Perfil clínico-angiográfico e caracterização de desfechos na intervenção coronariana percutânea de tronco de coronária esquerda não protegido
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/256597 |
Resumo: | Fundamento: A abordagem percutânea das lesões de tronco de coronária esquerda tem sido cada vez mais difundida devido ao refinamento da técnica, disponibilidade de stents farmacológicos e resultados favoráveis de ensaios clínicos. Objetivos: Relatar as características clínicas, angiográficas e desfechos intra-hospitalares de pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea de lesões de tronco de coronária esquerda não protegido. Métodos: Estudo observacional que incluiu de forma consecutiva pacientes com lesão de tronco de coronária esquerda não protegido submetidos a intervenção coronária percutânea de um hospital terciário do sul do Brasil entre janeiro de 2017 e outubro de 2022. Resultados: Foram incluídos 228 pacientes, sendo 64,5% do sexo masculino, com média de idade de 67,3 ± 12,2 anos. Hipertensão e diabetes foram os principais fatores de risco, presentes em 81,6% e 43,9% dos pacientes, respectivamente. Síndrome coronariana aguda sem elevação do segmento ST foi o modo de apresentação mais comum (38,6%), seguido por angina estável (33,3%) e infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (19,3%). O percentual de pacientes com doença coronariana uni, biarterial e triarterial foi de 27,2%, 21,5% e 40,8%, respectivamente. Lesão isolada do TCE esteve presente em 10,5% dos pacientes e lesões de bifurcação em 82,5%. A maioria dos procedimentos foi realizada por via femoral (64,5%). O número mediano de stents implantados foi 2 (1-3) e o volume mediano de contraste utilizado foi de 250 mL (182,5-300). A complicação mais comum do procedimento foi hematoma no sítio de punção (9,2%), seguido por sangramento (3,9%) e oclusão de ramo (3,5%). Durante o período intra-hospitalar de acompanhamento, foram registrados 22 (10,5%) eventos cardíacos e cerebrovasculares adversos, sendo 1 (0,4%) caso de infarto agudo do miocárdio não fatal, 5 casos (2,2%) de acidente vascular encefálico e 16 óbitos de causa cardiovascular (7,0%). Conclusões: A intervenção coronária percutânea de lesões de tronco de coronária esquerda não protegido foi realizada com segurança e apresentou excelentes resultados. |
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Silvano, Gustavo PaesBergoli, Luiz Carlos Corsetti2023-04-01T03:29:32Z2023http://hdl.handle.net/10183/256597001164992Fundamento: A abordagem percutânea das lesões de tronco de coronária esquerda tem sido cada vez mais difundida devido ao refinamento da técnica, disponibilidade de stents farmacológicos e resultados favoráveis de ensaios clínicos. Objetivos: Relatar as características clínicas, angiográficas e desfechos intra-hospitalares de pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea de lesões de tronco de coronária esquerda não protegido. Métodos: Estudo observacional que incluiu de forma consecutiva pacientes com lesão de tronco de coronária esquerda não protegido submetidos a intervenção coronária percutânea de um hospital terciário do sul do Brasil entre janeiro de 2017 e outubro de 2022. Resultados: Foram incluídos 228 pacientes, sendo 64,5% do sexo masculino, com média de idade de 67,3 ± 12,2 anos. Hipertensão e diabetes foram os principais fatores de risco, presentes em 81,6% e 43,9% dos pacientes, respectivamente. Síndrome coronariana aguda sem elevação do segmento ST foi o modo de apresentação mais comum (38,6%), seguido por angina estável (33,3%) e infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (19,3%). O percentual de pacientes com doença coronariana uni, biarterial e triarterial foi de 27,2%, 21,5% e 40,8%, respectivamente. Lesão isolada do TCE esteve presente em 10,5% dos pacientes e lesões de bifurcação em 82,5%. A maioria dos procedimentos foi realizada por via femoral (64,5%). O número mediano de stents implantados foi 2 (1-3) e o volume mediano de contraste utilizado foi de 250 mL (182,5-300). A complicação mais comum do procedimento foi hematoma no sítio de punção (9,2%), seguido por sangramento (3,9%) e oclusão de ramo (3,5%). Durante o período intra-hospitalar de acompanhamento, foram registrados 22 (10,5%) eventos cardíacos e cerebrovasculares adversos, sendo 1 (0,4%) caso de infarto agudo do miocárdio não fatal, 5 casos (2,2%) de acidente vascular encefálico e 16 óbitos de causa cardiovascular (7,0%). Conclusões: A intervenção coronária percutânea de lesões de tronco de coronária esquerda não protegido foi realizada com segurança e apresentou excelentes resultados.Background: Left main coronary intervention is increasingly used as a treatment option for unprotected left main coronary artery lesions due to technical improvements in percutaneous coronary intervention, stent technology and new guideline recommendations. Objective: To report the clinical profile, angiographic status, and procedural outcomes in patients undergoing unprotected left main coronary artery percutaneous coronary intervention. Methods: A prospective observational study including all consecutive patients with unprotected left main coronary artery lesions who underwent percutaneous coronary intervention at a tertiary hospital in Southern Brazil between January 2017 and October 2022. Results: A total of 228 patients were investigated, of which 64.5% were male, with a mean age of 67.3 ± 12.2 years. Hypertension and diabetes were the most common risk factors, present in 81.6% and 43.9% of patients, respectively. non-ST-segment elevation myocardial infarction was the most common mode of presentation (38.6%), followed by chronic stable angina (33.3%) and ST-segment elevation myocardial infarction (19.3%). The percentage of patients with single-, double-, and triple-vessel coronary disease was 27.2%, 21.5%, and 40.8%, respectively. Isolated ULMCA lesion was present in 10.5% patients and left main bifurcation lesions in 82.5%. Majority of the procedures were performed via femoral approach (64.5%). The median stent number placed was 2 (1-3) and the median contrast volume used was 250 mL (182,5-300). The most common complication of the procedure was hematoma at the puncture site (9.2%), followed by bleeding (3.9%) and side branch occlusion (3.5%). During the in-hospital follow-up period, 22 (10.5%) adverse cardiac and cerebrovascular events were recorded, 1 (0.4%) case of non-fatal acute myocardial infarction, 5 (2.2%) cases of stroke and 16 (7.0%) deaths from cardiovascular causes. Conclusions: Percutaneous coronary intervention for unprotected left main coronary artery lesions was safely performed and presented excellent results.application/pdfporDoença da artéria coronarianaAngiografia coronáriaIntervenção coronária percutâneaCoronary artery diseaseCoronary angiographyPercutaneous coronary interventionPerfil clínico-angiográfico e caracterização de desfechos na intervenção coronariana percutânea de tronco de coronária esquerda não protegidoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisHospital de Clínicas de Porto AlegrePorto Alegre, BR-RS2023especializaçãoPrograma de Residência Médica em Cardiologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001164992.pdf.txt001164992.pdf.txtExtracted Texttext/plain29441http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/256597/2/001164992.pdf.txt25ca8d6f6581fdf5211cbacf993e97a4MD52ORIGINAL001164992.pdfTexto completoapplication/pdf288575http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/256597/1/001164992.pdf0c479c29283dd3d7440f2628574c606fMD5110183/2565972023-04-02 03:24:35.760434oai:www.lume.ufrgs.br:10183/256597Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-04-02T06:24:35Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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