Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Daniel Triboli
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Koester, Edinei, Bertotti, Anelise Losangela
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/170804
Resumo: O Granito Chasqueiro aflora como campos de matacões e lajeados, que em planta constituem um corpo alongado segundo N50oE com área de aproximadamente 400 km2, localizado no sul da porção oriental do Escudo Sul-Rio-Grandense. Compreende de monzo a sienogranito, leucocrático de cor cinza-clara e textura porfirítica com megacristais de K-feldspatos em matriz equigranular, hipidiomórfica grossa, composta por quartzo, K-feldspato, plagioclásio, biotita, hornblenda, minerais opacos e acessórios. Os megacristais atingem proporções modais entre 30,0 e 60,0%, e variam entre 4 e 8 cm, que com os minerais máficos da matriz evidenciam uma foliação de fluxo magmático subvertical bem desenvolvida que transaciona lateralmente para uma foliação tectônica nos bordos do granito próximo às zonas de cisalhamento onde ocorrem extensas faixas marcadas por intensa deformação dúctil e geração de protomilonitos. O granito apresenta enclaves máficos microgranulares de composição diorítica, apresentando diferentes formas e tamanhos. Geoquimicamente, é caracterizado por um magmatismo subalcalino do tipo cálcio-alcalino de alto potássio, metaluminoso a levemente peraluminoso, com assinatura característica de granitos gerados em ambiente pós-colisional. Processos de fusão crustal, mistura de magmas e cristalização fracionada são sugeridos para a sua evolução. Análises geocronológicas obtidas pelo método U-Pb (LA-ICP-MS) e geoquímica isotópica de Lu-Hf (LA-ICP-MS) em zircões indicaram, respectivamente, idade de cristalização 574 ± 3 Ma e valores negativos para εHf, sugerindo assim uma relação do Granito Chasqueiro com o evento deformacional D2 e fontes magmáticas dominantemente crustais com participação de componente mantélico subordinado.
id UFRGS-2_28e8fccf8d82309eb43a2b3df29bc6e6
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/170804
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Vieira, Daniel TriboliKoester, EdineiBertotti, Anelise Losangela2017-12-05T02:21:55Z20172317-4889http://hdl.handle.net/10183/170804001049088O Granito Chasqueiro aflora como campos de matacões e lajeados, que em planta constituem um corpo alongado segundo N50oE com área de aproximadamente 400 km2, localizado no sul da porção oriental do Escudo Sul-Rio-Grandense. Compreende de monzo a sienogranito, leucocrático de cor cinza-clara e textura porfirítica com megacristais de K-feldspatos em matriz equigranular, hipidiomórfica grossa, composta por quartzo, K-feldspato, plagioclásio, biotita, hornblenda, minerais opacos e acessórios. Os megacristais atingem proporções modais entre 30,0 e 60,0%, e variam entre 4 e 8 cm, que com os minerais máficos da matriz evidenciam uma foliação de fluxo magmático subvertical bem desenvolvida que transaciona lateralmente para uma foliação tectônica nos bordos do granito próximo às zonas de cisalhamento onde ocorrem extensas faixas marcadas por intensa deformação dúctil e geração de protomilonitos. O granito apresenta enclaves máficos microgranulares de composição diorítica, apresentando diferentes formas e tamanhos. Geoquimicamente, é caracterizado por um magmatismo subalcalino do tipo cálcio-alcalino de alto potássio, metaluminoso a levemente peraluminoso, com assinatura característica de granitos gerados em ambiente pós-colisional. Processos de fusão crustal, mistura de magmas e cristalização fracionada são sugeridos para a sua evolução. Análises geocronológicas obtidas pelo método U-Pb (LA-ICP-MS) e geoquímica isotópica de Lu-Hf (LA-ICP-MS) em zircões indicaram, respectivamente, idade de cristalização 574 ± 3 Ma e valores negativos para εHf, sugerindo assim uma relação do Granito Chasqueiro com o evento deformacional D2 e fontes magmáticas dominantemente crustais com participação de componente mantélico subordinado.Chasqueiro Granite comprises an 400 km2 N50ºEtrend elongated body located at the southernmost portion of the eastern Sul-Rio-Grandense Shield. It consists of monzo to syenogranite, light gray and leucocratic porphyritic texture with megacrystals K-feldspar in a coarse equigranular hypidiomorphic matrix, composed of quartz, K-feldspar, plagioclase, biotite, hornblende, opaque minerals and accessories. The modal megacrystals reach proportions between 30.0 and 60.0%, and range from 4 to 8 cm, with mafic minerals of the matrix showing a subvertical magmatic foliation and a tectonic foliation prominent in the borders marked by intense ductile deformation and protomylonite generation. Another important aspect of the Granite Chasqueiro is the obiquitous presence of microgranular mafic enclaves of dioritic composition in the granite, having different shapes and sizes. The Chasqueiro Granite is high-K calc alkaline, metaluminous to slightly peraluminous and characterized by a narrow SiO2 variation, with characteristic signature of granites generated in post-collisional tectonic setting. Geochronological analyzes obtained by the U-Pb method (LA-ICP-MS) and isotope geochemistry of Lu-Hf zircon data (LA-ICP-MS) presenting, respectively, crystallization age 574 ± 3 Ma and negative εHf, which suggest a granite relationship with deformational event D2 and supporting a magmatic crustal sources with subordinate mantle component.application/pdfporBrazilian Journal of Geology. Sao Paulo, SP: Sociedade Brasileira de Geologia. Vol. 46, n. 1, (mar. 2016), p. 79-108GeorradarPetrologiaGranitoEscudo sul-rio-grandensePetrologyChasqueiro GraniteU-PbLu-HfSul-Rio- Grandense ShieldPetrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-GrandensePetrology of Chasqueiro Granite, Arroio Grande region, Southeastern Sul-Rio-Grandense Shield info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001049088.pdf001049088.pdfTexto completoapplication/pdf68180488http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/170804/1/001049088.pdfe6cd307e6f87f45e75943605e50954f5MD51TEXT001049088.pdf.txt001049088.pdf.txtExtracted Texttext/plain92178http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/170804/2/001049088.pdf.txtc6479b4d7e5085f477b39f5fe83d346dMD5210183/1708042017-12-06 02:28:11.471624oai:www.lume.ufrgs.br:10183/170804Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2017-12-06T04:28:11Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Petrology of Chasqueiro Granite, Arroio Grande region, Southeastern Sul-Rio-Grandense Shield
title Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
spellingShingle Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
Vieira, Daniel Triboli
Georradar
Petrologia
Granito
Escudo sul-rio-grandense
Petrology
Chasqueiro Granite
U-Pb
Lu-Hf
Sul-Rio- Grandense Shield
title_short Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
title_full Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
title_fullStr Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
title_full_unstemmed Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
title_sort Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
author Vieira, Daniel Triboli
author_facet Vieira, Daniel Triboli
Koester, Edinei
Bertotti, Anelise Losangela
author_role author
author2 Koester, Edinei
Bertotti, Anelise Losangela
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Vieira, Daniel Triboli
Koester, Edinei
Bertotti, Anelise Losangela
dc.subject.por.fl_str_mv Georradar
Petrologia
Granito
Escudo sul-rio-grandense
topic Georradar
Petrologia
Granito
Escudo sul-rio-grandense
Petrology
Chasqueiro Granite
U-Pb
Lu-Hf
Sul-Rio- Grandense Shield
dc.subject.eng.fl_str_mv Petrology
Chasqueiro Granite
U-Pb
Lu-Hf
Sul-Rio- Grandense Shield
description O Granito Chasqueiro aflora como campos de matacões e lajeados, que em planta constituem um corpo alongado segundo N50oE com área de aproximadamente 400 km2, localizado no sul da porção oriental do Escudo Sul-Rio-Grandense. Compreende de monzo a sienogranito, leucocrático de cor cinza-clara e textura porfirítica com megacristais de K-feldspatos em matriz equigranular, hipidiomórfica grossa, composta por quartzo, K-feldspato, plagioclásio, biotita, hornblenda, minerais opacos e acessórios. Os megacristais atingem proporções modais entre 30,0 e 60,0%, e variam entre 4 e 8 cm, que com os minerais máficos da matriz evidenciam uma foliação de fluxo magmático subvertical bem desenvolvida que transaciona lateralmente para uma foliação tectônica nos bordos do granito próximo às zonas de cisalhamento onde ocorrem extensas faixas marcadas por intensa deformação dúctil e geração de protomilonitos. O granito apresenta enclaves máficos microgranulares de composição diorítica, apresentando diferentes formas e tamanhos. Geoquimicamente, é caracterizado por um magmatismo subalcalino do tipo cálcio-alcalino de alto potássio, metaluminoso a levemente peraluminoso, com assinatura característica de granitos gerados em ambiente pós-colisional. Processos de fusão crustal, mistura de magmas e cristalização fracionada são sugeridos para a sua evolução. Análises geocronológicas obtidas pelo método U-Pb (LA-ICP-MS) e geoquímica isotópica de Lu-Hf (LA-ICP-MS) em zircões indicaram, respectivamente, idade de cristalização 574 ± 3 Ma e valores negativos para εHf, sugerindo assim uma relação do Granito Chasqueiro com o evento deformacional D2 e fontes magmáticas dominantemente crustais com participação de componente mantélico subordinado.
publishDate 2017
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-12-05T02:21:55Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2017
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/170804
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 2317-4889
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001049088
identifier_str_mv 2317-4889
001049088
url http://hdl.handle.net/10183/170804
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Brazilian Journal of Geology. Sao Paulo, SP: Sociedade Brasileira de Geologia. Vol. 46, n. 1, (mar. 2016), p. 79-108
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/170804/1/001049088.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/170804/2/001049088.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv e6cd307e6f87f45e75943605e50954f5
c6479b4d7e5085f477b39f5fe83d346d
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1815447649422147584