Modalidades terapêuticas empregadas no tratamento do mastocitoma cutâneo canino
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/104885 |
Resumo: | A pele é um órgão amplo que atua como uma barreira anatomofisiológica entre o organismo e o meio ambiente. Por ser um órgão de fácil visualização, as neoplasias cutâneas são muito frequentes na rotina clínica de pequenos animais. Atualmente, o câncer é a principal causa de óbito de cães e gatos. É provável que a alta prevalência das doenças malignas nestas espécies esteja correlacionada à maior longevidade desses animais, além do crescente aumento populacional. Estudos sugerem que as neoplasias cutâneas são as mais diagnosticadas, representando aproximadamente 30% dos tumores nos cães e 20% nos gatos. Na espécie canina, o mastocitoma é o tumor mais diagnosticado, com uma prevalência entre 11-15% de todos os tumores de pele. Apesar da elevada incidência, sua etiopatogênia ainda não foi completamente elucidada. O mastocitoma mostra-se como um tumor de comportamento muito variável, podendo apresentar-se como uma neoplasia benigna até altamente maligna, provocando doenças sistêmicas e/ou levando à morte. Por apresentar este comportamento variado, a abordagem terapêutica mostra-se bastante variável, com a possibilidade da utilização de mais de uma das opções terapêuticas concomitantemente, como nas terapias neoadjuvante e adjuvante. O diagnóstico da doença deve ser confirmado por citologia ou histopatologia de mastocitoma cutâneo e o acompanhamento do paciente é feito através de exames hematológicos, bioquímicos, ecografia abdominal e radiografia torácica. Estes exames complementares são de fundamental importância para realização de estadiamento tumoral, que será a base para a escolha da modalidade terapêutica que será empregada no caso. As principais modalidades terapêuticas da neoplasia incluem a excisão cirúrgica, a radioterapia, a quimioterapia a criocirurgia e, mais recentemente, os inibidores de tirosina quinase. A escolha do tipo de tratamento depende, em grande parte, dos fatores prognósticos, tendo como principal ponto de apoio à classificação histológica e o estadiamento clínico do tumor. O presente trabalho faz uma revisão atualizada dos tratamentos disponíveis para o mastocitoma cutâneo em pacientes caninos, relacionando-os com a média de sobrevida relatada em trabalhos científicos, além de salientar as particularidades de cada modalidade terapêutica, descrevendo-as detalhadamente, assim como os critérios de eleição das mesmas. |
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Lopes, Yuri MachadoGuimarães Gerardi, DanielReis Ledur, Gabriela2014-10-24T02:13:55Z2014http://hdl.handle.net/10183/104885000940558A pele é um órgão amplo que atua como uma barreira anatomofisiológica entre o organismo e o meio ambiente. Por ser um órgão de fácil visualização, as neoplasias cutâneas são muito frequentes na rotina clínica de pequenos animais. Atualmente, o câncer é a principal causa de óbito de cães e gatos. É provável que a alta prevalência das doenças malignas nestas espécies esteja correlacionada à maior longevidade desses animais, além do crescente aumento populacional. Estudos sugerem que as neoplasias cutâneas são as mais diagnosticadas, representando aproximadamente 30% dos tumores nos cães e 20% nos gatos. Na espécie canina, o mastocitoma é o tumor mais diagnosticado, com uma prevalência entre 11-15% de todos os tumores de pele. Apesar da elevada incidência, sua etiopatogênia ainda não foi completamente elucidada. O mastocitoma mostra-se como um tumor de comportamento muito variável, podendo apresentar-se como uma neoplasia benigna até altamente maligna, provocando doenças sistêmicas e/ou levando à morte. Por apresentar este comportamento variado, a abordagem terapêutica mostra-se bastante variável, com a possibilidade da utilização de mais de uma das opções terapêuticas concomitantemente, como nas terapias neoadjuvante e adjuvante. O diagnóstico da doença deve ser confirmado por citologia ou histopatologia de mastocitoma cutâneo e o acompanhamento do paciente é feito através de exames hematológicos, bioquímicos, ecografia abdominal e radiografia torácica. Estes exames complementares são de fundamental importância para realização de estadiamento tumoral, que será a base para a escolha da modalidade terapêutica que será empregada no caso. As principais modalidades terapêuticas da neoplasia incluem a excisão cirúrgica, a radioterapia, a quimioterapia a criocirurgia e, mais recentemente, os inibidores de tirosina quinase. A escolha do tipo de tratamento depende, em grande parte, dos fatores prognósticos, tendo como principal ponto de apoio à classificação histológica e o estadiamento clínico do tumor. O presente trabalho faz uma revisão atualizada dos tratamentos disponíveis para o mastocitoma cutâneo em pacientes caninos, relacionando-os com a média de sobrevida relatada em trabalhos científicos, além de salientar as particularidades de cada modalidade terapêutica, descrevendo-as detalhadamente, assim como os critérios de eleição das mesmas.The skin is a large organ which acts as an anatomical and physiological barrier between the organism and the environment. Because of its easy visualization, skin cancer is commonly seen in small animal practice. Nowadays, cancer has been considered the major cause of death in dogs and cats. The high prevalence of malignant diseases in these species is likely to be related to the higher longevity of these animals as well as related to the growth of pet population. Studies suggest that skin cancer is the most diagnosed, representing approximately 30% of tumors in dogs and 20% in cats. The mast cell tumor is the most commonly diagnosed tumor in canines, with prevalence between 11-15% of all skin tumors. Despite of its high incidence, the etiopathogenesis of mast cell tumor is not complete elucidated. Mast cell tumor has variable behavior, so it can exhibit a benign or malign pattern which could cause systemic diseases and/or lead to death. Because of its variable behavior, it is difficult to find an appropriate therapeutic approach. However, it is possible to use concomitantly more than one of the therapies’ options such as neoadjuvant and adjuvant therapy. The diagnosis of the disease should be confirmed by cytology or histopathology of cutaneous mast cell tumor. In addition, the status of the patient should be followed by haemathological and biochemical tests as well as abdominal ultrasound and thoracic radiography. These complementary tests are fundamentally important for tumor staging because it will give a direction for the best therapy's choice. The main therapeutic modalities of neoplasia are surgical excision, radiotherapy, chemotherapy, cryosurgery and, most recently, tyrosine kinase inhibitors. The choice of the type of treatment mostly depends on prognostic factors, which are mainly provided by histological classification and tumor staging. This paper work reviews available treatments to cutaneous mast cell tumor in canines, associating them with survival rate demonstrated in scientific studies. Moreover, this paper work shows the particularities of each therapeutic modality, describing them in details, as well as their criteria for election.application/pdfporNeoplasia : TratamentoMastócitosTumores cutaneosCãesMast cellTumorDogsTreatmentModalidades terapêuticas empregadas no tratamento do mastocitoma cutâneo caninoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do sulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2014/1Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000940558.pdf000940558.pdfTexto completoapplication/pdf314261http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/104885/1/000940558.pdf812e1d656e1fdf7ee9298d0a98810860MD51TEXT000940558.pdf.txt000940558.pdf.txtExtracted Texttext/plain66207http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/104885/2/000940558.pdf.txt6365b8465c92d91f2017987f3150802aMD52THUMBNAIL000940558.pdf.jpg000940558.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg974http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/104885/3/000940558.pdf.jpg5ca649beda5183e9f9f626ed9f8fa06aMD5310183/1048852018-10-16 08:02:22.811oai:www.lume.ufrgs.br:10183/104885Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-16T11:02:22Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A pele é um órgão amplo que atua como uma barreira anatomofisiológica entre o organismo e o meio ambiente. Por ser um órgão de fácil visualização, as neoplasias cutâneas são muito frequentes na rotina clínica de pequenos animais. Atualmente, o câncer é a principal causa de óbito de cães e gatos. É provável que a alta prevalência das doenças malignas nestas espécies esteja correlacionada à maior longevidade desses animais, além do crescente aumento populacional. Estudos sugerem que as neoplasias cutâneas são as mais diagnosticadas, representando aproximadamente 30% dos tumores nos cães e 20% nos gatos. Na espécie canina, o mastocitoma é o tumor mais diagnosticado, com uma prevalência entre 11-15% de todos os tumores de pele. Apesar da elevada incidência, sua etiopatogênia ainda não foi completamente elucidada. O mastocitoma mostra-se como um tumor de comportamento muito variável, podendo apresentar-se como uma neoplasia benigna até altamente maligna, provocando doenças sistêmicas e/ou levando à morte. Por apresentar este comportamento variado, a abordagem terapêutica mostra-se bastante variável, com a possibilidade da utilização de mais de uma das opções terapêuticas concomitantemente, como nas terapias neoadjuvante e adjuvante. O diagnóstico da doença deve ser confirmado por citologia ou histopatologia de mastocitoma cutâneo e o acompanhamento do paciente é feito através de exames hematológicos, bioquímicos, ecografia abdominal e radiografia torácica. Estes exames complementares são de fundamental importância para realização de estadiamento tumoral, que será a base para a escolha da modalidade terapêutica que será empregada no caso. As principais modalidades terapêuticas da neoplasia incluem a excisão cirúrgica, a radioterapia, a quimioterapia a criocirurgia e, mais recentemente, os inibidores de tirosina quinase. A escolha do tipo de tratamento depende, em grande parte, dos fatores prognósticos, tendo como principal ponto de apoio à classificação histológica e o estadiamento clínico do tumor. O presente trabalho faz uma revisão atualizada dos tratamentos disponíveis para o mastocitoma cutâneo em pacientes caninos, relacionando-os com a média de sobrevida relatada em trabalhos científicos, além de salientar as particularidades de cada modalidade terapêutica, descrevendo-as detalhadamente, assim como os critérios de eleição das mesmas. |
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