Efeito de dexametasona e azatioprina no secretoma, ciclo celular e migração de células-tronco mesenquimais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/196938 |
Resumo: | Células-tronco Mesenquimais (Mesenchymal Stem Cells - MSCs) são uma alternativa terapêutica para doenças inflamatórias intestinais, devido às suas propriedades imunomodulatórias. Acredita-se que as MSCs respondam ao microambiente inflamatório produzindo fatores solúveis, que agem inibindo a inflamação e atuam na reparação tecidual. As MSCs são capazes de migrar a sítios de lesão por um processo conhecido como homing, o qual é mediado pelas quimiocinas secretadas por células inflamatórias, as quais interagem com receptores presentes nas MSCs. Dessa forma, alterações no microambiente das MSCs podem modificar este processo e, consequentemente, seu efeito terapêutico. Os tratamentos atualmente utilizados para desordens imunes incluem glicocorticoides e imunossupressores, como Dexametasona (DEX) e Azatioprina (AZA). Em combinação com a terapia celular, AZA ou DEX poderiam alterar características das MSCs importantes para a terapia celular. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito das drogas AZA e DEX no ciclo celular, capacidade migratória e secretoma de MSCs. O ciclo celular das MSCs cultivadas com DEX ou AZA foi avaliado através de citometria de fluxo. O comportamento migratório foi analisado por um ensaio transwell com o quimioatrator SDF-1 e as proteínas presentes no secretoma das MSCs foram avaliadas por espectrometria de massas. Os resultados demonstraram que AZA e DEX não promoveram alterações no ciclo celular das MSCs, porém alteraram seu comportamento migratório. As MSCs do grupo AZA migraram mais em direção ao SDF-1 (P<0,05), enquanto as células cultivadas com DEX tiveram sua migração diminuída (P<0,05). A análise do secretoma do grupo AZA não demonstrou resultados relevantes. Ao contrário das células cultivadas com DEX, que apresentaram em seu secretoma proteínas que podem auxiliar no entendimento do comportamento migratório observado. |
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Pinto, Fernanda OtesbelguePaz, Ana Helena da RosaMonteiro, Karina Mariante2019-07-16T02:35:38Z2015http://hdl.handle.net/10183/196938000970974Células-tronco Mesenquimais (Mesenchymal Stem Cells - MSCs) são uma alternativa terapêutica para doenças inflamatórias intestinais, devido às suas propriedades imunomodulatórias. Acredita-se que as MSCs respondam ao microambiente inflamatório produzindo fatores solúveis, que agem inibindo a inflamação e atuam na reparação tecidual. As MSCs são capazes de migrar a sítios de lesão por um processo conhecido como homing, o qual é mediado pelas quimiocinas secretadas por células inflamatórias, as quais interagem com receptores presentes nas MSCs. Dessa forma, alterações no microambiente das MSCs podem modificar este processo e, consequentemente, seu efeito terapêutico. Os tratamentos atualmente utilizados para desordens imunes incluem glicocorticoides e imunossupressores, como Dexametasona (DEX) e Azatioprina (AZA). Em combinação com a terapia celular, AZA ou DEX poderiam alterar características das MSCs importantes para a terapia celular. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito das drogas AZA e DEX no ciclo celular, capacidade migratória e secretoma de MSCs. O ciclo celular das MSCs cultivadas com DEX ou AZA foi avaliado através de citometria de fluxo. O comportamento migratório foi analisado por um ensaio transwell com o quimioatrator SDF-1 e as proteínas presentes no secretoma das MSCs foram avaliadas por espectrometria de massas. Os resultados demonstraram que AZA e DEX não promoveram alterações no ciclo celular das MSCs, porém alteraram seu comportamento migratório. As MSCs do grupo AZA migraram mais em direção ao SDF-1 (P<0,05), enquanto as células cultivadas com DEX tiveram sua migração diminuída (P<0,05). A análise do secretoma do grupo AZA não demonstrou resultados relevantes. Ao contrário das células cultivadas com DEX, que apresentaram em seu secretoma proteínas que podem auxiliar no entendimento do comportamento migratório observado.Mesenchymal stem cells (MSCs) represent a therapeutic alternative for the treatment of inflammatory bowel diseases, because of their immunomodulatory properties. It is believed that these cells respond to the inflammatory microenvironment, producing soluble factors that may act inhibiting inflammation, and facilitating tissue repair. MSCs are able to reach the injury site through a migratory process known as cell homing, in response to chemoattractants secreted by inflammatory cells that interact with MSCs receptors. Thereby, alterations in the MSCs microenvironment could modify this process and their therapeutic effect. Conventional treatments for immune disorders include glucocorticoids and immunosuppressive drugs, such Dexamethasone (DEX) and Azathioprine (AZA), which in combination with cell therapy could alter some of MSCs characteristics. The aim of this study is to evaluate the effect of AZA and DEX in MSCs cell cycle, migratory behavior and secretome. MSCs were cultivated with AZA or DEX and cell cycle was analyzed through flow cytometry. MSC migratory behavior was analyzed towards a transwell assay with the SDF-1 chemoattractant and proteins present in secretome by mass spectrometry. Our results demonstrated that MSCs cell cycle was no affected, but their migratory behavior was altered. MSCs cultivated with AZA presented more migratory cells than control group (P<0.05), while cells cultivated with DEX had a decrease in the migratory cell number (P<0.05). In the MSCs secretome, AZA group demonstrated no relevant results. However, DEX showed important differences from control group that can help in the understanding of observed migratory behavior changes.application/pdfporCélulas-tronco mesenquimaisCiclo celularMovimento celularEfeito de dexametasona e azatioprina no secretoma, ciclo celular e migração de células-tronco mesenquimaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPorto Alegre, BR-RS2015Biotecnologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000970974.pdf.txt000970974.pdf.txtExtracted Texttext/plain89016http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/196938/2/000970974.pdf.txtd94d36cc573f9badb3946d066ab34598MD52ORIGINAL000970974.pdfTexto completoapplication/pdf1496428http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/196938/1/000970974.pdf73ad5de13f1e3105fe82fb2be2fa5f02MD5110183/1969382019-07-17 02:36:15.586942oai:www.lume.ufrgs.br:10183/196938Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-07-17T05:36:15Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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