Perfil clínico-epidemiológico e avaliação da taxa de progressão dos pacientes com gamopatia monoclonal de significado indeterminado em um Hospital de referência do Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hofmann, Agatha Aline
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/255165
Resumo: Gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS) é uma discrasia de células plasmáticas pré-malignas que precede consistentemente o diagnóstico de Mieloma Múltiplo (MM), bem como a Amiloidose de cadeia leve da imunoglobulina (AL) e a Macroglobulinemia de Waldenstrom (MW). O diagnóstico é de exclusão, caracterizado pela detecção da proteína monoclonal sérica (proteína M) e/ou de cadeia leve clonal e pela ausência de lesão de órgão-alvo. É classificado com base na Imunoglobulina envolvida, MGUS IgM, MGUS não IgM e MGUS de cadeia leve, cada uma com uma taxa e tipo de progressão distintas. Esforços contínuos estão sendo direcionados para a identificação precisa de fatores de alto risco para progressão e abordagem do papel da triagem de MGUS em populações com maior risco, a fim de diagnosticar essa condição precocemente e direcionar os fatores de risco modificáveis. O presente estudo, observacional retrospectivo, teve como objetivos principais avaliar a taxa de progressão, a sobrevida livre de progressão (SLP) e a sobrevida global (SG) de pacientes com diagnóstico de MGUS no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2020 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram incluídos 120 pacientes com mais de 18 anos, a mediana geral de tempo de acompanhamento foi de 3,2 anos com uma taxa de progressão de 0,8% ao ano. O tempo médio para progressão foi de 7,1 anos com IC 95%(3-12). A média do tempo de sobrevida foi estimada em 12,5 anos IC 95%(11.07-14,06) e a mediana em 14 anos IC 95%(11,44-16,56). Já a sobrevida global em 10 anos foi de 80%. Pode-se observar, levando em consideração as limitações da metodologia do estudo e o pequeno tamanho da amostra, dados semelhantes aos encontrados na literatura atual, tais como: perfil de pacientes acometidos com idade mais avançada, baixas taxas de progressão e entidades clínicas associadas.
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