Culturas políticas e representação de Joana de Nápoles crônicas dos Villani (1343-1364)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gaio, Adrielle Chiesa
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/258995
Resumo: Este trabalho propõe uma análise sobre as culturas políticas do reinado de Joana I de Nápoles a partir da representação da monarca na Nueva Cronica, de Giovanni Villani (1280-1348) e na Cronica, de Matteo Villani (1283-1363) continuada por Filippo Villani (1325-1407). Buscou-se compreender melhor o que significava ser uma rainha na Baixa Idade Média e como isso foi registrado por cronistas daquele período. Essa análise se insere em um debate mais amplo a respeito das culturas políticas relacionada às funções da monarca no século XIV e a construção de hierarquias de poder a partir da performance ou não dessas funções. As perguntas que orientam essa pesquisa são: Como Joana de Nápoles e seu governo foram representados nas crônicas dos Villani? O que os registros desses autores nos informam sobre as culturas políticas relacionadas ao exercício de poder régio por uma mulher nos séculos finais da Idade Média? As informações registradas nas crônicas sobre Joana I de Nápoles permitem discutir e analisar a construção do gênero na Idade Média? Usamos a abordagem do gênero para historizar as categorias de “homem” e “mulher” e pensar a representação de Joana atravessada pelo espectro de poder que circunda esses marcadores. As disputas entre as facções rivais na corte napolitana e o contexto de crise do século XIV fizeram parte da forma como Joana e seu reinado foram percebidos e representados na crônica dos Vilani. Entendemos que o gênero de Joana aparece como uma quebra na expectativa social: reivindicar o direito de rainha reinante a colocaria acima do status de seu marido. Contudo, o papel social ocupado por Joana não estava essencialmente determinado pelo seu corpo.
id UFRGS-2_27a0f3cdb8e1d1ed9a6e98cbbbbfea50
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/258995
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Gaio, Adrielle ChiesaTeixeira, Igor Salomão2023-06-13T03:27:34Z2023http://hdl.handle.net/10183/258995001170164Este trabalho propõe uma análise sobre as culturas políticas do reinado de Joana I de Nápoles a partir da representação da monarca na Nueva Cronica, de Giovanni Villani (1280-1348) e na Cronica, de Matteo Villani (1283-1363) continuada por Filippo Villani (1325-1407). Buscou-se compreender melhor o que significava ser uma rainha na Baixa Idade Média e como isso foi registrado por cronistas daquele período. Essa análise se insere em um debate mais amplo a respeito das culturas políticas relacionada às funções da monarca no século XIV e a construção de hierarquias de poder a partir da performance ou não dessas funções. As perguntas que orientam essa pesquisa são: Como Joana de Nápoles e seu governo foram representados nas crônicas dos Villani? O que os registros desses autores nos informam sobre as culturas políticas relacionadas ao exercício de poder régio por uma mulher nos séculos finais da Idade Média? As informações registradas nas crônicas sobre Joana I de Nápoles permitem discutir e analisar a construção do gênero na Idade Média? Usamos a abordagem do gênero para historizar as categorias de “homem” e “mulher” e pensar a representação de Joana atravessada pelo espectro de poder que circunda esses marcadores. As disputas entre as facções rivais na corte napolitana e o contexto de crise do século XIV fizeram parte da forma como Joana e seu reinado foram percebidos e representados na crônica dos Vilani. Entendemos que o gênero de Joana aparece como uma quebra na expectativa social: reivindicar o direito de rainha reinante a colocaria acima do status de seu marido. Contudo, o papel social ocupado por Joana não estava essencialmente determinado pelo seu corpo.This work proposes an analysis of the political cultures of the reign of Joan of Naples from the representation of the monarch in the Nueva Cronica, by Giovanni Villani (1280-1348) and in the Cronica, by Matteo Villani (1283-1363) continued by Filippo Villani (1325-1407). We sought to better understand what it meant to be a queen in the Late Middle Ages and how this was recorded by chroniclers of that period. This analysis is part of a broader debate about the political cultures related to the functions of the monarch in the fourteenth century and the construction of power hierarchies based on the performance or not of these functions. The questions that guide this research are: How were Joan of Naples and her government represented in the chronicles of the Villani? What do these authors' records tell us about the political cultures related to the exercise of royal power by a woman in the final centuries of the Middle Ages? Does the information recorded in the chronicles about Joan of Naples allow us to discuss and analyze the construction of gender in the Middle Ages? We use the gender approach to historicize the categories of “man” and “woman” and think about Joana's representation crossed by the spectrum of power that surrounds these markers. Disputes between rival factions in the Neapolitan court and the context of crisis in the 14th century were part of the way in which Joan and her reign were perceived and represented in the chronicle of the Vilani. We understand that Joana's gender appears as a break in social expectation: claiming the right to reigning queen would place her above her husband's status. However, the social role played by Joana was not essentially determined by her body.application/pdfporJoana I, Rainha de Nápoles, 1325-1382HistoriografiaCultura políticaGêneroSoberaniaHistória de Nápoles (Reino)Nápoles (Itália)Joan of NaplesPolitical cultureGenderFemale sovereigntyCulturas políticas e representação de Joana de Nápoles crônicas dos Villani (1343-1364)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPorto Alegre, BR-RS2023História: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001170164.pdf.txt001170164.pdf.txtExtracted Texttext/plain160580http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/258995/2/001170164.pdf.txt9eef9b96bf53c0169295ae54ce79bd03MD52ORIGINAL001170164.pdfTexto completoapplication/pdf509420http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/258995/1/001170164.pdf98bb9a339626ff09729545c8941acfcaMD5110183/2589952023-06-14 03:29:36.153336oai:www.lume.ufrgs.br:10183/258995Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-06-14T06:29:36Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Culturas políticas e representação de Joana de Nápoles crônicas dos Villani (1343-1364)
title Culturas políticas e representação de Joana de Nápoles crônicas dos Villani (1343-1364)
spellingShingle Culturas políticas e representação de Joana de Nápoles crônicas dos Villani (1343-1364)
Gaio, Adrielle Chiesa
Joana I, Rainha de Nápoles, 1325-1382
Historiografia
Cultura política
Gênero
Soberania
História de Nápoles (Reino)
Nápoles (Itália)
Joan of Naples
Political culture
Gender
Female sovereignty
title_short Culturas políticas e representação de Joana de Nápoles crônicas dos Villani (1343-1364)
title_full Culturas políticas e representação de Joana de Nápoles crônicas dos Villani (1343-1364)
title_fullStr Culturas políticas e representação de Joana de Nápoles crônicas dos Villani (1343-1364)
title_full_unstemmed Culturas políticas e representação de Joana de Nápoles crônicas dos Villani (1343-1364)
title_sort Culturas políticas e representação de Joana de Nápoles crônicas dos Villani (1343-1364)
author Gaio, Adrielle Chiesa
author_facet Gaio, Adrielle Chiesa
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Gaio, Adrielle Chiesa
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Teixeira, Igor Salomão
contributor_str_mv Teixeira, Igor Salomão
dc.subject.por.fl_str_mv Joana I, Rainha de Nápoles, 1325-1382
Historiografia
Cultura política
Gênero
Soberania
História de Nápoles (Reino)
Nápoles (Itália)
topic Joana I, Rainha de Nápoles, 1325-1382
Historiografia
Cultura política
Gênero
Soberania
História de Nápoles (Reino)
Nápoles (Itália)
Joan of Naples
Political culture
Gender
Female sovereignty
dc.subject.eng.fl_str_mv Joan of Naples
Political culture
Gender
Female sovereignty
description Este trabalho propõe uma análise sobre as culturas políticas do reinado de Joana I de Nápoles a partir da representação da monarca na Nueva Cronica, de Giovanni Villani (1280-1348) e na Cronica, de Matteo Villani (1283-1363) continuada por Filippo Villani (1325-1407). Buscou-se compreender melhor o que significava ser uma rainha na Baixa Idade Média e como isso foi registrado por cronistas daquele período. Essa análise se insere em um debate mais amplo a respeito das culturas políticas relacionada às funções da monarca no século XIV e a construção de hierarquias de poder a partir da performance ou não dessas funções. As perguntas que orientam essa pesquisa são: Como Joana de Nápoles e seu governo foram representados nas crônicas dos Villani? O que os registros desses autores nos informam sobre as culturas políticas relacionadas ao exercício de poder régio por uma mulher nos séculos finais da Idade Média? As informações registradas nas crônicas sobre Joana I de Nápoles permitem discutir e analisar a construção do gênero na Idade Média? Usamos a abordagem do gênero para historizar as categorias de “homem” e “mulher” e pensar a representação de Joana atravessada pelo espectro de poder que circunda esses marcadores. As disputas entre as facções rivais na corte napolitana e o contexto de crise do século XIV fizeram parte da forma como Joana e seu reinado foram percebidos e representados na crônica dos Vilani. Entendemos que o gênero de Joana aparece como uma quebra na expectativa social: reivindicar o direito de rainha reinante a colocaria acima do status de seu marido. Contudo, o papel social ocupado por Joana não estava essencialmente determinado pelo seu corpo.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-06-13T03:27:34Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/258995
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001170164
url http://hdl.handle.net/10183/258995
identifier_str_mv 001170164
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/258995/2/001170164.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/258995/1/001170164.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 9eef9b96bf53c0169295ae54ce79bd03
98bb9a339626ff09729545c8941acfca
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224661604761600