A casa de brincar : um projeto coletivo de construção do espaço para o faz de conta com crianças pequenas

• Autor(a) principal: Würfel, Ana Lúcia
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/152983
• topic: Educação infantil; Brinquedo; School physical space; Children education; Playing; Interaction with the community; Research with children

O Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Docência em Educação Infantil - UFRGS/MEC intitulado: “A casa de brincar: um projeto coletivo de construção do espaço para o faz de conta com crianças pequenas” trata da organização do espaço de brincar numa instituição de Educação Infantil. Organiza-se sob a ótica de crianças pequenas. Investiga como estas percebem o pátio enquanto espaço onde realizam interações e aprendizagens, em especial na casa de brincar. Objetiva a escuta do que dizem, pensam e falam as crianças sobre a casa de brincar no pátio externo da escola. Atenta para quais contribuições podem surgir a partir das crianças, com vistas à proposta de qualificação do pátio da escola, em uma interação entre crianças, professora, funcionários e familiares. A pesquisa realizou-se em uma Escola Municipal Infantil da cidade de Novo Hamburgo, com uma turma de faixa etária de três anos. Fundamenta-se em autores como Thiollent (1985), Sarmento e Pinto (1997), Sarmento e Pinto (1997), Brougère (1997), Wallon (1998), Forneiro (1998), Kramer (2007), Vigotsky (2007), Dornelles (2001, 2005, 2012), Horn (2004, 2012), Barbosa (2009), entre outros. A metodologia, cunhada como pesquisa-ação, faz uso do diário de campo, observações participantes, conversas individuais e em grupos com as crianças. Serviu-se de fotografias, desenhos e construção de maquete, bem como da organização e reestruturação da casa do brincar da escola. Com a investigação foi possível concluir que, quando se trata do brincar no espaço do pátio, as crianças têm plenas condições de opinar sobre sua organização, indicando que objetos devem estar presentes e a disponibilização desses para dar conta dos seus desejos de brincar e suas necessidades de realizá-los em um espaço prazeroso. Observou-se também que, à medida em que se possibilitou às crianças falarem e se expressarem em diferentes linguagens sobre o seu entendimento de como deveria ser uma casa de brincar, essas se posicionaram sobre o assunto, o que levou o grupo a reestruturar esse local do brincar a partir de um projeto que integrou as crianças à comunidade escolar. Entende-se a partir da investigação que se faz cada vez mais urgente que o posicionamento das crianças frente àquilo que lhe é afeto na escola (a organização do pátio externo) deva ser cada vez mais levado em conta, pois isso ratifica a visão do que as crianças têm dos espaços que compõem sua vida na escola, de forma a valorizá-las como sujeitos ativos e capazes de mostrar que elas estão, desde muito pequena, atentas ao que acontece em seu ambiente escolar.