Crise climática : impacto dos desastres na migração forçada
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/273015 |
Resumo: | Este trabalho aborda o impacto das mudanças climáticas nos desastres e sua relação com a migração forçada. Inicialmente, é apresentada uma contextualização das mudanças climáticas, destacando o aumento na ocorrência de eventos extremos e desastres, bem como o papel da globalização na ampliação das desigualdades e na criação de barreiras para os imigrantes. A fim de investigar a influência dos desastres na migração foram realizadas pesquisas bibliográficas, análises documentais e de bancos de dados como o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD) e do Centro de Monitoramento de Deslocados Internos (IDMC). A revisão bibliográfica revelou algumas lacunas na literatura, como a escassez de estudos específicos sobre os impactos das mudanças climáticas contemporâneas na migração forçada no Brasil e no Rio Grande do Sul (RS). Além disso, identificou-se uma necessidade de investigação mais aprofundada sobre os efeitos dos desastres naturais e provocados pelo homem na mobilidade populacional, especialmente em contextos regionais. Essa abordagem permite uma investigação teórica e a formulação de hipóteses, dada a limitação inicial no acesso direto aos dados específicos de migração relacionada a esse tipo de evento. Os capítulos seguintes discorrem sobre os eventos extremos e a mudança climática, os desastres ocorridos no Brasil e, especificamente, no RS em 2023. estes, fica evidenciado o aumento no número de eventos extremos e consequentemente de desastres, como os relatados no RS. Os eventos de junho, setembro e novembro afetaram quase 6 milhões de pessoas. Salienta-se que os diferentes grupos da população não são atingidos de forma equalizada pelos eventos, devendo-se levar em conta a vulnerabilidade das populações, sobretudo aquelas vivendo em áreas de risco. A análise busca relacionar os desastres com o deslocamento humano, utilizando gráficos para ilustrar o total de deslocamentos internos no mundo e os relacionando aos deslocamentos por desastres. Os resultados e discussões apresentam gráficos sobre os deslocados internos por desastres no Brasil, além de análises sobre as principais causas e consequências do deslocamento forçado devido aos desastres. A implementação de políticas públicas e estratégias educativas formais e não formais pode ajudar a criar uma cultura de prevenção de desastres, minimizar os impactos negativos sobre as pessoas, o meio ambiente e a economia, e criar sistemas mais robustos e adaptáveis capazes de lidar com os desafios futuros. Por fim, ressalta-se que mesmo com a carência de dados para a realização da correlação de informações e uma análise mais completa, foi possível evidenciar os efeitos dos desastres no deslocamento da população, o que corrobora com a importância da temática. A conscientização e a educação são fundamentais para a construção de uma cultura de prevenção e para a formação de cidadãos mais conscientes e preparados para enfrentar os desafios futuros. |
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Pozzi, Gianluca de SouzaAquino, Francisco Eliseu2024-03-07T05:02:31Z2024http://hdl.handle.net/10183/273015001197930Este trabalho aborda o impacto das mudanças climáticas nos desastres e sua relação com a migração forçada. Inicialmente, é apresentada uma contextualização das mudanças climáticas, destacando o aumento na ocorrência de eventos extremos e desastres, bem como o papel da globalização na ampliação das desigualdades e na criação de barreiras para os imigrantes. A fim de investigar a influência dos desastres na migração foram realizadas pesquisas bibliográficas, análises documentais e de bancos de dados como o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD) e do Centro de Monitoramento de Deslocados Internos (IDMC). A revisão bibliográfica revelou algumas lacunas na literatura, como a escassez de estudos específicos sobre os impactos das mudanças climáticas contemporâneas na migração forçada no Brasil e no Rio Grande do Sul (RS). Além disso, identificou-se uma necessidade de investigação mais aprofundada sobre os efeitos dos desastres naturais e provocados pelo homem na mobilidade populacional, especialmente em contextos regionais. Essa abordagem permite uma investigação teórica e a formulação de hipóteses, dada a limitação inicial no acesso direto aos dados específicos de migração relacionada a esse tipo de evento. Os capítulos seguintes discorrem sobre os eventos extremos e a mudança climática, os desastres ocorridos no Brasil e, especificamente, no RS em 2023. estes, fica evidenciado o aumento no número de eventos extremos e consequentemente de desastres, como os relatados no RS. Os eventos de junho, setembro e novembro afetaram quase 6 milhões de pessoas. Salienta-se que os diferentes grupos da população não são atingidos de forma equalizada pelos eventos, devendo-se levar em conta a vulnerabilidade das populações, sobretudo aquelas vivendo em áreas de risco. A análise busca relacionar os desastres com o deslocamento humano, utilizando gráficos para ilustrar o total de deslocamentos internos no mundo e os relacionando aos deslocamentos por desastres. Os resultados e discussões apresentam gráficos sobre os deslocados internos por desastres no Brasil, além de análises sobre as principais causas e consequências do deslocamento forçado devido aos desastres. A implementação de políticas públicas e estratégias educativas formais e não formais pode ajudar a criar uma cultura de prevenção de desastres, minimizar os impactos negativos sobre as pessoas, o meio ambiente e a economia, e criar sistemas mais robustos e adaptáveis capazes de lidar com os desafios futuros. Por fim, ressalta-se que mesmo com a carência de dados para a realização da correlação de informações e uma análise mais completa, foi possível evidenciar os efeitos dos desastres no deslocamento da população, o que corrobora com a importância da temática. A conscientização e a educação são fundamentais para a construção de uma cultura de prevenção e para a formação de cidadãos mais conscientes e preparados para enfrentar os desafios futuros.This Undergraduate Thesis addresses the impact of climate change on disasters and their relationship with forced migration. Initially, a contextualization of climate change is presented, highlighting the increase in extreme events and disasters, as well as the role of globalization in widening inequalities and creating barriers for immigrants. In order to investigate the influence of disasters on migration, bibliographic research, document analysis, and database analyses such as the Integrated Disaster Information System (S2iD) and the Internal Displacement Monitoring Centre (IDMC) were conducted. The literature review revealed some gaps, such as the scarcity of specific studies on the impacts of contemporary climate change on forced migration in Brazil and Rio Grande do Sul (RS). Additionally, there is a need for further investigation into the effects of natural and man-made disasters on population mobility, especially in regional contexts. The following chapters discuss extreme events and climate change, disasters in Brazil, and specifically in RS in 2023. These chapters highlight the increase in the number of extreme events and consequently disasters, as reported in the state of RS. The events in June, September, and November affected nearly 2.5 million people. It is emphasized that different population groups are not equally affected by events, and the vulnerability of populations, especially those living in risk areas, must be taken into account. The analysis seeks to relate disasters to human displacement, using graphs to illustrate the total of internal displacements worldwide and relating them to displacements due to disasters. The results and discussions present graphs on internally displaced persons due to disasters in Brazil, as well as analyses of the main causes and consequences of forced displacement due to disasters. The implementation of public policies and formal and non-formal educational strategies can help create a culture of disaster prevention, minimize negative impacts on people, the environment, and the economy, and create more robust and adaptable systems capable of addressing future challenges. Finally, it is emphasized that even with the lack of data for correlating information and a more comprehensive analysis, it was possible to highlight the effects of disasters on population displacement, which corroborates the importance of the topic. Awareness and education are essential for building a culture of prevention and for the formation of citizens who are more aware and prepared to face future challenges.application/pdfporClimatologiaEventos extremosMudanças climáticasMigrantes climáticosPopulação : Aspectos ambientaisClimate changeExtreme eventsPopulation displacementClimate migrantsCrise climática : impacto dos desastres na migração forçadainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2024Geografia: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001197930.pdf.txt001197930.pdf.txtExtracted Texttext/plain93061http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/273015/2/001197930.pdf.txte1820994b771c36c5396892ef73c459bMD52ORIGINAL001197930.pdfTexto completoapplication/pdf2354250http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/273015/1/001197930.pdf3752650b00bbe6c546f02d436ad9e722MD5110183/2730152024-03-08 05:01:16.580782oai:www.lume.ufrgs.br:10183/273015Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-03-08T08:01:16Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Este trabalho aborda o impacto das mudanças climáticas nos desastres e sua relação com a migração forçada. Inicialmente, é apresentada uma contextualização das mudanças climáticas, destacando o aumento na ocorrência de eventos extremos e desastres, bem como o papel da globalização na ampliação das desigualdades e na criação de barreiras para os imigrantes. A fim de investigar a influência dos desastres na migração foram realizadas pesquisas bibliográficas, análises documentais e de bancos de dados como o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD) e do Centro de Monitoramento de Deslocados Internos (IDMC). A revisão bibliográfica revelou algumas lacunas na literatura, como a escassez de estudos específicos sobre os impactos das mudanças climáticas contemporâneas na migração forçada no Brasil e no Rio Grande do Sul (RS). Além disso, identificou-se uma necessidade de investigação mais aprofundada sobre os efeitos dos desastres naturais e provocados pelo homem na mobilidade populacional, especialmente em contextos regionais. Essa abordagem permite uma investigação teórica e a formulação de hipóteses, dada a limitação inicial no acesso direto aos dados específicos de migração relacionada a esse tipo de evento. Os capítulos seguintes discorrem sobre os eventos extremos e a mudança climática, os desastres ocorridos no Brasil e, especificamente, no RS em 2023. estes, fica evidenciado o aumento no número de eventos extremos e consequentemente de desastres, como os relatados no RS. Os eventos de junho, setembro e novembro afetaram quase 6 milhões de pessoas. Salienta-se que os diferentes grupos da população não são atingidos de forma equalizada pelos eventos, devendo-se levar em conta a vulnerabilidade das populações, sobretudo aquelas vivendo em áreas de risco. A análise busca relacionar os desastres com o deslocamento humano, utilizando gráficos para ilustrar o total de deslocamentos internos no mundo e os relacionando aos deslocamentos por desastres. Os resultados e discussões apresentam gráficos sobre os deslocados internos por desastres no Brasil, além de análises sobre as principais causas e consequências do deslocamento forçado devido aos desastres. A implementação de políticas públicas e estratégias educativas formais e não formais pode ajudar a criar uma cultura de prevenção de desastres, minimizar os impactos negativos sobre as pessoas, o meio ambiente e a economia, e criar sistemas mais robustos e adaptáveis capazes de lidar com os desafios futuros. Por fim, ressalta-se que mesmo com a carência de dados para a realização da correlação de informações e uma análise mais completa, foi possível evidenciar os efeitos dos desastres no deslocamento da população, o que corrobora com a importância da temática. A conscientização e a educação são fundamentais para a construção de uma cultura de prevenção e para a formação de cidadãos mais conscientes e preparados para enfrentar os desafios futuros. |
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