Os sentidos e as vozes no discurso sobre feminicídio do jornal Zero Hora
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/200445 |
Resumo: | Esta pesquisa tem como objetivo compreender se houve, nos últimos dez anos, mudanças de sentidos e da presença de vozes no discurso sobre feminicídio do jornal Zero Hora. Para atingir esse objetivo, foram selecionadas cinco notícias de casos de feminicídio para análise. Foram escolhidas uma notícia de cada um dos seguintes casos: Caso Eloá Cristina (2008), Caso Eliza Samudio (2010), Caso Márcia Carnetti (2012), Caso Débora Forcolén (2018) e Caso Tatiane Spitzner (2018). Posteriormente, o texto de cada uma das matérias foi analisado por meio da análise do discurso (AD) de linha francesa. Na base teórica da pesquisa, são apresentados dados sobre feminicídio e sobre a violência contra a mulher no Brasil, além dos avanços da legislação brasileira. Mostramos também as discussões existentes sobre as construções sociais de gênero e a sobre a relação entre o feminicídio e o jornalismo. A partir das análises, em relação aos sentidos, foram encontrados sete formações discursivas (FDs) iniciais, distribuídas em três eixos: Representação da Mulher (E1), Representação do Agressor (E2) e Representação do Crime (E3). Em E1, identificamos as seguintes FDs: a mulher como culpada e a mulher como vítima. Em E2, identificamos as seguintes FDs: o lado humano do agressor, o agressor como culpado, a importância da carreira. Finalmente, em E3, identificamos as seguintes FDs: o ciúme como justificativa e o feminicídio como crime. Ao final, englobamos essas sete FDs em duas outras maiores. A FDA (Mulher como culpada e homem humanizado) e a FDB (Mulher como vítima e homem como culpado). Percebemos que, nas notícias mais recentes, a FDB passa a ser mais presente. Sobre as vozes, também observamos uma maior identificação das fontes com o agressor nas notícias mais antigas do que nas atuais. Como resultado, portanto, podemos afirmar que houve pelo menos um início de mudança no discurso, tanto em relação aos sentidos quanto nas vozes sobre feminícidio no jornal Zero Hora. |
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Moraes, Mariana SilvaFurtado, Thaís Helena2019-10-10T03:50:30Z2019http://hdl.handle.net/10183/200445001101421Esta pesquisa tem como objetivo compreender se houve, nos últimos dez anos, mudanças de sentidos e da presença de vozes no discurso sobre feminicídio do jornal Zero Hora. Para atingir esse objetivo, foram selecionadas cinco notícias de casos de feminicídio para análise. Foram escolhidas uma notícia de cada um dos seguintes casos: Caso Eloá Cristina (2008), Caso Eliza Samudio (2010), Caso Márcia Carnetti (2012), Caso Débora Forcolén (2018) e Caso Tatiane Spitzner (2018). Posteriormente, o texto de cada uma das matérias foi analisado por meio da análise do discurso (AD) de linha francesa. Na base teórica da pesquisa, são apresentados dados sobre feminicídio e sobre a violência contra a mulher no Brasil, além dos avanços da legislação brasileira. Mostramos também as discussões existentes sobre as construções sociais de gênero e a sobre a relação entre o feminicídio e o jornalismo. A partir das análises, em relação aos sentidos, foram encontrados sete formações discursivas (FDs) iniciais, distribuídas em três eixos: Representação da Mulher (E1), Representação do Agressor (E2) e Representação do Crime (E3). Em E1, identificamos as seguintes FDs: a mulher como culpada e a mulher como vítima. Em E2, identificamos as seguintes FDs: o lado humano do agressor, o agressor como culpado, a importância da carreira. Finalmente, em E3, identificamos as seguintes FDs: o ciúme como justificativa e o feminicídio como crime. Ao final, englobamos essas sete FDs em duas outras maiores. A FDA (Mulher como culpada e homem humanizado) e a FDB (Mulher como vítima e homem como culpado). Percebemos que, nas notícias mais recentes, a FDB passa a ser mais presente. Sobre as vozes, também observamos uma maior identificação das fontes com o agressor nas notícias mais antigas do que nas atuais. Como resultado, portanto, podemos afirmar que houve pelo menos um início de mudança no discurso, tanto em relação aos sentidos quanto nas vozes sobre feminícidio no jornal Zero Hora.application/pdfporAnálise do discursoZero Hora (Jornal)Os sentidos e as vozes no discurso sobre feminicídio do jornal Zero Horainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Biblioteconomia e ComunicaçãoPorto Alegre, BR-RS2019Comunicação Social: Habilitação em Jornalismograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001101421.pdf.txt001101421.pdf.txtExtracted Texttext/plain135422http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/200445/2/001101421.pdf.txt5d7616791f9acc01796fa8ac583edd13MD52ORIGINAL001101421.pdfTexto completoapplication/pdf1629436http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/200445/1/001101421.pdfe9ada588be008ecc7b697599a46ea212MD5110183/2004452019-10-11 03:55:54.111941oai:www.lume.ufrgs.br:10183/200445Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-10-11T06:55:54Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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