Inventário florístico e manejo da vegetação do Sítio Arqueológico São Miguel Arcanjo, São Miguel das Missões - RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fuhr, Guilherme
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/96772
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo central o reconhecimento da flora lenhosa do Sítio Arqueológico São Miguel Arcanjo – patrimônio da humanidade - localizado no município de São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul - Brasil. Com os pressupostos da Escola Peripatética, utilizou-se o método expedito do caminhamento conciliado a caminhadas etnobotânicas para conceber o inventário florístico. Com o maior conhecimento da riqueza florística e dos diferentes ambientes vegetacionais do sítio, uma série de considerações técnicas de manejo foi tecida, no intuito de orientar futuras ações de manejo e contribuir para o turismo educacional e o uso sustentável da flora, local e regionalmente. Como resultados do inventário florístico, identificaram-se 160 espécies lenhosas. Quanto ao habito: 103 (64%) são arbóreas, 18 arbustos, 18 lianas, 17 arvoretas, representando 11% cada uma destas sinúsias; mais duas espécies de hemiepífitas e outras duas, taquaras, representando 1,5% cada. Desse total 79% são nativas do Rio Grande do Sul e 21% são exóticas, sendo que 5% apresentam potencial invasor. Ainda se identificou e categorizou alguns usos, que foram atribuídos às espécies inventariadas. Dentre as recomendações de manejo - traçadas no percurso entre os distintos ambientes do sítio arqueológico – aqui registradas na forma de uma narrativa textual e visual, incluem-se: identificação através de emplacamento de algumas espécies de interesse, abertura de trilha para ações educativas, controle de espécies invasoras, incremento de biodiversidade através de plantios de espécies nativas. Tudo isso tendo em vista construir uma gestão compartilhada com o Povo Mbyá-Guarani; aproximando o corpo administrativo do sítio (nãoindígena) do coletivo Mbyá da Tekoa Koenjú (Aldeia Alvorecer) também frequentadores cotidianos do sítio, tendo nessas “ruínas” fortes laços de identidade histórica, cultural, territorial e, também, um espaço de geração de renda através da venda de artesanato.
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