As histórias que eles contam e como eles contam as histórias : produção de verdade em inquéritos de homicídios de jovens em Porto Alegre/RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Colla, Juliano Lobato
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/189115
Resumo: Este trabalho analisa as relações de poder que estruturam essa forma jurídica e quais os efeitos delas na construção das narrativas sobre os crimes. O objetivo foi compreender as estruturas das relações de poder nos autos do Inquérito Policial e como elas são estruturantes das narrativas de verdade produzidas sobre os crimes. Metodologicamente, constituíram-se dois níveis complementares de análise. Primeiramente, uma análise documental que considera os documentos como artefatos etnográficos (FERREIRA e NADAI, 2015). Em segundo lugar, uma análise de discurso a partir do que faz Foucault (2013). Os achados da pesquisa tratam principalmente de como a forma do Inquérito Policial privilegia a incriminação de sujeitos sociais específicos. A partir de uma caracterização dos procedimentos que compõem o Inquérito Policial, foi possível perceber que sua forma é limitada a produção de relatos policiais monofônicos e extremamente simples sobre crimes, mas que tem muita ênfase em caracterizar sujeitos sociais e contextos sociais específicos. O tráfico de drogas se mostrou um fator importante na produção de narrativas e representações. Destaca-se, por fim, a afinidade formal entre o Inquérito Policial e algumas dimensões do conceito de sujeição criminal, trabalhado por Michel Misse (2010).
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