Heterogeneidade nos habitats de eugenia uniflora l. (myrtaceae) correlação com as variações no tamanho e forma foliar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/240088 |
Resumo: | Eugenia uniflora é nativa do Domínio Floresta Atlântica (AFD) e pode ser encontrada crescendo naturalmente nos distintos ambientes que compõe a AFD. Nos diversos habitats em que esta espécie ocorre, ela apresenta morfologias distintas bastante aparente. Cresce como um arbusto ou pequena árvore na vegetação de planície costeira arenosa próxima ao oceano no sudeste e nordeste do Brasil (restinga adjacente) e como uma árvore nas matas ciliares na parte sul da AFD. Comunidades vegetais na periferia da AFD estão mais sujeitas a condições ambientais extremas em contraposição as plantas de floresta ombrófila densa. As populações de E. uniflora são fortemente estruturadas com haplótipos diferentes em suas frequências, podendo ser associados aos ambientes distintos, tal associação é relevante ora que as plantas podem expressar morfologias como resposta genética de adaptação ao habitat que se encontra. Desta maneira a forma e o tamanho das folhas foram analisados através de morfometria geométrica, construindo bibliotecas de 54 imagens de exsicatas ao longo da ocorrência da espécie na AFD, 41 imagens de plantas coletadas na natureza em dois ecossistemas (restinga adjacente e mata ciliar) da AFD e 54 imagens de plântulas provenientes dos mesmos ambientes das matrizes crescidas em casa de vegetação. Os resultados das análises apontaram uma diferenciação da forma e tamanho da folha de E. uniflora de acordo com sua ocorrência nos diferentes ambientes na AFD, plantas de restinga frequentemente possuem folhas com base arredondada e ápice obtuso e são maiores, plantas de mata ciliar possuem folhas com base atenuada e ápice agudo e de menor tamanho. Os resultados morfológicos da folha refletem o padrão das duas linhagens evolutiva da parte sul e norte da AFD identificadas a partir de marcadores neutros plastidiais. A variabilidade alélica entre as populações e as diferenças genéticas, corroboram para a aceitação de que possa estar ocorrendo a separação da espécie em variedades com características genéticas adaptativas selecionadas por pressões ambientais. |
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Lacerda, Maria Eduarda GonçalvesTeixeira, Marcelo Costa2022-06-10T04:59:02Z2021http://hdl.handle.net/10183/240088001141297Eugenia uniflora é nativa do Domínio Floresta Atlântica (AFD) e pode ser encontrada crescendo naturalmente nos distintos ambientes que compõe a AFD. Nos diversos habitats em que esta espécie ocorre, ela apresenta morfologias distintas bastante aparente. Cresce como um arbusto ou pequena árvore na vegetação de planície costeira arenosa próxima ao oceano no sudeste e nordeste do Brasil (restinga adjacente) e como uma árvore nas matas ciliares na parte sul da AFD. Comunidades vegetais na periferia da AFD estão mais sujeitas a condições ambientais extremas em contraposição as plantas de floresta ombrófila densa. As populações de E. uniflora são fortemente estruturadas com haplótipos diferentes em suas frequências, podendo ser associados aos ambientes distintos, tal associação é relevante ora que as plantas podem expressar morfologias como resposta genética de adaptação ao habitat que se encontra. Desta maneira a forma e o tamanho das folhas foram analisados através de morfometria geométrica, construindo bibliotecas de 54 imagens de exsicatas ao longo da ocorrência da espécie na AFD, 41 imagens de plantas coletadas na natureza em dois ecossistemas (restinga adjacente e mata ciliar) da AFD e 54 imagens de plântulas provenientes dos mesmos ambientes das matrizes crescidas em casa de vegetação. Os resultados das análises apontaram uma diferenciação da forma e tamanho da folha de E. uniflora de acordo com sua ocorrência nos diferentes ambientes na AFD, plantas de restinga frequentemente possuem folhas com base arredondada e ápice obtuso e são maiores, plantas de mata ciliar possuem folhas com base atenuada e ápice agudo e de menor tamanho. Os resultados morfológicos da folha refletem o padrão das duas linhagens evolutiva da parte sul e norte da AFD identificadas a partir de marcadores neutros plastidiais. A variabilidade alélica entre as populações e as diferenças genéticas, corroboram para a aceitação de que possa estar ocorrendo a separação da espécie em variedades com características genéticas adaptativas selecionadas por pressões ambientais.Eugenia uniflora is native to Atlantic Forest Domain (AFD) and can be found growing naturally in the different environments that make up the AFD. In the diverse habitats in which this species occurs, it presents distinct morphologies quite apparent. It grows as a shrub or small tree in the sandy coastal plain vegetation close to the ocean in southeastern and northeastern Brazil (restinga) and as a tree in riparian forests in the southern part of the AFD. Plant communities on the periphery of the AFD are more subject to extreme environmental conditions than plants from dense rainforests. Eugenia uniflora populations are strongly structured with different haplotypes in their frequencies, which can be associated with different environments. Thus, the shape and size of the leaves were analyzed using geometric morphometric, building libraries of 54 images of exsiccated throughout the occurrence of the species in the AFD, 41 images of 53 plants collected in nature in two ecosystems (adjacent sandbank and riparian forest) of the AFD and 54 images of seedlings from the same environments as the matrices grown in a greenhouse. The results of the geometric morphometric analysis showed differentiation in the shape and size of the E. uniflora leaf according to its occurrence in different environments in AFD, restinga plants often have leaves with rounded base and obtuse apex and larger, ciliary forest plants have leaves with attenuated base shape and acute apex and smaller size. The morphological results of the leaf reflect the pattern of the two evolutionary lines of the southern and northern part of the AFD identified from neutral plastid markers. The allelic variability between populations and genetic differences corroborate supposition to accept that species may be separated into varieties with adaptive genetic characteristics selected by environmental pressures.application/pdfporEugenia unifloraMata ciliarPitangaHeterogeneidade nos habitats de eugenia uniflora l. (myrtaceae) correlação com as variações no tamanho e forma foliarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Biociências2021Ciências Biológicas: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001141297.pdf.txt001141297.pdf.txtExtracted Texttext/plain48524http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/240088/2/001141297.pdf.txt09598bba38be28d5d362140de46e4754MD52ORIGINAL001141297.pdfTexto completoapplication/pdf909638http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/240088/1/001141297.pdfbfe7b0fc5757e431d77a8b40abe43d09MD5110183/2400882022-07-21 04:56:51.082826oai:www.lume.ufrgs.br:10183/240088Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-07-21T07:56:51Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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