Arquitetura de fácies e evolução estratigráfica do sistema fluvial influenciado por maré do topo da Formação Tombador (Mesoproterozóico), Chapada Diamantina-BA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Poester, Olavo Collares
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/49672
Resumo: Ambientes estuarinos apresentam uma arquitetura de fácies bastante complexa que envolve uma dinâmica híbrida em processos aluviais e marinhos, destacando-se correntes induzidas por maré. Entretanto existem poucos trabalhos discutindo a zonas de mistura entre a porção do estuário dominada por maré e aquela onde imperam os processos fluviais, principalmente quando se trata de rochas de idades Pré-Cambrianas. Sabendo que o topo da Formação Tombador, Bacia do Espinhaço (Mesoproterozóico), compreende depósitos estuarinos, este trabalho traz um detalhamento da arquitetura deposicional de alta resolução dessa sucessão. Para tanto foi selecionado um afloramento, denominado Cachoeira, com mais de 200 metros de extensão em um corte subparalelo a paleocorrente e com moderado declive, possibilitando o empilhamento de aproximadamente 55 metros de seção vertical. A partir do levantamento de um perfil colunar aliado a um detalhamento de perfis laterais foi possível descrever as litofácies e definir os elementos arquiteturais e superfícies limítrofes. O afloramento foi subdivido em dois intervalos (Intervalo Inferior e Intervalo Superior) com associações de fácies distintas separados por uma superfície erosiva, reconhecida como Limite de Sequência Deposicional. No Intervalo Inferior foram reconhecidas três litofácies e foi interpretado como um sistema eólico seco. O Intervalo Superior teve maior detalhamento. Nele foram reconhecidas oito litofácies, cinco Elementos Arquiteturais e cinco ordens de Superfícies Limítrofes. Os depósitos deste limite foram gerados no Trato de Sistema Transgressivo na forma de rios entrelaçados profundos que sofreram influência da maré. Este tipo de deposição, em um estuário, é desenvolvido muito próximo ao seu limite em direção ao continente.
id UFRGS-2_1dd7431dcbf11cdb7351bbffc92c75cf
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/49672
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Poester, Olavo CollaresBitencourt, Maria de Fatima Aparecida SaraivaScherer, Claiton Marlon dos Santos2012-06-14T01:34:39Z2011http://hdl.handle.net/10183/49672000837773Ambientes estuarinos apresentam uma arquitetura de fácies bastante complexa que envolve uma dinâmica híbrida em processos aluviais e marinhos, destacando-se correntes induzidas por maré. Entretanto existem poucos trabalhos discutindo a zonas de mistura entre a porção do estuário dominada por maré e aquela onde imperam os processos fluviais, principalmente quando se trata de rochas de idades Pré-Cambrianas. Sabendo que o topo da Formação Tombador, Bacia do Espinhaço (Mesoproterozóico), compreende depósitos estuarinos, este trabalho traz um detalhamento da arquitetura deposicional de alta resolução dessa sucessão. Para tanto foi selecionado um afloramento, denominado Cachoeira, com mais de 200 metros de extensão em um corte subparalelo a paleocorrente e com moderado declive, possibilitando o empilhamento de aproximadamente 55 metros de seção vertical. A partir do levantamento de um perfil colunar aliado a um detalhamento de perfis laterais foi possível descrever as litofácies e definir os elementos arquiteturais e superfícies limítrofes. O afloramento foi subdivido em dois intervalos (Intervalo Inferior e Intervalo Superior) com associações de fácies distintas separados por uma superfície erosiva, reconhecida como Limite de Sequência Deposicional. No Intervalo Inferior foram reconhecidas três litofácies e foi interpretado como um sistema eólico seco. O Intervalo Superior teve maior detalhamento. Nele foram reconhecidas oito litofácies, cinco Elementos Arquiteturais e cinco ordens de Superfícies Limítrofes. Os depósitos deste limite foram gerados no Trato de Sistema Transgressivo na forma de rios entrelaçados profundos que sofreram influência da maré. Este tipo de deposição, em um estuário, é desenvolvido muito próximo ao seu limite em direção ao continente.Estuarine environments have a very complex facies architecture that involves an alluvial and marine processes, especially induced by tidal currents. However, there are few studies discussing the mixing zones between the portion of the estuary dominated by tides and one where fluvial processes are imperative, especially when it comes to rock of Precambrian age.This paper presents a detailed architecture of this high-resolution depositional sequence of the estuarine section that occurs at the top of Tombador Formation, (Mesoproterozoic), Espinhaço Basin. For this, was selected an outcrop, known as Cachoeirq, with over 200 meters long in a subparallel cut to paleocurrent and moderate slope, enabling the stacking of approximately 55 meters in a vertical section. From the survey of a vertical profile combined with a detailed lateral profile was possible to describe lithofacies and define the architectural elements and surfaces bounding. The outcrop was divided in two intervals (Upper and Lower Interval) with different facies association separated by an erosive surface, known as depositional sequence boundary. The Lower Interval is composed by three lithofacies , that are interpreted as a dry aeolian system. The upper interval is characterized by eight lithofacies, five architectural elements and five orders of Boundary Surfaces. The upper interval was deposited in transgressive system tracts in the form of braided rivers that was influenced by tidal currents. This type of deposition, in an estuary, is developed very close to its limit toward the mainland.application/pdfporEstratigrafiaFormacao tombadorChapada Diamantina, Região (BA)Arquitetura de fácies e evolução estratigráfica do sistema fluvial influenciado por maré do topo da Formação Tombador (Mesoproterozóico), Chapada Diamantina-BAinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2011Geologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000837773.pdf000837773.pdfTexto completoapplication/pdf6093458http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/49672/1/000837773.pdf0517c219ca44f6a3b4a6e3775f4e3cc0MD51TEXT000837773.pdf.txt000837773.pdf.txtExtracted Texttext/plain115915http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/49672/2/000837773.pdf.txt46d7c1c73b62cb304c6d9cf27cd9e3b9MD52THUMBNAIL000837773.pdf.jpg000837773.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1107http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/49672/3/000837773.pdf.jpg2f28117a48adcc27248f1bd6436e9ea8MD5310183/496722018-10-15 09:13:04.431oai:www.lume.ufrgs.br:10183/49672Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-15T12:13:04Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Arquitetura de fácies e evolução estratigráfica do sistema fluvial influenciado por maré do topo da Formação Tombador (Mesoproterozóico), Chapada Diamantina-BA
title Arquitetura de fácies e evolução estratigráfica do sistema fluvial influenciado por maré do topo da Formação Tombador (Mesoproterozóico), Chapada Diamantina-BA
spellingShingle Arquitetura de fácies e evolução estratigráfica do sistema fluvial influenciado por maré do topo da Formação Tombador (Mesoproterozóico), Chapada Diamantina-BA
Poester, Olavo Collares
Estratigrafia
Formacao tombador
Chapada Diamantina, Região (BA)
title_short Arquitetura de fácies e evolução estratigráfica do sistema fluvial influenciado por maré do topo da Formação Tombador (Mesoproterozóico), Chapada Diamantina-BA
title_full Arquitetura de fácies e evolução estratigráfica do sistema fluvial influenciado por maré do topo da Formação Tombador (Mesoproterozóico), Chapada Diamantina-BA
title_fullStr Arquitetura de fácies e evolução estratigráfica do sistema fluvial influenciado por maré do topo da Formação Tombador (Mesoproterozóico), Chapada Diamantina-BA
title_full_unstemmed Arquitetura de fácies e evolução estratigráfica do sistema fluvial influenciado por maré do topo da Formação Tombador (Mesoproterozóico), Chapada Diamantina-BA
title_sort Arquitetura de fácies e evolução estratigráfica do sistema fluvial influenciado por maré do topo da Formação Tombador (Mesoproterozóico), Chapada Diamantina-BA
author Poester, Olavo Collares
author_facet Poester, Olavo Collares
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Poester, Olavo Collares
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Bitencourt, Maria de Fatima Aparecida Saraiva
Scherer, Claiton Marlon dos Santos
contributor_str_mv Bitencourt, Maria de Fatima Aparecida Saraiva
Scherer, Claiton Marlon dos Santos
dc.subject.por.fl_str_mv Estratigrafia
Formacao tombador
Chapada Diamantina, Região (BA)
topic Estratigrafia
Formacao tombador
Chapada Diamantina, Região (BA)
description Ambientes estuarinos apresentam uma arquitetura de fácies bastante complexa que envolve uma dinâmica híbrida em processos aluviais e marinhos, destacando-se correntes induzidas por maré. Entretanto existem poucos trabalhos discutindo a zonas de mistura entre a porção do estuário dominada por maré e aquela onde imperam os processos fluviais, principalmente quando se trata de rochas de idades Pré-Cambrianas. Sabendo que o topo da Formação Tombador, Bacia do Espinhaço (Mesoproterozóico), compreende depósitos estuarinos, este trabalho traz um detalhamento da arquitetura deposicional de alta resolução dessa sucessão. Para tanto foi selecionado um afloramento, denominado Cachoeira, com mais de 200 metros de extensão em um corte subparalelo a paleocorrente e com moderado declive, possibilitando o empilhamento de aproximadamente 55 metros de seção vertical. A partir do levantamento de um perfil colunar aliado a um detalhamento de perfis laterais foi possível descrever as litofácies e definir os elementos arquiteturais e superfícies limítrofes. O afloramento foi subdivido em dois intervalos (Intervalo Inferior e Intervalo Superior) com associações de fácies distintas separados por uma superfície erosiva, reconhecida como Limite de Sequência Deposicional. No Intervalo Inferior foram reconhecidas três litofácies e foi interpretado como um sistema eólico seco. O Intervalo Superior teve maior detalhamento. Nele foram reconhecidas oito litofácies, cinco Elementos Arquiteturais e cinco ordens de Superfícies Limítrofes. Os depósitos deste limite foram gerados no Trato de Sistema Transgressivo na forma de rios entrelaçados profundos que sofreram influência da maré. Este tipo de deposição, em um estuário, é desenvolvido muito próximo ao seu limite em direção ao continente.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2012-06-14T01:34:39Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/49672
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000837773
url http://hdl.handle.net/10183/49672
identifier_str_mv 000837773
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/49672/1/000837773.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/49672/2/000837773.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/49672/3/000837773.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 0517c219ca44f6a3b4a6e3775f4e3cc0
46d7c1c73b62cb304c6d9cf27cd9e3b9
2f28117a48adcc27248f1bd6436e9ea8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1815447089176379392