Disfunção e dor em membro superior após cirurgia por câncer de mama : um estudo piloto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosa, Andressa Vieira da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/193882
Resumo: Introdução: Em mulheres submetidas ao tratamento por câncer de mama, a manipulação necessária durante a cirurgia, a abordagem axilar e o processo cicatricial podem causar intercorrências como dor, linfedema e disfunções do ombro homolateral ao procedimento, que podem impactar na funcionalidade dessas mulheres. Objetivo: Verificar o impacto funcional, a presença e os níveis de dor em membro superior homolateral à cirurgia em mulheres sob tratamento para câncer de mama e correlacionar com as variáveis amplitude de movimento (ADM) de ombro, presença de linfedema e tipo de abordagem axilar cirúrgica. Métodos: A amostra foi composta por 22 mulheres em período pós-operatório imediato ou tardio em atendimento no serviço de mastologia de um hospital público em Porto Alegre-RS. As variáveis coletadas por anamnese e em prontuários foram as relacionadas a dados sociodemográficos, a características clínicas e ao tratamento para o câncer de mama. Além disso, através de exame físico, mensurou-se a ADM de ombro por goniometria e a presença de linfedema em membro superior por perimetria. Por fim, os níveis de disfunção do ombro e dor foram avaliados através do instrumento Índice de Dor e Incapacidade no Ombro (SPADI). Para a análise descritiva dos dados foram realizadas medidas de tendência central (médias), dispersão (desvios-padrão), frequência e porcentagem. Para as análises correlacionais foi utilizado o teste de correlação de Pearson. O nível de significância foi de 0,05. Resultados: A média de idade da amostra foi de 51 (±14,5) anos, com tempo médio decorrido após a cirurgia de 17,5 (±26,3) meses, sendo o procedimento cirúrgico mais realizado a setorectomia (45,5%) e necessário o esvaziamento axilar na grande maioria das participantes (81,8%). As principais queixas apresentadas foram dor (54,5%) e limitação de ADM do ombro (50%). Na ADM para flexão de ombro, a média das participantes foi de 126º (±38,7º), e para abdução de 112,9º (± 40º). Quanto à perimetria, 22,7% apresentaram alteração entre os membros maior que dois centímetros, sendo classificadas com linfedema. As médias no SPADI foram de 37,3 (±21,8) para incapacidade, 34,9 (±33,1) para dor e 36,6 (±23,1) no escore total. Nas análises correlacionais entre as dimensões do SPADI e as variáveis estudadas, houve correlação significativa entre presença de linfedema e menores índices na dimensão “dor” (p=0,04); e maiores graus de ADM para abdução de ombro e menores pontuações na dimensão “incapacidade” (p=0,01). Conclusões: Grande parte das mulheres submetidas ao tratamento cirúrgico para câncer de mama que realizaram esvaziamento axilar apresentaram queixa de dor e algum nível de limitação na ADM do membro superior homolateral após o procedimento, porém não apresentaram altos índices para dor e disfunção quando aplicado o instrumento específico.
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