139a2fMD5310183/1081522019-04-20 02:35:36.074103oai:www.lume.ufrgs.br:10183/108152Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-04-20T05:35:36Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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