Efeito das intervenções da hospitalização na capacidade funcional de crianças e adolescentes com fibrose cística

• Autor(a) principal: Azeredo, Débora Gaspary de
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/187407
• topic: Capacidade funcional; Fibrose cística; Crianças; Adolescentes; Hospitalização; Cystic fibrosis; Functional capacity; Hospitalization

A fibrose cística (FC) é uma desordem multissistêmica que conduz a alterações patológicas de órgãos que expressam a proteína CFTR nas células epiteliais, especificamente as vias respiratórias (incluindo os seios nasais e os pulmões), o trato gastrointestinal (incluindo o pâncreas e o sistema biliar), as glândulas sudoríparas e o sistema genitourinário. Objetivos: geral: Verificar o efeito da hospitalização na capacidade funcional de crianças e adolescentes com fibrose cística e específica verificar se as alterações na capacidade funcional foram significativas. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo com delineamento quase-experimental comparativo. A amostra foi constituída por 15 crianças e adolescentes hospitalizados com FC com idades entre 6 e 18 anos. A capacidade funcional foi avaliada através do Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6M) preconizado pela ATS/ERS. Os pacientes realizaram o teste no ato de internação e foi repetido no momento da alta do paciente. Para a descrição das variáveis adotou-se a estatística descritiva, apresentando valores médios e desvios padrão, e recorreu-se a estatística inferencial para a verificação dos efeitos e das comparações, utilizando-se o teste de regressão do modelo linear generalizado (GLM). Resultados: A média de idade foi de 12,8 ± 3,5 anos, 66,7% da amostra foi do sexo feminino, a média de dias de hospitalização foi de 17,27 ± 5,4, e a média de distância percorrida do TC6M no ato da internação (pré) foi de 450,6 ± 95,2 metros e no momento da alta (pós) foi de 460,6 ± 84,1 metros. Não foram encontradas alterações significativas na capacidade funcional (p>0,05). Conclusão: Mesmo demonstrando uma tendência de aumento no índice médio no TC6M, levantou-se a hipótese de que provavelmente o tempo de hospitalização, assim como as atividades desenvolvidas, não foi suficiente para evidenciar alterações significativas na capacidade funcional cardiorrespiratória. Outras variáveis possivelmente podem sugerir o efeito na capacidade funcional como o volume e intensidade das atividades realizadas durante a intervenção na hospitalização.