Aborto inseguro : motivações e consequências desta prática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/69780 |
Resumo: | O aborto inseguro é definido pela Organização Mundial da Saúde como um procedimento para terminar uma gravidez indesejada realizada por pessoas sem as habilidades necessárias, em um ambiente que não esteja em conformidade com mínimos padrões médicos, ou ambos. Para o Ministério da Saúde o abortamento representa um problema de saúde pública, com maior incidência em países em desenvolvimento, sendo uma das maiores causas de mortalidade materna no mundo, inclusive no Brasil. Este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil das mulheres que praticam aborto inseguro e identificar os motivos e as consequências dessa pratica. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que teve como questão norteadora: O que leva as mulheres a praticar o abortamento inseguro e quais as consequências desta prática? Os dados do presente estudo foram obtidos nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e na Base de Dados de Enfermagem (Bdenf). Para busca bibliográfica foram utilizados os seguintes descritores segundo o DeCs (Descritores em Ciências da Saúde): aborto, aborto criminoso, aborto ilegal, aborto induzido, aborto provocado. Foram incluídos artigos referentes à área da saúde que abordaram a temática do aborto inseguro, escritos no idioma português, publicados nos últimos cinco anos (2007 a 2011), resultantes de pesquisas primárias qualitativas, quantitativas e estudos teóricos, artigos com acesso on-line em texto completo e que respondessem à questão norteadora do estudo. Os artigos que não contemplaram estes critérios foram excluídos. Para o registro das informações extraídas dos artigos foi elaborado um instrumento de coleta de dados. Este foi preenchido após a leitura dos resumos e da aplicação dos critérios de inclusão. O projeto foi submetido e aprovado pela Comissão de Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (COMPESQ/ EEUFRGS). Foram selecionados 31 artigos para análise e interpretação dos dados. A maioria das publicações ocorreu em 2010 (35,4%), eram estudos qualitativos (54,8%), realizados na cidade de São Paulo e Alagoas (16,1%) cada. Em relação à caracterização das mulheres que praticaram aborto a maioria eram mulheres adultas (58%), negra/parda/mulata (22,5%), com baixo escolaridade (41,9%) e solteiras (54,8%). Quanto às motivos da pratica do aborto inseguro, 54,8% foram gestações não planejadas, seguido pelo fato do parceiro não assumir o filho (35,4%). As principais consequências da pratica do aborto inseguro foram a morte materna (38,7%) seguida pelas infecções (25,8%). Concluímos desta forma que é importante qualificar a assistência dos profissionais de Enfermagem para superar a discriminação e a desumanização do atendimento as mulheres em situação de abortamento, promovendo o acolhimento e fornecendo subsídios para o atendimento humanizado a estas mulheres. |
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