Direito à prevenção : desafios ao planejamento público da profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) em Porto Alegre/RS

• Autor(a) principal: Kauss, Bruno Silva
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/201981
• topic: Administração pública; Serviços de saúde; Políticas públicas de saúde; Síndrome de imunodeficiência adquirida; HIV; Pre-exposure prophylaxis; Health planning; Health services; Right to health; Qualitative approach

A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV, ou PrEP, está no centro das discussões internacionais sobre prevenção ao HIV/Aids. Em linhas gerais, a estratégia implica no uso diário de medicamentos antirretrovirais para prevenção ao HIV, por pessoas que não vivem com o vírus, mas estão em potencial risco de infecção. Implantada no Sistema Único de Saúde brasileiro, a PrEP desafia as ações de gestão no âmbito dos serviços públicos de saúde. O objetivo deste trabalho é investigar os desafios ao planejamento público da PrEP, a partir das percepções de profissionais de um serviço de saúde em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, que realizou entrevistas em profundidade com profissionais de saúde e a observação de cunho etnográfico. Resultados: constatou-se que atividades de capacitação e o compartilhamento entre os profissionais do conhecimento sobre PrEP e prevenção combinada facilitaram o processo de incorporação da estratégia no serviço estudado. Entre os desafios percebidos pelos profissionais estão: a continuidade das atividades de capacitação e educação continuada, a descentralização das ações de PrEP para a atenção básica, ações para atingir a inclusão das populações-chave e a superação da carência de recursos humanos para ampliar o atendimento de PrEP. Os resultados demonstram a importância de pautar o planejamento público em saúde, a fim de alcançar a maior efetividade de ações como a PrEP. Sinaliza-se para a necessidade em desenvolver processos de gestão participativos, autônomos e que promovam a gestão democrática das ações no âmbito dos serviços públicos de saúde.