Causas da incontinência urinária em idosos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Marsam Alves de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/35936
Resumo: O presente estudo resultou de uma Revisão Integrativa de pesquisa baseada em Cooper (1982), definida como um método que agrupa os resultados obtidos em pesquisas sobre o mesmo assunto em questão, nesse caso, as diversas causas da incontinência urinária em idosos, tendo então como objetivo identificar as causas da incontinência urinária em idosos. De acordo com a metodologia empregada, a coleta de dados deu-se com a captação de 55 artigos científicos nas bases de dados BIREME, SCIELO, PUBMED e Portal de Periódicos da CAPS, que após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão a amostra para análise foi de 13 artigos. Em cinco artigos (38,46%) da amostra os autores classificaram a incontinência como sendo proveniente de causas multifatoriais, e em oito artigos (61,83%) os autores se remeteram à incontinência em idosos como um evento desencadeado pelas mais variadas condições, as quais são apresentadas em categorias abrangendo fatores patológicos, iatrogênicos, fisiológicos, comportamentais, e outros fatores. Realizou-se a síntese e comparação dos estudos amostrados e constatou-se que 100% dos artigos citam como causa da incontinência urinária em idosos os problemas relacionados aos fatores patológicos, tais como: 1°) Problemas neurológicos (100%); 2º) Restrição de mobilidade/ imobilidade (84,61%); 3°); Hiperplasia prostática maligna ou benigna (61,53%); 4°) Infecção e/ ou inflamação do trato urinário (61,53%); 5°) Obesidade e extremos do índice de massa corporal (53,84%); 6º) Problemas endócrinos (38,46%); 7°) Diabetes (69,23%); 8°) Problemas psicológicos (38,46%); 9°) Insuficiência renal, alterações eletrolíticas, deficiência congênita, intoxicação por metais pesados, e insuficiência vascular (15,38%); 10°) Cardiopatia (30,76%); 11°) Doenças respiratórias (38,46%); 12°) Vaginite atrófica, estenose uretral, esclerose do cólon vesical, e esclerose do assoalho pélvico (38,46%); 13°) Prolapso genital, litíase vesical, e massa pélvica (30,76%); 14°) Miopatia (30,76%); 15°) Elemento de obstrução (15,38%). No que se refere as causas multifatoriais classificadas como fatores iatrogênicos encontramos: 1°) Medicamentos (76,92%); 2°) Cirurgias abdominais e as cirurgias pélvicas (69,23%); 3°) Radioterapia (38,46%). Quanto as causas multifatoriais da incontinência em idosos relacionadas às alterações fisiológicas do envelhecimento, temos: 1°) Baixa capacidade funcional física ou cognitiva (69,23%); 2º) Alterações hormonais (53,84%); 3°) Alterações no trato urinário inferior (61,53%); 4°) Noctúria (30,76%); 5°) Idade (15,38%); Entre as causas multifatoriais definidas como fatores comportamentais: 1°) Fecaloma/ constipação, ingestão excessiva de líquidos, tabagismo, consumo de álcool e cafeína (69,23%); 2°) Mal hábito miccional (15,38%); As demais causas multifatoriais da incontinência urinaria nos idosos foram acoplados em outros fatores, são eles: 1°) Fatores genéticos, ambientais e de origem idiopática (23,07%). Com esse estudo constatamos uma diversidade de situações que podem desequilibrar o mecanismo de continência urinária em idosos e ocasionar o desenvolvimento da incontinência. Observamos também a necessidade do desenvolvimento de estudos relacionados pela equipe de enfermagem, já que. como uma profissão atuante e presente no cuidado do idoso, deve manter-se atualizada e capacitada a desenvolver seus cuidados com eficiência.
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