Desvendando o sistema solar: uma caracterização do meteorito Putinga
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/132075 |
Resumo: | Para se entender o Planeta Terra é necessário entender sua origem de formação. Através do estudo de meteoritos é possível fornecer elementos para o entendimento do geodinamismo terrestre, possibilitando a construção de um modelo evolutivo que auxilie a entender as complexidades do planeta. De modo a traçar uma trajetória físico-química em última análise, este estudo utilizou de ferramentas de petrografia e de química para caracterização de texturas e de composições de um condrito ordinário L6: o meteorito Putinga. Desenvolveram-se também protocolos de preparação, armazenamento e análises para meteoritos. As técnicas de petrografia, microscopia eletrônica de varredura, microssonda eletrônica e espectroscopia Raman foram empreendidas neste estudo. As principais características observadas no condrito são os côndrulos obliterados e a composição majoritariamente homogênea das fases silicatas. As fases metálicas e fosfáticas apresentam variações na sua composição, com maiores ou menores teores de níquel e de cloro, respectivamente. Registra-se uma intensa atividade de choques em hipervelocidade quando o condrito ainda estava no espaço cósmico, corroborada pela presença de bolsões de fusão, pela primeira vez descritos na literatura para este condrito. Eles caracterizam-se por seus contatos interlobados e inclusões arredondadas, mostrando duas fases distintas: uma silicática e outra metálica. Apesar de intensos, os choques não foram suficientes para a transformação de fase da olivina para seu polimorfo de alta pressão, a ringwoodita. A diversidade textural e mineral que se verifica no condrito indica uma história de formação muito complexa, com uma multiplicidade de elementos ainda a serem descritos e analisados para que, por fim, possa-se ampliar a compreensão sobre a temática. |
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Schaan, Renata BrandelliGomes, Marcia Elisa Boscato2016-01-20T02:40:39Z2015http://hdl.handle.net/10183/132075000982463Para se entender o Planeta Terra é necessário entender sua origem de formação. Através do estudo de meteoritos é possível fornecer elementos para o entendimento do geodinamismo terrestre, possibilitando a construção de um modelo evolutivo que auxilie a entender as complexidades do planeta. De modo a traçar uma trajetória físico-química em última análise, este estudo utilizou de ferramentas de petrografia e de química para caracterização de texturas e de composições de um condrito ordinário L6: o meteorito Putinga. Desenvolveram-se também protocolos de preparação, armazenamento e análises para meteoritos. As técnicas de petrografia, microscopia eletrônica de varredura, microssonda eletrônica e espectroscopia Raman foram empreendidas neste estudo. As principais características observadas no condrito são os côndrulos obliterados e a composição majoritariamente homogênea das fases silicatas. As fases metálicas e fosfáticas apresentam variações na sua composição, com maiores ou menores teores de níquel e de cloro, respectivamente. Registra-se uma intensa atividade de choques em hipervelocidade quando o condrito ainda estava no espaço cósmico, corroborada pela presença de bolsões de fusão, pela primeira vez descritos na literatura para este condrito. Eles caracterizam-se por seus contatos interlobados e inclusões arredondadas, mostrando duas fases distintas: uma silicática e outra metálica. Apesar de intensos, os choques não foram suficientes para a transformação de fase da olivina para seu polimorfo de alta pressão, a ringwoodita. A diversidade textural e mineral que se verifica no condrito indica uma história de formação muito complexa, com uma multiplicidade de elementos ainda a serem descritos e analisados para que, por fim, possa-se ampliar a compreensão sobre a temática.To understand the Planet Earth it is necessary to understand the roots of its formation. By studying meteorites, it is possible to raise elements for understanding the Earth’s geodynamics, enabling the creation of an evolutive model in pursuance of to help to understand the planet’s complexities. In order to ultimately draw a physicochemical trajectory, this study applied petrographic and chemical tools for the characterization of textures and compositions of a L6 chondrite: the Putinga meteorite. Protocols for the preparation, storage and analysis of meteorites have also been developed. Techniques of petrography, electron scanning microscopy, electron microprobe and Raman spectroscopy were applied in this study. The main features observed in this chondrite are the obliterated chondrules and the mainly homogeneous composition of silicate phases. The metallic and phosphate phases show variations in their compositions, with greater or lower values for nickel and chlorine, respectively. An intense activity of shocks at hypervelocity is recorded from when the chondrite was still in outer space, as endorsed by the presence of melt pockets, for the first time described in the literature for this chondrite. Such features are characterized by interconnected contacts and rounded inclusions, displaying two different phases: silicatic and metallic. Although intense, the shocks were not enough for the transformation of olivine into its high pressure polymorph, ringwoodite. The textural and mineralogical diversity found in the chondrite points to a very complex history of formation, with multiple elements still to be described and analyzed in order to, finally, expand the comprehension on the theme.application/pdfporSistema solarMeteoritosCondritoSolar systemMeteoriteOrdinary chondritePutingaMelt pocketDesvendando o sistema solar: uma caracterização do meteorito Putingainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2015Geologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000982463.pdf000982463.pdfTexto completoapplication/pdf1810519http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132075/1/000982463.pdf7bab7f89d1105ff0934f1d99a2bb3f3fMD51TEXT000982463.pdf.txt000982463.pdf.txtExtracted Texttext/plain92584http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132075/2/000982463.pdf.txt2fd7a18753d256067aa70b167d325043MD52THUMBNAIL000982463.pdf.jpg000982463.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1093http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132075/3/000982463.pdf.jpgc15d8d51ea2ac891bd1351fa0b77ed64MD5310183/1320752018-10-25 10:21:12.525oai:www.lume.ufrgs.br:10183/132075Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-25T13:21:12Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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