Geologia estrutural e petrologia do granito corre-mar, Região De Balneário Camboriú, SC
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/55622 |
Resumo: | O Granito Corre-Mar (GCM), localizado na região de Balneário Camboriú, SC, foi detalhado do ponto de vista estrutural e petrológico, a fim de esclarecer suas estruturas, suas relações com as rochas encaixantes, e seu posicionamento em relação às zonas de cisalhamento transcorrentes do Cinturão de Cisalhamento Sul-brasileiro (CCSB). Uma zona de cisalhamento de orientação NNE, subvertival, de cinemática transcorrente sinistral com componente trativa controla o posicionamento do GCM e o afeta de modo dúctil, formando uma foliação de cisalhamento (C) penetrativa. Nas rochas encaixantes, a mesma foliação é restrita e gera apenas discretas zonas de deformação rúptil próximo aos contatos com o GCM. A foliação C trunca a foliação magmática (S) do GCM, de direção NE-SW, e forma com ela um par S-C. Microestruturas indicam a deformação progressiva do GCM em temperatura decrescente, evidenciada por estruturas de alta temperatura, como subgrãos em padrão tabuleiro de xadrez no quartzo e grãos de plagioclásio recristalizados por rotação de subgrãos, retrabalhadas por estruturas de mais baixa temperatura, como intensa recristalização do quartzo por RSG e migração de limites de grão, kink-bands em plagioclásio, pertitas em chamas no K-feldspato e intenso fraturamento de ambos os feldspatos. Os dados geoquímicos indicam que o GCM tem composição semelhante à dos granitos Serra dos Macacos e Rio Pequeno, sugerindo que ocupam o mesmo contexto geotectônico pós-colisional. O GCM mostra caráter levemente peraluminoso e conteúdos de elementos traços e terras raras que indicam uma fonte comum geradora do magmatismo dos três granitóides. A integração dos dados estruturais e petrológicos indica que o GCM é sintectônico aos eventos transcorrentes do CCSB, que marcam o estágio pós-colisional do Ciclo Brasiliano no sul do Brasil. |
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Martini, AmósBitencourt, Maria de Fatima Aparecida Saraiva2012-09-26T01:36:38Z2011http://hdl.handle.net/10183/55622000835995O Granito Corre-Mar (GCM), localizado na região de Balneário Camboriú, SC, foi detalhado do ponto de vista estrutural e petrológico, a fim de esclarecer suas estruturas, suas relações com as rochas encaixantes, e seu posicionamento em relação às zonas de cisalhamento transcorrentes do Cinturão de Cisalhamento Sul-brasileiro (CCSB). Uma zona de cisalhamento de orientação NNE, subvertival, de cinemática transcorrente sinistral com componente trativa controla o posicionamento do GCM e o afeta de modo dúctil, formando uma foliação de cisalhamento (C) penetrativa. Nas rochas encaixantes, a mesma foliação é restrita e gera apenas discretas zonas de deformação rúptil próximo aos contatos com o GCM. A foliação C trunca a foliação magmática (S) do GCM, de direção NE-SW, e forma com ela um par S-C. Microestruturas indicam a deformação progressiva do GCM em temperatura decrescente, evidenciada por estruturas de alta temperatura, como subgrãos em padrão tabuleiro de xadrez no quartzo e grãos de plagioclásio recristalizados por rotação de subgrãos, retrabalhadas por estruturas de mais baixa temperatura, como intensa recristalização do quartzo por RSG e migração de limites de grão, kink-bands em plagioclásio, pertitas em chamas no K-feldspato e intenso fraturamento de ambos os feldspatos. Os dados geoquímicos indicam que o GCM tem composição semelhante à dos granitos Serra dos Macacos e Rio Pequeno, sugerindo que ocupam o mesmo contexto geotectônico pós-colisional. O GCM mostra caráter levemente peraluminoso e conteúdos de elementos traços e terras raras que indicam uma fonte comum geradora do magmatismo dos três granitóides. A integração dos dados estruturais e petrológicos indica que o GCM é sintectônico aos eventos transcorrentes do CCSB, que marcam o estágio pós-colisional do Ciclo Brasiliano no sul do Brasil.The Corre-Mar Granite (CMG) located at the Balneário Camboriú region, SC, was detailed on the structural and petrological point of view, in order to clarify the structures, the relations with the country rocks and its emplacement in relation to the transcurrent shear zones of the Southern Brazilian Shear Belt (SBSB). One NNE subvertical shear zone, of sinistral trancurrent kinematics with a trative component, controls the emplacement of the CMG and affects it in a ductile way, forming a penetrative shear foliation (C). In the country rocks the same foliation is restrict and generate just discrete brittle deformation zones near the contacts with the CMG. The C foliation truncates the magmatic foliation (S) of the CMG, with NE-SW direction, and forms with this one a S-C pair. Microstructures indicate the progressive deformation of the CMG with decreasing temperature, put in evidence by high temperature structures, as chessboard pattern subgrains on quartz and plagioclase grains recrystallized by subgrain rotation, reworked by lower temperature structures, like intense quartz recrystalization by subgrain rotation and grain boundary migration, kink bands in plagioclase, flame phertites on K-feldspar and strong fracturing of both feldspars. The geochemical data indicate that the CMG has a similar composition to the Serra dos Macacos and Rio Pequeno granites, suggesting that they occupy the same post-collisional geotectonic context. The CMG shows slightly peraluminous character and trace and rare earth element contents that indicate a common source for the generation of the three granitoids. The structural and petrological data integration indicates that the CMG is syntectonic to the transcurrent events of the SBSB that demark the post-collisional stage of the Brasiliano Cycle on southern Brazil.application/pdfporGeologia estruturalPetrologiaBalneário Camboriú (SC)Southern brazilian shear beltCorre-mar graniteSyntectonic graniteGeologia estrutural e petrologia do granito corre-mar, Região De Balneário Camboriú, SCinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2010Geologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000835995.pdf000835995.pdfTexto completoapplication/pdf10753970http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55622/1/000835995.pdfcecc4b05752a35df1424d44cfb0e6f22MD51TEXT000835995.pdf.txt000835995.pdf.txtExtracted Texttext/plain70153http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55622/2/000835995.pdf.txt57e739a03e25f3d70f72160b92fac460MD52THUMBNAIL000835995.pdf.jpg000835995.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1049http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55622/3/000835995.pdf.jpg25d7a027002dfd022fd06c85d91f8423MD5310183/556222018-10-15 09:18:48.509oai:www.lume.ufrgs.br:10183/55622Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-15T12:18:48Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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