As implicações do co leito entre pais e filhos para a resolução do complexo do Édipo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/168632 |
Resumo: | O presente trabalho monográfico visa a apresentar um recorte do que tenho recebido com certa regularidade no cotidiano de minha clínica, que é o fato de crianças, pré-adolescentes e até adolescentes, dormirem em co leito com seus pais, manifestando as mais variadas queixas. Crianças e/ou adolescentes que já tiveram, ou têm o seu próprio quarto, mas que por alguma razão foram trazidas para o quarto dos pais, algumas para a mesma cama. Percebo que essa é uma formatação que vem se estabelecendo de maneira expressiva em muitas famílias na contemporaneidade e produzido diversos efeitos nas subjetividades das pessoas envolvidas. O objetivo primordial do estudo foi buscar elementos teóricos no campo psicanalítico que pudessem contribuir para uma reflexão mais aprofundada sobre as implicações do co leito para a passagem do Complexo de Édipo. A pesquisa foi realizada a partir do levantamento de 26 casos atendidos na clínica, de crianças, a maioria entre 4 e 5 anos, no auge de sua fase edípica, que dormiam com seus pais e que na ocasião da busca por atendimento, apresentavam queixas muito semelhantes entre si. A escolha do tema da pesquisa foi motivada pela recorrência com que esse conteúdo tem surgido na minha prática clínica. Para tanto, foram abordados os principais conceitos dessa fase, como Complexo de Édipo e Castração. Também busquei fazer correlações com as funções materna e paterna e suas vicissitudes na atualidade. O Complexo de Édipo é um período de grandes mudanças para as crianças e ao mesmo tempo para os pais. É nesse período que a criança é determinada pelo discurso parental e pelos objetos que a vão estruturando em relação ao mundo. O pai durante o complexo de Édipo, é de suma importância para a passagem saudável da criança por essa fase. Do mesmo modo que o comportamento da mãe em relação à criança também é de suma importância. Sabemos que as vivências do conflito edípico, estão diretamente ligadas às funções materna e paterna, ao exercício de interdição do incesto e separação da díade mãe-criança, na introdução da criança no mundo, na cultura, através do processo de auxiliá-la em seu desenvolvimento gradual, a ir-se individualizando. Desta forma, podemos considerar que falhas no desempenho da função materna e da função paterna podem interferir na articulação e elaboração da vivência edipiana, interferindo, assim, no desenvolvimento mental da criança. Paradoxalmente podemos dizer que é o desejo que acarreta todos os perigos e todas as chances para o filho. Para melhor ilustrar esses efeitos utilizarei como dispositivo, três sonhos relatados por uma criança atendida. |
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Freiberger, SandraFerrari, Andrea Gabriela2017-09-19T02:30:58Z2017http://hdl.handle.net/10183/168632001047076O presente trabalho monográfico visa a apresentar um recorte do que tenho recebido com certa regularidade no cotidiano de minha clínica, que é o fato de crianças, pré-adolescentes e até adolescentes, dormirem em co leito com seus pais, manifestando as mais variadas queixas. Crianças e/ou adolescentes que já tiveram, ou têm o seu próprio quarto, mas que por alguma razão foram trazidas para o quarto dos pais, algumas para a mesma cama. Percebo que essa é uma formatação que vem se estabelecendo de maneira expressiva em muitas famílias na contemporaneidade e produzido diversos efeitos nas subjetividades das pessoas envolvidas. O objetivo primordial do estudo foi buscar elementos teóricos no campo psicanalítico que pudessem contribuir para uma reflexão mais aprofundada sobre as implicações do co leito para a passagem do Complexo de Édipo. A pesquisa foi realizada a partir do levantamento de 26 casos atendidos na clínica, de crianças, a maioria entre 4 e 5 anos, no auge de sua fase edípica, que dormiam com seus pais e que na ocasião da busca por atendimento, apresentavam queixas muito semelhantes entre si. A escolha do tema da pesquisa foi motivada pela recorrência com que esse conteúdo tem surgido na minha prática clínica. Para tanto, foram abordados os principais conceitos dessa fase, como Complexo de Édipo e Castração. Também busquei fazer correlações com as funções materna e paterna e suas vicissitudes na atualidade. O Complexo de Édipo é um período de grandes mudanças para as crianças e ao mesmo tempo para os pais. É nesse período que a criança é determinada pelo discurso parental e pelos objetos que a vão estruturando em relação ao mundo. O pai durante o complexo de Édipo, é de suma importância para a passagem saudável da criança por essa fase. Do mesmo modo que o comportamento da mãe em relação à criança também é de suma importância. Sabemos que as vivências do conflito edípico, estão diretamente ligadas às funções materna e paterna, ao exercício de interdição do incesto e separação da díade mãe-criança, na introdução da criança no mundo, na cultura, através do processo de auxiliá-la em seu desenvolvimento gradual, a ir-se individualizando. Desta forma, podemos considerar que falhas no desempenho da função materna e da função paterna podem interferir na articulação e elaboração da vivência edipiana, interferindo, assim, no desenvolvimento mental da criança. Paradoxalmente podemos dizer que é o desejo que acarreta todos os perigos e todas as chances para o filho. Para melhor ilustrar esses efeitos utilizarei como dispositivo, três sonhos relatados por uma criança atendida.application/pdfporComplexo de ÉdipoComplexo de castracaoAs implicações do co leito entre pais e filhos para a resolução do complexo do Édipoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPorto Alegre, BR-RS2017especializaçãoCurso de Especialização em Intervenção Psicanalítica na Clínica da Infância e Adolescênciainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001047076.pdf001047076.pdfTexto parcialapplication/pdf182086http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/168632/1/001047076.pdfeeb9dc24658a9c93ce0ebb00e73b3a75MD51TEXT001047076.pdf.txt001047076.pdf.txtExtracted Texttext/plain7445http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/168632/2/001047076.pdf.txt1f1ad1c59b8b1ce72dfcf84bf0735274MD52THUMBNAIL001047076.pdf.jpg001047076.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg890http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/168632/3/001047076.pdf.jpgc4d5e92145bbed2e251df5b3e49c0619MD5310183/1686322024-01-31 06:00:07.641356oai:www.lume.ufrgs.br:10183/168632Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-01-31T08:00:07Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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